Audiência abaixo da meta e rejeição comercial colocam em risco a continuidade do reality musical em 2026

O Estrela da Casa entrou em sua segunda temporada cercado de expectativas, mas os resultados não empolgaram a direção da Globo. A emissora havia estabelecido que o reality precisaria alcançar 14 pontos de média na Grande São Paulo para garantir uma terceira edição, mas os números seguem próximos dos 12 pontos da estreia, sem apresentar evolução.

A situação é ainda mais delicada no campo comercial. Se na temporada passada o programa contou com 13 patrocinadores, agora apenas o Mercado Livre renovou contrato. Com cotas encalhadas e baixa adesão do mercado, o reality já é visto como um investimento de retorno limitado.

Mudanças foram feitas no formato para tentar atrair público e anunciantes. O confinamento foi eliminado, a exibição no Globoplay passou a ser de 16 horas focadas apenas na música, e nomes como Michel Teló e Lucas Lima foram incorporados ao time. No entanto, as alterações não surtiram efeito imediato.

Entre as novidades, a Globo restringiu o voto popular do público — que deixou de valer nos dois primeiros dias da semana e passou a acontecer apenas na hora do programa de quinta-feira —, mudança apontada como uma das responsáveis pelo fracasso da temporada. Mesmo assim, a emissora já admite que a temporada deve apenas se pagar, sem trazer lucro.

Nos bastidores, o clima é de incerteza. A decisão final sobre o futuro do Estrela da Casa será tomada após os 45 dias de exibição, mas hoje a continuidade em 2026 parece improvável.

Deixo abaixo minha opinião dada lá no início do programa.
Parece-me mais uma previsão:

"Sem a participação ativa das redes sociais, especialmente o X, e sem o embate das pesquisas que agitavam as torcidas de domingo a terça, a 2ª temporada do Estrela da Casa corre sério risco de repetir, ou até superar, o fracasso da primeira. O público brasileiro já demonstrou que gosta de se sentir parte do jogo através das disputas online, comparações de números e rivalidades alimentadas pelas enquetes, e ao retirar esse elemento, a Globo enfraquece justamente o elo que ainda mantinha algum engajamento. Sem esse combustível digital, a atração perde relevância, diminui a sensação de evento e deixa no ar a dúvida se a emissora está realmente preocupada em criar um reality de impacto na TV aberta ou apenas em gerar conteúdo para conseguir bons patrocinadores."
 
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