Texto recebido em 20/11/2019
A noite passada trouxe um daqueles episódios de que menos gostamos de acompanhar no MasterChef, culminando na eliminação precoce de um candidato forte e querido. O pequeno Fernando Cavinato esbanjou talento e carisma em sua segunda passagem pela cozinha do programa. O paulista ingressou na terceira temporada, em 2016, com a mesma alegria que dava força aos colegas recentes, estabanado, mas eficiente, e necessitando de alguns ajustes.
Os ajustes apropriados foram feitos, na medida - pois a essência do Fernando que conquistou os chefs, os concorrentes e o público jamais deve ser perdida, apenas aprimorada – no entanto, sempre um fator de risco pode escapar às cautelas. O empresário investiu no ramo culinário, estudou e não perdeu a oportunidade de provar que era capaz de concorrer à altura dos grandes n’A Revanche. Isso tudo com muito mais humildade e altruísmo, que, sim, são ingredientes que contam. O único problema ainda não resolvido do participante é o nervosismo. Menos mal que isso não tenha prejudicado o menu final.
A primeira prova do dia foi realizada em equipes na Casa Brastemp Experience, onde apenas os capitães deveriam provar um menu degustação em quatro passos (amuse-bouche e creme de pepino de entrada, carré suíno de prato principal e um creme brûlée de sobremesa) e tentar reproduzir as receitas com seus ajudantes para servirem os três chefs, dentro de 2h30min. Já estava na hora de uma pegadinha chacoalhar o jogo. Ana Paula convocou os dois últimos melhores pratos para serem os capitães, Katleen e Estefano, que puderam escolher a cor dos aventais de suas respectivas equipes bem como quais seriam seus subordinados. Estefano conseguiu o avental vermelho para trabalhar com Fernando Kawasaki e o Major. Katleen escolheu Bourguignon e o Fernandinho sobrou junto como a raspa do tacho. Ele não se chateou, só que também não deixou de observar o desdém para com sua pessoa.
Então, veio Ana Paula e bagunçou tudo. Os capitães tiveram de trocar os aventais e os integrantes cuidadosamente selecionados – e agregados. Provável “mal-me-quer” nos dois times, o Fernando menor ficou satisfeito com a substituição porque o menu exigia sobremesa e ninguém melhor que o Estefano comandando a confeitaria, né? Ou era assim que deveria ser. Todo mundo por lá esquece que no MasterChef Brasil quem impera é a Lei de Murphy: se alguém é o melhor em um prato, vai perder com ele. Temos visto!
A pressão atingiu o nervosismo dos times e testemunhamos uma sequência de pequenos erros nas entregas dos pratos para os jurados. Tinha barbante e papel alumínio no carré, açúcar de mais no sorvete... No geral, nem tudo foi trágico, Paola reconheceu o bom uso das técnicas em ambos os grupos, os agravantes, dessa vez, foram o sabor e o mau emprego das funções dos cozinheiros. Fernando Cavinato sentiu o peso da derrota nos ombros por conta da sobremesa mal-executada que poderia salvá-los da eliminação caso tivesse sido preparada pela experiência direta de Estefano, que trabalhou por com Jacquin por três anos. Thiago entregou o creme brûlée na consistência perfeita e garantiu a vantagem necessária para trazer a vitória para a Equipe Vermelha.
Hora de salvar mais um cozinheiro. A Prova de Pressão pegou pesado com Estefano, Fernandinho e Vitor Bourguignon. O objetivo era apresentar os melhores cortes do lombo, da barriga e cabeça de um atum maior que Fernando! Tá, não é pra tanto. O mezanino apostava alto como Estefano seria impecável na escolha das facas e na precisão cirúrgica dos cortes... Fernando mostrou a que veio, fez melhor alguns quesitos e formou um páreo duro. Bourguignon ficou na retaguarda e rumou fácil para a última prova. Difícil, mais uma vez e ainda bem, foi a tomada de decisão dos jurados, pois Estefano e Cavinato trabalharam muito bem similarmente. Jacquin encontrou a solução num questionamento para os chefs: “Com quais cortes nós gostaríamos de trabalhar?” A resposta recaiu para os cortes de Estefano.
