 |
| Foto: Reprodução/Instagram/ND |
Samuel Silva afirma que Julian Feitosa sofre linchamento público e questiona pedido de nova prisão preventiva
O advogado Samuel Silva, responsável pela defesa do modelo e influenciador Julian Feitosa, se manifestou após a prisão do cliente em Balneário Camboriú, ocorrida nesta semana. O caso ganhou repercussão nacional depois da apreensão de drogas avaliadas em milhões de reais na residência do influenciador.
Em entrevista ao ND Mais, Silva criticou a forma como a imprensa tem tratado o caso e alegou que há um desrespeito ao princípio da presunção de inocência. O advogado chegou a comparar Feitosa e a esposa, Isabella Polli, com Jesus Cristo, afirmando que ambos estariam sendo “crucificados pela mídia” sem chance de defesa.A defesa divulgou uma nota oficial na qual reforça que a prisão preventiva de Julian foi negada pelo Juízo de Garantias. Segundo Silva, o veículo em que o influenciador foi detido não pertencia a ele, e não há provas de vínculo com organização criminosa.
O advogado destacou que medidas cautelares foram impostas e estão sendo cumpridas.Ainda de acordo com a nota, Isabella Polli não foi indiciada nem presa em flagrante, mas teve sua imagem amplamente divulgada, o que preocupa a defesa. Silva criticou a exposição da jovem, que não possui acusação formal contra si.Outro ponto contestado é a divulgação de informações sigilosas, incluindo o vídeo da audiência de custódia, o que, segundo o advogado, pode comprometer a validade das provas.
A defesa também disse ter sido surpreendida por um novo pedido de prisão preventiva do Ministério Público, feito dias após a liberdade provisória.Apesar da gravidade da apreensão, Silva afirma que Julian não integra organização criminosa e apenas aceitou armazenar os entorpecentes em troca de pagamento. O advogado reforçou que o cliente segue cumprindo todas as determinações judiciais e confia no andamento da Justiça.
Relembre o caso
Na casa de Julian Feitosa, a Polícia Militar encontrou 175,8 kg de cocaína e 12,7 kg de crack, além de três celulares, duas balanças de precisão e cerca de R$ 800 em dinheiro. A estimativa da polícia é que a carga renderia mais de R$ 3,5 milhões. Ele e a esposa foram presos em flagrante na segunda-feira (18), mas Julian foi liberado no dia seguinte por decisão judicial. O Ministério Público recorreu e pediu nova prisão preventiva.