Foto: Reprodução / CORTES Felipeh Campos [oficial] - Youtube
Violência e Desejo:
 Por que algumas mulheres se apaixonam por agressores?  

O vídeo de um jogador agredindo brutalmente sua namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador chocou o país, mas o que mais impressiona é o que veio depois: o agressor passou a receber mensagens de apoio, cartas românticas e até propostas amorosas nas redes sociais. O caso, comentado por Felipeh Campos, acende um alerta para um fenômeno pouco discutido — a hibristofilia, uma parafilia em que o desejo é voltado para criminosos violentos.

Durante o programa, Felipeh relembra outros casos similares como o do Maníaco do Parque, os irmãos Cravinhos e até Chico Estrela, todos com histórico de crimes bárbaros que, surpreendentemente, renderam admiradoras. A psicóloga convidada esclareceu que a hibristofilia não deve ser confundida com fetiche. Trata-se de uma distorção emocional ligada ao desejo de salvar ou redimir figuras violentas, muitas vezes associada a traumas pessoais não resolvidos.

A especialista explica que essa atração tem raízes profundas em questões de autoestima, abandono e idealização. Mulheres que vivenciaram rejeições ou cresceram em ambientes desestruturados podem se ver impelidas a "curar" esses homens perigosos, acreditando que o amor delas será transformador. O desejo de consertar o outro frequentemente mascara uma necessidade interna de reparação emocional.

O caso de Igor é emblemático também pela frieza com que ele aparece em fotos após o crime, inclusive exibindo a mão machucada de tanto agredir. A psicóloga alerta que muitos desses homens representam o arquétipo do "machão dominador", que seduz pelo poder e agressividade. Em muitos casos, há também elementos de repressão sexual, vaidade em excesso e desejos não assumidos socialmente.

Felipeh encerra a análise com uma reflexão contundente sobre o ciclo de violência e autoengano que envolve essas relações. A romantização da agressividade, especialmente em figuras públicas, precisa ser enfrentada com informação, empatia e responsabilidade. A sociedade deve se mobilizar para acolher vítimas, combater a cultura de idolatria a criminosos e promover debates que ajudem a romper padrões emocionais doentios. 
 

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