Will, Nizam e Michele entram no debate e expõem
 bastidores da confusão

A última Dinâmica de Apontamento de A Fazenda 17, realizada na área dos animais, foi praticamente um tribunal emocional ao ar livre. Todos os peões reunidos, clima de despedida da edição e a produção jogando gasolina no que ainda fumegava. Adriane Galisteu abriu os trabalhos avisando: “Às vezes, quando a festa acaba, o feno arde”. E não era força de expressão. Era ameaça.

O telão reviveu a briga explosiva entre Shia e Wallas na despensa, um dos momentos mais tensos da temporada. No vídeo, Shia solta a frase que virou bomba-relógio: “Tenho vontade de esmurrar 10 pessoas”. A fala cai no silêncio pesado da casa, seguida de interrupções, gritos e acusações de que aquilo seria uma ameaça direta. Wallas reage na hora, dizendo que nem todo mundo é capaz, e a discussão vira um cabo de guerra sobre força, intenção e contexto.

Chamados por Galisteu, os dois ficam de pé. Shia começa tentando corrigir a narrativa: diz que não falava com Wallas, mas com Michele, e que a frase foi completamente retirada de contexto. Ele reforça que, naquela época, o grupo adversário tinha dez pessoas e que a fala acabou sendo distorcida como se ele estivesse ameaçando mulheres, algo que ele classifica como “uma grande mentira”. Mesmo assim, Shia não foge da responsabilidade: admite que a frase foi horrível, inadequada, e pede desculpas — pela “milionésima vez”.

Wallas, por sua vez, deixa claro que o problema não nasceu ali. Segundo ele, a relação entre os dois já vinha desgastada por olhares atravessados, situações estranhas e um episódio tenso no fumódromo, presenciado por Renata, onde os dois se encararam de forma pesada. Aquilo, segundo Wallas, o deixou em alerta. E, naquele dia específico, ele já estava emocionalmente pilhado por outra confusão envolvendo Gui e Carol dentro do quarto.

Quando Wallas entrou na despensa para beber água, encontrou Shia justamente dizendo a frase dos “10 socos”. Para ele, o timing foi fatal. Na sua leitura, aquelas “10 pessoas” eram exatamente o grupo em que ele estava — incluindo mulheres. Wallas afirma que, naquele momento, sentiu a fala como ameaça real, ainda mais pelo histórico de tensão entre os dois. A gota d’água veio quando Shia teria dito que as dez pessoas não seriam capazes de bater nele, o que Wallas rebateu com ironia: “Até uma criança sabe dar um murro”. Pronto. A guerra estava armada.

A confusão só não virou algo maior porque Will e Nizam intervieram. Chamado a opinar, Will foi direto e sem anestesia: disse que Shia começou o caos, relembrando outro episódio envolvendo edredom, panela batendo e provocação silenciosa. Segundo ele, Shia se deitou em cima do edredom da Carol e da Kate, observou o caos e depois teve um “surto de ansiedade”, mesmo tendo provocado tudo. Will ainda cutucou: até hoje, Shia não assume que pegou o edredom.

A resposta de Shia veio atravessada. Ele negou ter participado diretamente daquela briga e desafiou: “Prova. Manda o vídeo”. O tom subiu de vez. Wallas devolveu cobrando explicações: “Quem eram as 10 pessoas?”. O clima ficou tão pesado que surgiram provocações pessoais, ironias sobre patrocinador e até ameaça velada de confronto fora do programa. A dinâmica saiu completamente do controle.

A tensão aumentou quando Nizam entrou com um detalhe crucial: segundo ele, antes da treta na despensa, Shia deu um murro na parede, claramente alterado. Nizam diz que saiu do local e chamou Michele justamente por achar que ela teria mais condições de acalmá-lo. Ele reforça que, independentemente da intenção, a fala sobre “bater em 10 pessoas” foi interpretada por toda a casa como algo grave — não como fofoca, mas como percepção coletiva.

O embate então virou uma disputa de memória e caráter. Wallas acusou Shia de usar falas agressivas em outros momentos, citando frases pesadas envolvendo Dudu, agressões verbais e até a acusação de que Shia teria dito que Wallas era “um lixo” e que fazia VT. Shia negou, disse que apenas criticou a forma como Wallas falou com ele e que tentou ajudá-lo. A discussão virou um looping de “você disse”, “não disse”, “tá gravado”, “eu lembro”.

Para tentar encerrar o caos, Galisteu chamou Michele, que trouxe talvez o relato mais equilibrado da noite. Ela confirmou que Shia estava medicado, havia ingerido álcool, estava agitado, tentando sair da casa e enfrentando uma crise de ansiedade. Segundo Michele, o contexto da fala existiu: Shia estava dizendo que estava tão impaciente que tinha vontade de “socar 10 pessoas” — e foi exatamente nesse momento que Wallas entrou na despensa. Ou seja: o contexto existia, mas o impacto também.

No fim, não houve consenso. Shia assume o erro da fala, mas nega ameaça. Wallas sustenta que se sentiu intimidado, baseado no histórico e no momento. Will e Nizam reforçam que a situação foi real e tensa. Michele confirma o estado emocional alterado. E o público? O público entendeu uma coisa: não foi só uma frase. Foi acúmulo, ranço, desgaste psicológico e convivência levada ao limite.

Em A Fazenda 17, a treta não acaba — ela só muda de cenário.

Fonte/Reprodução/Imagens/Vídeos
Créditos: R7.com