Texto recebido em 24/03/2021

Dentre os convidados do grupo Camarote, a Carla Diaz estava entre os selecionados no elenco do BBB21 que eu conhecia, mesmo que pouco, uma vez que não acompanhei as novelas globais que ela contracenou.

Gosto de explicitar meu grau de conhecimento sobre o eliminado(a) da semana, porém, pouco me importa o que faz ou deixa de fazer profissionalmente, ou até mesmo atitudes que tenha tomado antes de entrar para o confinamento. Quando me disponho a analisar o comportamento de qualquer participante, meu foco e prioridade sempre foram e serão tudo que se refira ao seu jogo e também seu caráter, índole e educação familiar, que são credenciais para se observar e entender muito de tudo que acontece que o envolve de alguma maneira, e tirar minhas conclusões se gosto, se não gosto, se terá minha torcida para ser um dos finalistas ou mesmo campeão(ã).

Carla Diaz à primeira vista me pareceu uma jovem bem educada, meiga, com bom trânsito entre seus adversários no reality, alguns deles que até já fazia parte de sua convivência diária extra confinamento e, também conseguiu despertar o carinho e atenção de pessoas anônimas que nunca imaginaram um dia morar com ela em uma mesma casa, por um determinado tempo. Tudo transcorria nesse mar de tranquilidade para ela até se envolver em uma situação inusitada criada por uma sua conhecida, também famosa, imaginando que ela estaria dando em cima de seu boy magia, no caso o Arcrebiano, que mesmo depois dele ter sido eliminado, ainda gerou um clima muito ruim entre as duas só cessando definitivamente com a saída da Karol Conká.

Passado esse episódio, ela passou a reinar absoluta com seu jeitinho meigo e delicado, sempre querendo agradar a todos e sem querer se comprometer muito no jogo, tanto que teve a oportunidade de atender o big fone e se arrepender das decisões tomadas, tentando a todo custo revertê-la e, por não conseguir, sentiu-se aliviada quando viu que dois entre os seus três emparedados haviam se livrado da berlinda que ela havia submetido, o que demonstrava o quanto não estava preparada para assumir os percalços e dinâmicas impostas pelo jogo. 

Nesse período ela já havia tomado uma decisão que, podemos dizer, foi sua primeira bola fora e que provocou uma decepção no público que torcia por ela, que foi seu envolvimento com o Arthur. Aqui preciso esclarecer minha visão como mulher que sou, e que sei entender perfeitamente a vulnerabilidade nos sentimentos de quem se predispõe a encarar o estresse de um confinamento, como a carência afetiva. Longe de seus familiares e amigos que lhes apoiam de verdade, todos estão sujeitos a se envolverem emocionalmente entre eles, até como forma de amenizar essa sensação de insegurança, além de saberem que terão alguém com quem compartilhar suas dores e/ou desafios em provas que lhes facilitem o rumo a ser tomado dentro da competição. Romântica inveterada como sou, sempre gostei quando vejo se formarem casais nas edições do BBB, porém, procuro observar se esse casal se uniu por afeto recíproco ou apenas por estratégia de jogo. Gostei muito de ver Mariana Felicio/Daniel (BBB6) e Fernando/Aline (BBB15), para citar alguns dos casais que, se encontraram em um reality, sendo alvo de críticas dos que não acreditavam ser um relacionamento verdadeiro, e juntos, casados e com filhos até hoje, provaram ser possível sim, que seus encontros eram reais e poderiam ser felizes após o confinamento como qualquer outro casal que se conheceu em uma situação diferente. 

Se por um lado existiram casais formados no BBB que deram certo, também existiram muitos que se via claramente ser por estratégia de jogo, ou alguns até de forma platônica, onde só um dos dois tinha interesse que o relacionamento vingasse, enquanto o outro demonstrava seu descaso e total descompromisso. Infelizmente, nesta última situação foi o que vimos acontecer entre Carla Diaz e Arthur. Para quem está de fora e se acha no direito de julgar o que estava vendo acontecer entre os dois, é muito fácil criticá-la por ter sido ela a que se deixou levar pelo coração, se jogou literalmente de uma forma que só quem se apaixona ou se encanta por alguém, consegue fazer. Com direito a ficar cega para o que o outro faz, de não ouvir quem tenta lhe abrir os olhos, enfim, não é porque é uma atriz global, ou uma jovem mulher de 30 anos, que esse fato comum a todos os mortais, não poderia acontecer com ela. A única coisa que me incomodava no relacionamento deles era vê-la totalmente submissa e sem se valorizar como mulher, pois, podemos nos apaixonar, até amar, sem necessariamente termos que nos anular em função do outro.

Outro episódio que marcou a trajetória da Carla Diaz no BBB21, foi o fato dela ter sido agraciada pelo público com o paredão falso que lhe dava o direito de ficar em um quarto assistindo ao que ocorria na casa, mesmo que dessa vez de forma limitada, mas que lhe daria uma melhor visão do jogo e, principalmente, como se comportavam seus adversários, um privilégio para quem recebe porque fica mais fácil saber em quem poderia ou não confiar como aliados, ou até somente ver quem estava jogando sujo pra cima dos demais e poder alertá-los, caso desejasse. Embora essa dinâmica seja já bastante conhecida, e já tendo sido usada diversas vezes, somente a Gleici, campeã do BBB18 soube aproveitar bem esse presente, não decepcionando a quem lhe proporcionou tal regalia, o público. Todos os outros, ou meteram os pés pelas mãos, se perdendo nas estratégias, pós-paredão falso, ou se esquivaram de agir como deveriam, que foi o que aconteceu com a Carla Diaz. Vale ressaltar sua performance na teatralização como dammy, e logo em seguida o mico de pedir de joelhos que o seu ficante a aceitasse como parceiros no jogo e no amor. Sua principal estratégia foi omitir dos demais o que realmente viu, ouviu e até o poder que recebeu de vetar um dos direitos concedidos a quem seria o anjo com a imunidade ou o castigo do monstro, por um prazo de duas semanas, terminou não utilizando. Até teve oportunidade de usá-lo quando o Arthur recebeu o castigo da Viih Tube, e não o fez, talvez por estar chateada com ele na época e o anjo era alguém de quem ela gostava muito também. Inevitável seria o desfecho dessa situação com a reprovação e decepção do público para com ela num paredão bastante acirrado com um participante que também tinha suas atitudes reprováveis e que poderia ter sido o eliminado da vez, com uma folga percentual contra ele, caso ela tivesse jogado de forma diferente.

Em sua entrevista no programa da Ana Maria Braga ouvi-a dizer que se tivesse visto os vídeos que assistiu após sua saída, tudo seria diferente. Sua justificativa pode ser compreensível, porém não justifica seu comportamento totalmente, uma vez que a vimos sofrendo, chorando por sentir-se desprezada de forma grosseira, por quem deveria dar-lhe um mínimo de atenção e companheirismo, e também ter sido alertada diversas vezes, diante do tanto que ela se entregou ao relacionamento de mão única.  

A ela meus mais sinceros votos de muitas felicidades, que ela possa usufruir de forma plena o verdadeiro sentido do que seja estar cercada de pessoas que a ama de verdade, longe da pressão de um confinamento. A ele que está com os dias contados no reality, só dependendo de estar novamente no paredão e que sendo eliminado, com rejeição ou não, consiga rever seus conceitos e erros de comportamento, principalmente no trato com as pessoas com quem se relacione e possa ser feliz também.      

Um abraço a todos!



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