Foto: Reprodução
Justiça aponta indícios de tráfico humano, exploração
 sexual e lavagem de dinheiro  

O influenciador Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente (“Euro”), foram presos em Carapicuíba (SP) após determinação da Justiça da Paraíba. A dupla é investigada por tráfico de pessoas, exploração sexual de adolescentes, trabalho infantil artístico irregular e lavagem de dinheiro. Segundo as apurações, eles mantinham uma rede de contatos para recrutar jovens em situação de vulnerabilidade.

As investigações apontam que os adolescentes, chamados de “crias”, eram aliciados e inseridos em um formato de “casa de influenciadores”. Lá, participavam de produções digitais monetizadas, enquanto enfrentavam situações que configuram exploração sexual e condições análogas à escravidão. O Ministério Público da Paraíba relatou ainda que responsáveis legais de algumas vítimas teriam aceitado benefícios como celulares, imóveis e valores mensais em troca da participação dos jovens.

A operação contou com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), vinculado ao Ministério da Justiça. O setor foi responsável por cruzar dados digitais, mapear redes de relacionamento e rastrear fluxos financeiros ligados à atividade criminosa. O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, destacou que as apurações estão sendo conduzidas com rigor técnico e respeito à dignidade das vítimas.

Na linha do tempo do caso, a Justiça da Paraíba determinou em 13 de agosto a suspensão dos perfis do influenciador e a apreensão de equipamentos. No dia 14, novas buscas foram autorizadas em endereços ligados ao casal, e, em 15 de agosto, foi decretada a prisão preventiva de Hytalo e Israel, cumprida pela Polícia em São Paulo.

A investigação segue em sigilo, mas já identificou um esquema nacional de aliciamento que utilizava jovens transportados entre cidades para integrarem os conteúdos digitais da dupla. A suspeita é de tráfico interestadual de pessoas, com participação de colaboradores que teriam facilitado o recrutamento e deslocamento. O caso segue sendo aprofundado pelas autoridades. 
 

Fonte: metropoles
Reprodução/Imagens/Vídeos
Créditos: Carlos Carone - Internet