Texto recebido em 27/05/2019
É, Haila deu sopa mais uma vez e a competição perde um de seus mais promissores cozinheiros. Não ela, claro. O talentoso menino-prodígio fraquejou nas últimas provas em equipe e participou das eliminatórias, desta vez, sendo vencido por um costumeiro e perigoso prato simples, o tipo que já fez muitos dos melhores competidores deixarem o avental, mas ao contrário desses Helton desconhecia totalmente o que deveria fazer.
A jornada derradeira do mineiro de apenas 19 anos teve início com uma prova em equipe que homenageava a Cinemateca Brasileira (instituto detentor do maior acervo audiovisual da América Latina). Enquanto uma plateia de cinquenta cinéfilos e um grupo de especialistas assistiam a uma sessão do filme “O cangaceiro” as equipes tinham 1h40min para preparar para os convidados um menu tipicamente sertanejo.
Fernando e Lorena venceram as duas últimas provas e agora tinham a missão de liderar as equipes Azul e Vermelho, respectivamente. A partir daí Fernando já demonstrou que sabe jogar e escolheu trabalhar com Juliana, por quem declarou não ser amigo porém reconhece o bom desempenho que ela tem. Já Lorena não curtiu muito ficar com Haila e Helton juntos e... Deixa o meme pra lá! A nordestina teria de administrar a cozinha e as muitas brincadeiras que os dois colegas fazem o tempo todo.
Através das escolhas entre seis ingredientes escondidos em cloches Fernando e sua equipe montaram a entrada, prato principal e sobremesa de seu cardápio com mocotó, carne de sol, seriguela e umbu. Lorena ficou com maxixe, costela, caju e sapoti. Como é de praxe, na maioria das provas coletivas, uma das equipes parece cozinhar sob maior pressão interna e certa desorganização enquanto a outra leva tudo na calma e harmonia. Basta lembrarmos de onde está Haila e fica mais fácil deduzir onde reinará a tempestade.
Lorena estava certa, Haila e Helton juntos, por terem construído forte cumplicidade fraternal, brincavam demais e, não apenas isso, perdiam tempo e atenção preciosos quando entravam em atrito. Em relação a Helton, individualmente falando, já tínhamos visto a pouca paciência de Lorena para com ele em provas assim, agora não foi diferente. Helton sentiu-se limitado por Lorena não deixá-lo em uma praça na boca do fogão, ficou restrito a processos simples e de finalização do prato.
Para não dizer que a equipe azul trabalhou num mar de total tranquilidade, André andou estressando seus companheiros com sua teimosia em não aceitar que as carnes de sol, sob sua tutela, estavam salgadas demais. Fora isso, Fernando conduziu os trabalhos de forma brilhante. É interessante notar que o arquiteto e Lorena têm obtido uma curva ascendente em suas participações no MasterChef. E isso é comprovado em todo o restante do episódio.
Agora vamos ao resultado da Prova em Equipe. De acordo com as primeiras críticas dos convidados e dos jurados a equipe vermelha foi melhor no prato de entrada, a azul no principal e houve empate com as sobremesas. Mas os cinéfilos fizeram uma escolha e o placar de votos ficou 34 x 16 para a equipe azul.
Ali, Haila ganhou motivos para não perder seu abalo emocional de rotina. Teria de enfrentar seus melhores amigos cozinheiros, Helton e Eduardo Richard na Prova de Eliminação. De volta à cozinha do MasterChef, Paola anunciou que ambas as equipes cometeram muitos erros em meio aos acertos (inclusive criticou duramente a sobremesa que passou pelas mãos do prodígio), por esse motivo Fernando precisaria escolher dois de seus cozinheiros para enfrentar a última prova; ele escolheu André e Juliana, e Lorena mandaria dois dos seus para o mezanino; ela preferiu assumir a responsabilidade pelos erros e participar da Eliminação e salvou Rodrigo e Eduardo Richard. Uma preocupação a menos para Haila e Helton.
