DH sabe que errou, caso contrário não se submeteria à aquele papel ridículo na festa com os ex-participantes. Garantindo a Felipeh Campos que o defendeu enquanto o jornalista, acompanhado de Bruna Tang, dizia: "Menos, DH... Menos!". E quando disse algo em torno de que Léo Rodriguez seria um cara legal, a constatação veio rápida: ele está perdidinho no jogo. 

Talvez esteja provando do próprio veneno, nestes últimos momentos de confinamento. Porque ninguém mais no jogo, entre os participantes, foi mais juiz, inquisitivo e condenador do que ele. Essa característica o fez bem quisto fora da casa por muito tempo. Mas o problema de querer ter personalidade sempre, mesmo que não se tenha tanta assim, como ele demonstrou no finalzinho do jogo, é se obrigar a tomar partidos e comprar brigas que não são próprias. 

Quando Brunninha o encurralou, bastava que ele dissesse que era amigo das duas e não iria se envolver em uma situação que não foi criada por ele. Se Brunninha realmente fosse a amiga que diz ser, ela se colocaria no lugar de DH e o entenderia. Foi nesse jogo tecido de amizades falsas e verdadeiras que DH se fez no jogo e por essa mesma via... ele se perdeu. 

Cresceu a ponto de se agigantar quando fez o papel de protetor para uma Heloisa aparentemente fragilizada pelo ambiente insalubre de um reality, e voltou a ser pequenininho, tal qual a "formiguinha" que lhe foi apelidada", quando outro alguém que se dizia tão amigo o prejudicou profundamente e fez com que fosse taxado pela maioria com um traidor. Mas o que aconteceu foi que ele pendeu para o lado que parecia mais forte. Quando viu as voltas consecutivas de Babi, contra (Andreia) Sorvetão e contra Léo Rodriguez, ele percebeu que havia escolhido o caminho errado, mas já era tarde demais, e então se desestruturou.

Diego Cristo, o maior algoz de DH durante o curto tempo de permanência na casa, que o fez crescer durante discussões do estilo "Davi e Golias" finalmente acertou as contas com o vocalista da banda Cine. E disse que DH poderia ser facilmente do grupo Ovelha. Eu, hoje, não tenho dúvidas a respeito disso. No grupo Ovelha ele agiria exatamente como os outros, ou talvez pior, devido a seu modo incisivo de julgar, condenar e até dar apelidos às pessoas - porque, sabe-se, toda brincadeira tem um fundo de verdade. E o apelido, mascarado por gracejo, pode não ser interpretado em sua real intenção - a de menosprezar, a de colocar defeitos e a de transformar pessoas em rótulos. Não que ele seja um vilão ou algo do tipo. Por incrível que pareça, eu sabia que a amizade entre Helô e DH iria romper até o fim desta edição.

Explico: Helô e DH são muito diferentes para se identificarem tanto em tão pouco tempo. Alguém ali estava forçando a barra, e não era ela. Não porque eu considere Heloisa verdadeira, eu considero, mas por enxergar que nela não há nenhuma capacidade de dissimulação - ela é tão autêntica que seria uma péssima atriz. O que havia, ali, era a cumplicidade de duas pessoas que precisavam falar desesperadamente o que estavam sentindo. 

Mas não passava disso porque DH nunca se entregou completamente à amizade de Helô. E, quando ele rompeu com ela, indo para o lado que considerava mais forte, ignorando toda história que havia sido construída, ele não magoou só ela, mas a todos que tomaram como verdade algo que ele não sentia de verdade. E é por isso que ele, sem merecimento algum, tende a ficar em terceiro lugar. A explicação é simples: o público não tolera ser enganado durante tanto tempo. E o público não pagará os dois milhões de reais a quem ele não compra.