O que faltou dizer de Patrícia, por Acioli

Abram alas para

Patrícia Peppa Pig. 

Há algumas semanas, eu dei uma opinião sobre esses paredões de rejeição histórica.  

Disse que a tendência seria, pelo andar da carruagem, que a cada novo paredão, a porcentagem fosse aumentando, toda vez que um queridinho estivesse ao mesmo tempo na berlinda. 

Inclusive citei Patrícia como exemplo da próxima mulher emparedada saindo com rejeição maior que a anterior, Nayara. 

Desta vez não havia nenhum queridinho dividindo diretamente a parede. Mas estavam todos ali, ocultos. 

Uma parte da torcida a queria fora para libertar Kaysar da influência maléfica, a outra parte, para vingar Gleici, e uma terceira parte, para destruir o Mandinga e desestabilizar os Cuecas. Ou seja, quem menos importava neste caso, era a própria #PeppaTeam.

Porque desta vez, incrivelmente, as torcidas adversárias tinham também um big motivo em comum: a repulsa por Patrícia.

Portanto, o alto índice de rejeição não foi provocado apenas pelas torcidas, e sim pela pessoa na berlinda.

Patrícia tinha tudo para agradar. Cheguei até a dar um sinal verde pra ela na análise inicial da primeira semana.

Comunicativa, simpática, divertida, inteligente. 

Mas como já sabemos, a primeira impressão é a que menos importa, pois ao longo do jogo, dá lugar à segunda, terceira, quarta...

E a cada nova impressão, Patrícia ia se revelando egoísta, debochada, calculista e manipuladora. 

Não sei quem ela é na vida real, mas o normal é que uma "boa pessoa", escolha fazer um bom jogo. 

Tudo bem que o vilão de RS pode escolher deliberadamente fazer este papel, que é o caso de Diego, por exemplo. Sem analisar o caráter dele, do porque dele ter escolhido este tipo de jogo, basta saber que ele assumiu a manipulação de votos desde o início e nunca escondeu isso de ninguém, nem mesmo da casa. Ele entrou e declarou, estou jogando.

É uma vilania assumida, declarada. Um jogo implacável, mas aberto. 

Muito pior, é a vilania velada de Patrícia.  

Bem diferente do jogar abertamente, no jogo velado são utilizados subterfúgios como manipulação, desconstrução da imagem do adversário, associação por conveniência, fingimento e deslealdade. 

Elementos que vimos em abundância no jogo de Patrícia. 

Pra começar ela escolheu os aliados mais controversos, uma jovem imatura, egocentrica e aprendiz de articuladora, Ana Paula, e um jogador declarado, Diego, porque se identificou com eles. As primeiras alianças nunca são por conveniência, e sim por afinidade. 

Diz-me com quem andas, e te direi quem és. Simples assim.

Depois vislumbrou em Kaysar, a oportunidade de ser shippada e quem sabe, garantir vaga na final ao lado de um crush que talvez ela tenha identificado como o brother que estava fazendo o melhor jogo para o público e para a casa, na linha solo, com um carisma inegável. 

Kaysar foi literalmente assediado. Em alguns momentos, a coisa chegou ao extremo de se tornar perseguição, stalk. E ele cedeu porque é um bananão, já que esse casal não passava verdade nem quando se beijava no edredom. A impressão que dava é que ele estava torcendo muito para Patrícia vazar de uma vez e deixá-lo seguir em paz a trajetória que ele havia desenhado sem ela. Ah, se arrependimento matasse...

E ela lá, sempre tentando aliciar os mais fracos, manipulando-os em táticas de convencimento quase opressoras e falsidade. 

E cada dia, o recorrente comportamento maldoso só confirmava essa conduta equivocada. 

O interesse por Kaysar foi tardio e inesperado, se utilizando de um subterfúgio, fingir que estava interessada nele. Talvez porque ele fosse o alvo mais fácil, mais ingênuo ou mais disponível. Ou justamente porque de repente, ele tenha virado o target. 

Sempre com um olhar invejoso para Paula, talvez porque Paula fosse mais bonita, mais segura, mais sensata.

A rejeição por Gleici e Ana Clara, talvez porque elas, com a simplicidade autêntica, ameaçassem seu forçado protagonismo. 

Aquele desfile de lingerie foi a cena mais ridícula e desnecessária que já vi em todas as edições. Um protagonismo do avesso, aquele que mata a família de vergonha. Aliás, acho que o país inteiro sentiu a vergonha alheia. 

Costumo observar cada vez que um brother fala para as câmeras, ou para o apresentador. Porque nessa hora, só um ator muito bom consegue ser quem não é, e sabemos que nenhum deles é ator, e que nenhuma personagem se sustenta lá dentro por muito tempo. As máscaras vão caindo mesmo que eles achem que ainda a estão usando. 

E quando Patrícia falava para a câmera, fosse no Raio X ou no programa ao vivo, ela revelava cristalinamente muito de si, nos trejeitos, nas caras e bocas, no olhar, e principalmente no discurso, sempre ensaiado, retórico, irônico, ou agressivo.  

Patrícia faz aquele tipo clichê que se acha a melhor pessoa do mundo e não consegue entender porque sai com rejeição.

Enfim, sair com quase 95% em um paredão com o considerado master vilão da edição e um ogro que ninguém aguenta mais, nem é rejeição, é incêndio. 

Eita que o parquinho está em chamas! 

Mas foi Patrícia quem causou esse incêndio que a transformou em cinzas. 

Só que neste caso, não haverá uma Fênix. 

E se houver, atenderá pelo nome de Kaysar.

- Patrícia, preciso te falar duas coisas: quem destruiu seu sonho foi você mesma. E antes disso, você destruiu o sonho de outros. 

É, parece que quem cava a cova do amiguinho realmente cai nela. 

#FicaaDica

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