Ainda havia uma vaga no andar da “hora extra”, subiria aquele que vencesse uma mini prova que dispunha de quinze tipos de facas específicas para quinze diferentes alimentos. Em fila, cada participante escolheria uma faca e indicaria o alimento correspondente ao corte. Apenas André errou e aguardou a prova eliminatória. Foi necessário uma segunda mini prova, esta exigia abrir perfeitamente três ostras em menos de três minutos. E Juliana Nicoli venceu a guerrinha que protagonizou contra Helton ao longo da temporada.
Helton, Haila, André, Lorena e Janaína encararam o desafio final de reproduzirem um de seis tipos clássicos de sopas em uma hora. Justo algo que Helton não gosta comer. Fernando ficou encarregado de distribuir as receitas para os cozinheiros. O paulista foi generoso o quanto pôde, deduziu que Lorena serviria uma ótima canja e teve pena de humilhar Helton, deu a ele a sopa mais simples porém de conhecimento complexo. Fernando não deixou o jogo de lado e imaginou que o “de menor” não teria ideia de como fazer o preparo, era a hora de averiguar se o jovem tinha mesmo talento ou apenas sorte. Estava certo, Helton nem memorizou os ingredientes da receita nem sabia pronunciar o nome, Vichyssoise.
Fernando e Juliana foram muito solidários auxiliando os colegas nas compras dos insumos. No entanto, foram ácidos, junto com Eduardo M., revelando suas apostas para o futuro do jogo. Eles acreditam que Haila e Janaína saiam a qualquer momento e que o primordial era a eliminação de Helton, o mais competente. Juliana ainda comentou pensar que Fernando daria o caldo de piranha para Helton, pois o faria passar vergonha ao entregar a receita com espinhas. Fernando pensou no caso mas teve dor de prejudicar o colega dessa maneira. Felizmente.
O resultado da prova não surpreendeu muito, Lorena-Coentro venceu outra vez sob fortes elogios e subiu para o mezanino com Janaína. André novamente esteve às portas de ir embora, sobre sua sopa Jacquin mandou “Já comi piores em Paris.” Foi salvo por ter cumprido a proposta, sopa de cebola. A sopa de Haila parecia risoto e um arroz temperado. A de Helton mais parecia um béchamel, ficou grossa como purê e faltou tempero, falhou no processo e na textura. Foi o pior.
O garoto temia ter de replicar clássicos, pois não pôde testar e provar todos os principais em seus estudos. Contudo, ele pode ficar orgulhoso de sua participação como cozinheiro no MasterChef Brasil, tem talento, é apenas um principiante, há muito para conhecer ainda. Certamente é melhor amador que Haila e merecia ir mais além na competição. Helton será, bem ou mal, lembrado por muito tempo.
Como pode alguém fazer uma comida sem receita,sem conhecer,sem nunca te provado sem nunca ouvi falar,como vai adivinhar,um cúmulo do absurdo claro que a canja ia ganhar nem não conhece canja,nada vê ser eliminado sem conhecer o prato.
ResponderExcluirSaiu o arrogante da temporada. Se achava estrela Michelin sem saber fazer vichyssoise, uma popular sopa francesa de batata. Ele não se achava o máximo? Pior ainda ter saído pra Haila, q quase vomitou no mezanino. Mas não vou me surpreender se Helton voltar na repescagem e ganhar o programa.
ResponderExcluirFoi ridículo, tinha que ser a mesma sopa pra todos! Até minha neta de 9 anos sabe fazer canja. Se a sopa da Janaína estava tão boa quanto a canja porque não deram o primeiro lugar pra ela já que a dificuldade era muito maior? Totalmente incoerente. A sopa da Ayla os jurados chamaram de risoto, como assim ela ficar e sair o menino com uma sopa que ninguém conhece? Foi patético. Perdeu a credibilidade.
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