Cozinha, respeito e estratégia: entenda como Yoná virou o tabuleiro no ao vivo 

Depois de semanas mais quieta, chamaram a Yoná de “planta”. Ela pegou a mangueira e regou o próprio enredo. Disse que entrou levando pancada de um grupo de seis, que algumas pessoas já pediram desculpas (Rayane, por exemplo) e que ela perdoou. Afirmou que pensou jogar sozinha, mas percebeu que, neste ponto do reality, precisa de aliados. Tradução: estratégia acima do orgulho. Conversa diariamente “com o público” e ajusta rota conforme o vento da roça. Inclusive, ouviu do próprio grupo que não é prioridade e, ainda assim, decidiu manter uma estratégia de defesa por serem minoria. Política de coalizão, versão curral.

No momento do ferro, Yoná disse que dois nomes estavam atrapalhando sua convivência, mas que só poderia cravar um. Primeiro cutucou Gui, que “segue seus passos procurando erro.” Depois chamou Nizam para o tablado. E aí veio a tese: ele virou o “fiscal da casa”, aquele que conta ovo por ovo na cozinha, criando um clima de vigilância que incomoda especialmente as mulheres. Segundo ela, já a chamaram de preguiçosa por não cozinhar, quando sua preferência é o trato dos animais. Cozinhar, se for para fazer, que seja para todos e de coração; obrigação, não.

Ela resgatou um pacote de episódios com Nizam. Na prova, quando Ray estava vendada e prestes a encarar uma escada com peso, ele teria sido grosseiro em vez de tirar o obstáculo. Resultado: ao vivo, Yoná chamou o rapaz de idiota e pateta, porque se sentiu desrespeitada e subestimada. Em outro dia, quando um nuggets virou carvão e Dudu exibiu o desastre no programa, Yoná diz que Nizam apareceu com a bandeja só para mandar: “foi tu, te vira para lavar.” Para ela, com as “meninas do grupinho dele” ele não faria o mesmo. Ponto central: não é comida, é hierarquia.

Para não parecer caso isolado, Yoná pediu que quem se sentisse incomodada com a “fiscalização” levantasse a mão. Gabi levantou. Outras concordaram em silêncio que grita. O recado: não é drama individual, é clima de microgerência que desgasta a convivência. Tudo isso embalado por um adendo de autoestima competitiva: “ganhei o lampião, me subestimaram, e uma mulher de 50 anos entrega garra.”

A resposta de Nizam veio no manual do “se eu pareci, desculpa.” Ele disse que pode dar um passo atrás para não soar fiscal, negou ter mandado Yoná lavar qualquer coisa e invocou o mantra favorito dos realities: “tá gravado.” Tentou desinflamar lembrando que, mais cedo, ofereceu cama para ela dormir e que já havia pedido desculpas por embates anteriores. Sobre a prova, alegou que apenas pediu espaço, que foi negado, e que não tentou deslegitimar vitória nenhuma. Ainda assim, admitiu que foi chamado atenção quando questionou o placar. Tradução: quer parecer solícito, mesmo com o avental de auditor nos ombros.

No meio do fogo cruzado, a treta Dudu x Rayane segue fazendo barulho de fundo, porque o tema “respeito, ordem e tarefas” contaminou a casa inteira. Mas o lance da noite foi Yoná saindo do canto, parando de reagir e passando a pautar. Ela deixou a etiqueta de “planta” no lixo reciclável, desenhou inimigos claros e colou um crachá de “contador de ovos” no peito do Nizam. Gostem ou não, isso muda quem mira quem nos próximos votos.

Resumo de bolso, sem frescura:

• Virada da Yoná: de “planta” a estrategista com aliados, falando direto ao público.
• Acusação central: Nizam age como fiscal da cozinha, criando desconforto, sobretudo entre mulheres.
• Casos citados: prova com Ray vendada e escada; nuggets queimado e “te vira pra lavar.”
• Resposta do Nizam: nega mandar, pede desculpa se pareceu fiscal, promessa de recuar, “tá gravado.”
• Efeito no jogo: Yoná ganha narrativa, Nizam vira alvo temático, e a cozinha agora é arena.



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