Cozinha vira poder: quem controla o estoque pauta
 humor, alianças e votos
  

Esconderijos descobertos e clima de CPI da despensa. Na madrugada desta quinta (2), Saory Cardoso, Matheus Martins, Dudu Camargo e Gaby Spanic vasculharam a Sede e encontraram alimentos guardados em pontos improváveis: manteiga, requeijão, laranjas, pães e até restos de leite condensado atrás da geladeira e entre caixas. A “expedição” começou em tom de brincadeira, mas rapidamente virou pauta de estratégia: recuperar itens, reorganizar o estoque e decidir se haveria exposição pública do outro grupo.

Avisado da movimentação, Fernando tratou de se justificar. Disse que os pães não estavam escondidos e que separou nove unidades por não ter comido “anteontem, ontem e hoje”, alegando também não consumir ovos. A defesa veio acompanhada de um contra-ataque: segundo ele, o “grupinho” teria usado leite condensado para fazer brigadeiro “só para eles” em duas ocasiões, enquanto quando o outro lado cozinha “é para a casa toda”. O debate escalou para um impasse moral: é legítimo reservar porções pessoais? E quando a reserva vira esconderijo?

Dudu, Saory, Gaby e Matheus insistiram no ponto do coletivo. Relembraram bananas, pães e latas abertas “sumindo” e defenderam que a geladeira não tem nome. Houve quem pedisse chamar Michele Barros — citada como organizadora ao lado de Fernando —, mas prevaleceu a linha estratégica: nada de barraco agora; melhor realocar os itens e deixar o rival “quebrar a cara” procurando. No meio da contagem de pães sobre a mesa, a discussão ganhou tons de auditoria: quem separa diariamente? quem acumula de dias anteriores? quem abre e não compartilha?

A cozinha virou tabuleiro. Controlar manteiga, pão e leite condensado significa controlar rotina, humor e até voto. Ao reivindicar nove pães “pessoais”, Fernando tenta enquadrar sua prática como direito de consumo; ao apontar o brigadeiro “exclusivo” do outro lado, busca equilibrar a narrativa de “esconde-esconde”. Já o grupo de Saory capitaliza o flagrante para se colocar como guardião do coletivo, reforçando a imagem de que esconder é quebra de acordo tácito. Próximo capítulo: reforço das regras de divisão ou nova rodada de contragolpes culinários.


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