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Juíza do RJ torna Melhem e Ricardo Feltrin réus por
 perseguição 
 a mulheres que o denunciaram por assédio  

A situação judicial de Marcius Melhem, ex-diretor de Humor da TV Globo, se agravou nos últimos dias. No último dia 22 de julho, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu tornar Melhem réu em uma nova ação penal, que também envolve o jornalista Ricardo Feltrin. Ambos são acusados de violência psicológica e perseguição contra quatro mulheres. Segundo a denúncia aceita pela juíza Juliana Benevides, os dois teriam feito comentários públicos considerados constrangedores e desqualificadores contra vítimas e testemunhas, após as denúncias de assédio feitas pela atriz Dani Calabresa e por outras mulheres que trabalharam com Melhem na Globo.

Essa nova acusação se soma a outro processo penal, aberto em agosto de 2023, no qual Melhem já havia sido colocado no banco dos réus. Nessa ação anterior, ele responde por assédio sexual contra três mulheres, incluindo as atrizes Ana Carolina Portes e Georgiana Góes, além de uma terceira vítima cuja identidade foi preservada. Os desdobramentos recentes reacendem o debate sobre a conduta do ex-diretor nos bastidores da televisão brasileira e a forma como figuras públicas utilizam sua visibilidade para rebater denúncias.

A RESPOSTA DA DEFESA DE MELHEM

Diante da nova ação penal, os advogados de Marcius Melhem se manifestaram oficialmente nesta segunda-feira, 28 de julho, reforçando que os fatos tratados no processo são os mesmos de outro caso já analisado e arquivado pela Justiça de São Paulo. Segundo a nota, a investigação anterior teve apoio de quatro promotoras de Justiça e perícia técnica feita por quatro peritas criminais, que teriam afastado a possibilidade de violência psicológica e apontado, inclusive, indícios de combinação de discurso entre as vítimas.

A defesa argumenta ainda que o próprio promotor atuando no caso se posicionou contra o prosseguimento da denúncia, por considerar que não há elementos suficientes para sustentar as acusações. No entanto, a juíza responsável pelo novo processo entendeu de forma diferente. Para ela, existem indícios suficientes de materialidade e autoria para justificar o início da ação penal. Ela também reforçou que o arquivamento anterior não impede a nova denúncia, já que envolve outras vítimas e partes diferentes.

Confiantes na absolvição, os representantes legais de Melhem declararam que acreditam que, assim como no caso arquivado, ficará comprovada a inocência do ex-diretor. Afirmaram também que continuarão colaborando com a Justiça “para que a verdade prevaleça”. O processo agora segue em fase de instrução, com a oitiva dos acusados antes da definição sobre o mérito da ação penal.


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