Na última terça-feira (15), Giovanna Ewbank usou suas redes sociais para rebater um comentário de Marcelo de Carvalho que repercutiu de forma negativa. O empresário e sócio da RedeTV! publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) uma mensagem sobre a crise migratória na Europa, na qual associou imigrantes africanos e muçulmanos à criminalidade. As declarações geraram acusações de racismo e reacenderam debates sobre xenofobia e preconceito na internet.
O estopim da polêmica foi o relato de um assalto sofrido pelo irmão do filho mais velho de Marcelo em Barcelona. No post, ele descreveu o autor do crime como “um sujeito de aparência africana” e afirmou que a chegada de muçulmanos africanos “acabaria com a Europa”. O tom generalizador e alarmista da fala causou indignação imediata. Muitos internautas destacaram que comentários desse tipo reforçam estereótipos perigosos e discriminatórios.
Após a repercussão, Marcelo tentou justificar seu posicionamento afirmando que a pessoa poderia ter qualquer tipo físico, mas a tentativa de recuo não convenceu o público. Pouco depois, ele apagou a publicação, o que foi interpretado como um gesto mais motivado pelo receio de danos à imagem do que por arrependimento genuíno. Para críticos, a atitude reforçou a falta de responsabilidade com o discurso público.
Giovanna Ewbank, que há anos se posiciona contra o racismo, reagiu com firmeza. Ela escreveu que Marcelo foi claramente racista e que o problema não se resume a uma opinião isolada, mas sim ao histórico de homens brancos que usam privilégios para atacar minorias. A atriz ressaltou que racismo é crime e que o apagamento do tweet não apaga o impacto causado. Sua resposta ganhou apoio de milhares de seguidores e figuras públicas.
Em sua mensagem, Giovanna também fez questão de lembrar o passado colonial europeu e destacou que quem invadiu e saqueou o continente africano foram os próprios europeus. Para ela, declarações como a de Marcelo perpetuam o racismo estrutural e estimulam a xenofobia. Ao encerrar, a apresentadora sugeriu que ele procurasse se informar sobre história e refletisse sobre os prejuízos causados por esse tipo de discurso.