07 maio 2019

O Aprendiz | Montalvão e Karla são demitidos, por Lédson Guimarães


Texto recebido em 07/05/2019

A nova temporada de “O Aprendiz” não tem o mesmo brilho das temporadas exibidas na emissora concorrente – havia um espírito competitivo e criativo maior que imprimia na tela a sensação de mais ação – e os motivos são e podem ser diversos. Os tempos são outros, a crescente interatividade virtual permite ascensões meteóricas instantâneas do anonimato ao estrelato de qualquer gerador de conteúdo online que cative público, tanto pela qualidade do próprio conteúdo temático oferecido quanto pelo carisma do chamado digital influencer, que é o cerne do elenco e da proposta da atual edição do programa de Roberto Justus.

Quem tem fama quer mantê-la, e fama nesses tempos virtuais é regida por um público que não apenas observa como também fala e que não mede palavras para despejar ódio a qualquer erro de conduta daquele a quem julga. E o ódio em massa tem poder de fazer oscilar trajetórias de sucesso. Queda de seguidores prejudica a conquista de patrocínios, da visibilidade e, quando não, mancha a imagem do influenciador no ramo em que trabalha.

O ostracismo e/ou a carreira destruída é o inferno de que muitos fogem, é necessário cautela a cada passo e é o que, aparentemente, trouxe já engessados os nossos candidatos aprendizes. Junto a isso, a antiga fama de um Roberto Justus implacável na hora de expor suas ríspidas críticas em rede nacional. Por vezes ouvimos alguns dos influenciadores confirmarem o temor em arriscar nas tarefas e infringirem as muitas regras do programa.

O episódio da semana nos trouxe os pontos supracitados, resgatando apenas o clima de tensão característico das saudosas temporadas da Rede Record. Para começar, a equipe Hashtag amargou a quarta derrota consecutiva. Não fosse o bastante, tivemos demissão dupla! E Xan, da vitoriosa equipe Share, escapou de uma provável terceira vaga no pacote de demitidos quando viu somente de longe seu marido e filhos durante a execução da tarefa. A saudade deixou-a em prantos, porém evitou o contato com os familiares advertidamente proibido por Justus no segundo episódio.

A oitava tarefa tinha como objetivo promover a educação a distância da Universidade Cruzeiro do Sul em uma praça pública paulista. Para isso as equipes tinham total liberdade criativa sobre as operações e recebiam uma tenda e materiais promocionais cedidos pela Cruzeiro do Sul, além da verba de R$ 2.500,00. Os critérios para a vitória: maior abrangência, maior criatividade e maior adequação às expectativas do instituto.  Sandra coordenou a equipe Hashtag na Praça Duque de Caxias, em Osasco, onde ela mora, e  Alberto liderou a Share na Praça Presidente Kennedy, em Santo André.

E eis que surge a tarefa que Alberto tanto esperava, e veio em boa hora. Apesar de achar a proposta e liberdade difíceis de lidar ele sentiu-se confortável e muito animado. Xan elogiou sua postura como líder, assim como Gaspa, que sentiu que Alberto poderia ter marcado mais presença durante a tarefa na praça.

As duas equipes trabalharam sob ideias semelhantes como dividir a tenda em seções de experiências diferentes e o uso da tecnologia dos óculos de realidade aumentada para promover a inserção do público nos meios virtuais e chamar a atenção para a oferta do crescente ensino a distância. Representantes da Cruzeiro do Sul ficaram satisfeitos com ideias de ambos os grupos e pretendem aderi-las. Mas, novamente, houve imensa disparidade na promoção realizada pelas equipes. A Share ficou com uma praça “muito remota”, como disse Nathan, porém apresentou uma tenda muito organizada, atrativa visualmente e contou com o apoio de um comerciante, fã de Alberto, na divulgação de rua. Eles foram menos abrangentes em cadastros, entretanto, foram criativos e atenderam as expectativas da universidade.

No Edifício Sheraton vislumbramos um lapso da atmosfera tenebrosa das antigas salas de reunião. A bronca do abrandado apresentador precisou ser testemunhada como lição para todos os participantes. Aconteceu que PC Siqueira (Hashtag) teve a brilhante ideia de sugerir o apoio da empresa de realidade virtual Voyager, de Ricardo Justus, filho do apresentador e, naquele programa, seu conselheiro substituto de Viviane. Nessa posição, Ricardo deixou claro que não poderia se envolver diretamente mas terceirizou seu auxílio fornecendo contatos da empresa. Nada que abonasse a conduta de PC, foi apenas uma ideia, como justificou o próprio Roberto Justus. 

O problema surgiu quando Montalvão, movido pela emoção e desespero por uma resposta, utilizou-se de uma brecha nas cláusulas do programa e valeu-se do nome de Ricardo para obter o benefício almejado. Roberto Justus declarou as grandes chances que Montalvão tinha de ganhar o programa e que ele era um de seus favoritos. E também deste que vos fala... Sem chance para recorrências, Monta nem sentou nem chegou a participar da segunda parte da sala de reunião como era costume em sua trajetória, foi demitido.

Montalvão ficou abalado, pensou nas pessoas que o seguem e reconheceu seus erros, após a demissão fez stories pedindo desculpas a todos e enaltecendo o quanto é contra o “jeitinho brasileiro”, portanto, concordando totalmente com sua saída precoce.

Mas o cerco não estava aberto para os remanescentes. A segunda parte da sala de reunião era necessário para avaliar o restante dos equívocos. Antes disso, um ótimo momento para o programa veio através da consternação de PC com os motivos da demissão do colega. Ele quis saber qual o limiar para o que se pode e o que não se pode fazer dentro das regras. Zé Roberto lembrou que a verdade comanda tudo, a partir do ponto em que ela é levemente modificada algo já está errado. Roberto Justus afirmou que já precisou apontar erros da sua empresa diante de outras pessoas e que a verdade lhe trouxe respeito. 

O chamariz dos equívocos dos Hashtag foi um banner contendo uma informação errônea e incoerente, buscava atrair o público alegando que “49 reais podem mudar a sua vida”. Segundo Taty esse era o valor da matrícula porém a matrícula na universidade era gratuita. Mas nada foi mais evidente que a ausência de Karla nas discussões na sala. Ela era de um silêncio absoluto e defendeu-se dizendo que tudo o que os colegas perguntavam ou respondiam já sanavam suas próprias dúvidas ou levantamentos, para tanto, evitava repetições desnecessárias.

Obviamente estava errada por nunca expor qualquer opinião voluntária. Depois de Sandra salvar Taty da parte final da reunião não houve escapatória para Karla. Os dois conselheiros enfatizaram o histórico apagado da candidata e pouca probabilidade de mudança. Roberto Justus não a via chegando à final da disputa e a demitiu. Realmente, qualquer um dos três componente da falida Share possuem a garra de um aprendiz que evolui.



3 comentários:

  1. Errata:

    ** digital influencer

    ** falida *Hashtag

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  2. Nunca vi uma equipe mais apática do q a Hashtag.
    Justus claramente protege uns. Sandra me irrita.
    PC foi conivente com Montalvão. Na outra equipe tem gente pegando carona nas vitórias. Já sei qm são os 3 finalistas, perdi a vontade de assistir

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    1. Também nunca vi, a maioria nem se esforça pra defender a permanência. Até mesmo no anúncio da tarefa uns parecem estar ali forçados.

      De propósito ou não (acredito que não) o PC induziu o Montalvão ao erro. Pessoas fazendo besteiras quando eufóricas juntas.

      Eu li sem querer a lista de demitidos em uma outra temporada, fiquei indignado também. Te entendo.

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