Depois de brilhar com cogumelo e pele de tilápia no 5º episódio, Natan Montenegro deixou a competição no 6º ao tropeçar no desafio de texturas de caramelo. O ponto de virada? O sorvete que foi para o ultracongelador e voltou duro demais para agradar os jurados. “Eu vacilei… minha sobremesa ia ficar do c*ralho se eu não tivesse feito essa escolha ruim”, admitiu o confeiteiro, numa leitura lúcida do próprio erro.
A prova pedia seis técnicas envolvendo caramelo, e Natan arriscou alto. A execução, porém, perdeu o equilíbrio na temperatura: o sorvete ficou além do ponto e derrubou o conjunto. “O MasterChef é uma montanha-russa do início ao fim”, resumiu ele, sem drama e com senso de realidade.
Mesmo com a saída, Natan não aceita rótulo de fracasso. “Quem fica ou sai não é porque é melhor ou pior. Quem fica é porque fez escolhas melhores e acertou na decisão.” É a cartilha da cozinha autoral: ousadia, precisão e sangue-frio na hora H — faltou um deles, a conta chega.
Teve alfinetada, sim. Natan disse que ficou mais frustrado com quem estava no mezanino do que com sua própria entrega. “A Marina com certeza não deveria ter subido… ela não entrega desde o início, está sempre culpando os outros. Não assume os próprios erros e fala de humildade. Eu acho injusto.” A saia-justa fica para o pós-programa.
Do lado bom, o reality serviu de laboratório. “Reafirmei a paixão pela cozinha… usei o MasterChef para as minhas loucuras e não tive medo.” O momento com a pele de peixe virou credencial de coragem: “Vi que sou capaz de fazer qualquer coisa.” Sai o competidor, fica o confeiteiro com autoestima alta e repertório turbinado.
No balanço final, Natan cai pelo ultra e sobe pela postura. Errou, apontou, aprendeu — e saiu do estúdio com narrativa pronta para a próxima fornada.
A noite começou no clássico “caixa misteriosa” e um aceno aos doces de raiz: pé-de-moleque, maria-mole e companhia serviram de inspiração para sobremesas de vitrine. Quem brilhou foi Ramiro Bertassin, que transformou o pé-de-moleque em um prato redondo e levou a melhor na dinâmica.
Na mesma onda positiva, Marina Queiroz convenceu os jurados e subiu ao mezanino. Segurança, leitura do tema e vitrine com cara de vitrine — sem invencionice que derruba no detalhe.
Na eliminação, o jogo ficou técnico de verdade: seis processos de caramelo na mesma sobremesa — gelato, crocante, mousse, biscuit, cremoso e decoração — com relógio curto. Era precisão cirúrgica ou derretia no caminho.
Ítalo Andrade entregou equilíbrio e levou a vitória na prova, apontando domínio de textura e ponto. Luiza Vilhena também saiu em alta, com execução firme e montagem limpa.
Quem escorregou foi Natan Montenegro. A escolha de levar o sorvete ao ultracongelador pesou: a textura ficou dura, quebrou a experiência e custou a vaga. Entre o básico bem feito e o refinado no fio da navalha, o episódio premiou controle — e puniu o excesso.

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