Novo padrão, chamado DTV+, traz imagem em 4K, som imersivo, interatividade e integração com streaming

O Brasil deu nesta quarta-feira (27) um passo histórico para o futuro da televisão aberta. Foi assinado o decreto que regulamenta a TV 3.0, também chamada de DTV+. A novidade promete revolucionar a radiodifusão nacional ao oferecer transmissões em 4K, com possibilidade de 8K, som imersivo e múltiplos recursos interativos.

A primeira fase de implementação prevê estações experimentais ainda em 2025, em São Paulo e Brasília. A meta é ampliar gradualmente a cobertura e alcançar todas as capitais até a Copa do Mundo de 2026, consolidando o sistema como marco de modernização tecnológica no país.

Para o público, a TV 3.0 será a fusão entre televisão aberta e streaming. O modelo permite conexão com a internet e abre espaço para publicidade direcionada, comércio eletrônico, aplicativos integrados, múltiplos ângulos de transmissão, legendas personalizáveis, audiodescrição e tradução em Libras. Os canais também poderão ser acessados por ícones semelhantes aos das plataformas digitais, o que deve mudar o design dos controles remotos, agora sem teclado numérico.

Nos televisores atuais, será preciso usar um conversor DTV+, conhecido como Mimo (Multiple-Input Multiple-Output). O valor inicial é estimado em cerca de R$ 400, mas o governo projeta queda nos preços com a produção em escala. Já as antenas convencionais seguirão compatíveis.

A transição será gradual: a TV digital 2.0 continuará funcionando por 10 a 15 anos, convivendo com a TV 3.0 até que a migração seja concluída. Para o ministro das Comunicações, a chegada do novo padrão representa um avanço estratégico, mantendo a TV aberta gratuita, universal e alinhada à economia digital.
 

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Créditos: Estadão