Reality voltou após três anos, mas enfrentou desgaste no formato, baixa audiência e críticas sobre provas e dinâmica

O Power Couple Brasil 7 estreou no dia 29 de abril de 2025 e encerrou sua trajetória em 10 de julho, marcando a retomada do reality depois de um longo hiato. A temporada trouxe como novidade a apresentação de Felipe Andreoli e Rafa Brites, dupla que conquistou boa parte do público pelo carisma e pela química ao comandar as dinâmicas. Apesar da expectativa gerada pelo retorno, a edição terminou com audiência considerada insatisfatória e diversos questionamentos sobre o desgaste do formato.

Os índices consolidados mostraram que a final teve apenas 5,1 pontos de média na Grande São Paulo, o menor resultado entre todas as edições do programa. Mesmo com vitórias pontuais no horário contra o SBT, os números ficaram distantes do desempenho das temporadas anteriores, principalmente na reta final. Muitos telespectadores apontaram que a falta de provas inovadoras e a previsibilidade de algumas dinâmicas colaboraram para o desinteresse progressivo.

Um dos poucos pontos positivos reconhecidos foi o elenco. A mistura de influenciadores, ex-BBBs e casais conhecidos do público ajudou a criar identificação e gerou momentos espontâneos de rivalidade, como as trocas de provocações entre Carol e Adriana que dominaram as redes sociais. A hashtag oficial #PowerCoupleBrasil acumulou mais de 1,2 milhão de menções ao longo da temporada, mostrando que, mesmo com baixa audiência, a repercussão digital ainda foi significativa.

Por outro lado, o excesso de discussões superficiais e brigas que não se sustentavam em narrativas consistentes também gerou críticas. O Quebra-Power ao vivo, uma das apostas para engajar o público, acabou sendo cancelado no meio da temporada por não atingir a audiência esperada. O resultado foi uma sensação geral de que a produção perdeu a chance de transformar conflitos pontuais em histórias mais envolventes.

Entre as principais reclamações dos telespectadores estavam as provas repetitivas e o ritmo arrastado de algumas edições semanais. A falta de quadros inéditos e de uma estratégia de storytelling (forma como a produção organiza, edita e apresenta os acontecimentos para criar uma narrativa que envolva o público) mais bem definida deram ao programa um ar de desgaste precoce. Mesmo o prêmio final, que ultrapassou R$ 400 mil, foi visto como modesto em relação ao investimento emocional e financeiro dos casais ao longo da competição.

Para a oitava temporada, o maior desafio será repaginar o formato com provas mais criativas, dinâmicas menos previsíveis e uma abordagem que valorize a construção emocional dos participantes. Também será essencial pensar em estratégias de divulgação mais agressivas, especialmente na fase de estreia, quando o reality costuma sofrer com audiência tímida. Outro ponto que poderia ser revisto é a gravação antecipada das provas, que acaba tirando parte da graça do programa e esfriando a repercussão. As provas dos homens e das mulheres poderiam ser gravadas durante o dia e apresentadas na mesma noite, enquanto a prova dos casais poderia ser ao vivo nas quartas-feiras. Se quiser voltar a ser relevante, o Power Couple precisará se reinventar sem perder o elemento humano que sempre foi seu principal trunfo.


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