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Viúva contou que amigos se afastaram durante
 momento mais difícil  

O Brasil perdeu, na última sexta-feira (8), um dos maiores nomes do samba: Arlindo Cruz. Autor de mais de 500 composições e referência no gênero, o cantor convivia com as sequelas de um AVC sofrido em 17 de março de 2017. Desde então, enfrentou longos períodos de internação, seguidos de uma rotina doméstica adaptada, que exigia estrutura médica completa para garantir seu bem-estar.

Quando finalmente deixou o hospital, Arlindo passou a receber cuidados 24 horas por dia. A equipe incluía enfermeiro, cuidador, massoterapeuta, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, clínico geral e neurologista. Todo esse suporte, indispensável para sua saúde, representou um custo alto e constante, que rapidamente impactou as finanças da família.

O filho, Arlindinho, manteve sua carreira musical, mas precisou equilibrar os compromissos profissionais com a gestão das despesas familiares. A renda dos direitos autorais de quase 800 composições variava de acordo com o período, e a família precisou se reorganizar financeiramente. Segundo Babi Cruz, houve amigos que ofereceram ajuda e outros que simplesmente se afastaram.

Em 2018, pouco após o retorno de Arlindo para casa, Babi revelou em entrevista que a situação era delicada. “A gente não tinha estrutura financeira para aguentar o que aguentou. Estamos num momento de aperto, mas com organização vamos vivendo um dia de cada vez. Perdi conhecidos que considerava amigos e ganhei amigos que não conhecia. Tive decepções com quem achei que poderia contar”, desabafou.

Arlindo Cruz foi internado pela última vez em abril deste ano, após uma pneumonia. A causa de sua morte foi falência múltipla dos órgãos. Sua trajetória, marcada por talento e resistência, deixa um legado eterno para o samba e um exemplo de força para enfrentar as adversidades. 


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