O duelo da Prova de Eliminação agora dava a Cavinato e Bourguignon uma hora para entregar dois pratos de livre escolha com aquelas peças de atum. Fernando foi pego por uma tremedeira alucinante dali ao fim da prova. Sua alegria contagiante ainda estava presente, as técnicas aprendidas não foram comprometidas; no entanto, o controle emocional não fora suficiente para permitir a abstração do prato ideal para a ocasião. Mas aconteceu com Bourguignon. O paranaense ousou e trouxe de seus estudos um sashimi de atum com melão que Paola e Fogaça ainda não haviam provado. E a surpresa foi extremamente positiva.
Fernando serviu um atum selado com gergelim muito saboroso e um tartar de atum satisfatório que fez Jacquin questionar se não era zona de conforto. Bourguignon, além do sashimi, serviu atum enrolado na acelga com molho de champagne a arrancou outros elogios dos chefs. Felizmente, os dois concorrentes entregaram ótimos resultados, a diferença crucial para a decisão residiu no sabor impactante do atum com melão de Vitor Bourguignon.
Fernando Cavinato já deixa sua ausência sentida na cozinha e no mezanino, mas é com orgulho e mérito que tenha recebido e aproveitado a nova chance e chegado à metade da competição, apesar de saber que alguns colegas desacreditavam de todo o seu potencial, como quando foi o último a “ser escolhido” para um grupo neste mesmo episódio e quando Sabrina o elegeu para ser capitão de equipe acreditando na instabilidade do rapaz. E ele venceu. Fernando deixa o MasterChef – A Revanche afirmando para os chefs que tudo o que eles poderiam fazer por ele já fizeram e tem servido. A alegria inata permitiu-lhe suportar a dor da perda da mãe e tocar a própria hamburgueria. Foi eliminado cedo, porém com glória e merece todo o sucesso aqui fora.
Comentários8
Acho que o Fernando não merecia sair, os dois foram elogiados e seus pratos igualmente saborosos. Se o Vitor na primeira etapa não soube separar decentemente o atum não merecia vencer assim como o Estefano não deveria ter subido ao mesanino. Na minha opinião os jurados não queriam a disputa Vitor x Estefano e sobrou pro Fernando. Os queridinhos e funcionários dos restaurantes dos jurados chefes foram protegidos. Muito injusto
ResponderExcluirOi, Fátima! Infelizmente, não poderiam fazer um novo duelo, seria até bacana se não houvesse eliminação diante de duas receitas bem feitas, o problema disso é estender a temporada, mais gastos etc. Você falou sobre o Vitor não ter merecido vencer, porém os cortes eram válidos para as propostas da etapa seguinte, foi justo. Já sobre o Estefano, concordo contigo, ele não fez melhor que o Fernando.
ExcluirJá sabemos a final. Qual a graça de assistir?
ResponderExcluirFiquei um pouco frustrado por ter lido, sem querer, quem eram a segunda eliminada e a dupla finalista, porém não sei a sequência dos demais. Isso e a emoção das provas, os introsamentos e duelos ainda dão o gás pra assistir. É meio que a curiosidade de conhecer o processo, o desenrolar.
ExcluirEntre o Fernando e o Vitor, preferia o segundo. Mas achei injusto o Estéfano subir. A peça de atum do Fernando estava claramente bonita que a dele.
ResponderExcluirTambém achei o atum do Fernando melhor , até a cor era mais bonita ...Eu acredito que o Estefano foi polpado ...
ExcluirÑ queria nem que Fernandinho e nem que Vitor saissem , mas o Vitor foi bem criativo e foi um tapa na cara do mezanino que sempre torce contra ele nos embates , então gostei. Acho muito errado mezanino ajudar um candidato é bem injusto.
Concordo com você, Daniel, forçaram a barra pra livrar o Estefano.
ExcluirPor esse lado eu também gostei muito da vitória do Bourguignon, só a Katleen tentava ajudá-lo, parece haver uma pequena falta de simpatia do pessoal pelo Vitor.
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