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Desculpas, desafetos e a ambição por um programa
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Felipeh Campos encarou o “No Alvo” sem medo e sem filtro. Logo de início, deixou claro que não tem receio de polêmicas nem de se expor. Revisitou a infância marcada por preconceitos, o início da carreira no SBT e a imagem que construiu na televisão: para uns, língua ferina; para outros, autenticidade sem retoque. E foi categórico ao dizer que nunca pautou a vida pela militância, mas sim pelo trabalho, família e resultados.

O jornalista falou sobre a televisão como ofício e não como um “jardim de infância”. Para ele, a tela exige profissionalismo, entrega e audiência. Amizades podem surgir, mas não são prioridade. Sua visão pragmática rendeu elogios e críticas, mas reforça o discurso de que prefere o embate às máscaras do meio artístico. “Televisão é trabalho, é audiência e comercial”, resumiu.

As polêmicas também ganharam espaço. Felipeh comentou a saída de Márcia Dantas do SBT e explicou o distanciamento de Sônia Abrão, atribuindo ao “excesso de personalidade” a ruptura da parceria. Sobre a fama de cancelador, rebateu: não é maldade, é opinião — e quem merecer vai ouvir. Admitiu que já pegou pesado com Joelma e Britto Jr., mas frisou que pediria desculpas, nunca perdão. “Perdão só peço para Deus”, disparou.

Ao falar de celebridades, sobrou para Deolane Bezerra, definida como “o que não se deve ser para buscar fama”, e para Anitta, que segundo ele teria se perdido em factoides. Ainda assim, reconheceu méritos da cantora e afirmou não guardar ressentimentos. Politicamente, se posicionou no campo conservador, sem se importar com cancelamentos ou dedos apontados, destacando valores de família e rejeitando militâncias barulhentas.

O lado pessoal também esteve em pauta. Casado com Cláudio, relembrou que a relação é construída no respeito e blindada de exposições. Disse ser possível viver um amor entre dois homens de forma digna e estável, sem espetáculo, drogas ou exageros. “Em time que está ganhando, nunca se mexe”, resumiu sobre a vida conjugal.

Entre bastidores, relembrou furos de reportagem, como a morte de Beth Carvalho, e contou a provocação que o levou a idealizar a torcida “Gaivotas Fiéis” após episódio de homofobia. No fim, deixou a frase que definiria seu livro de memórias: “Fiz o que pude. Se não gostaram, paciência. Eu fui feliz.” É Felipe sendo Felipe: direto, polêmico, doce quando quer, ácido quando precisa — e sempre no centro do alvo.

 
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Fonte/Créditos: No Alvo/SBT - youtube