Texto recebido em 16/10/2019

“MasterChef – A Revanche” estreou ontem trajado da receita correta a ser escolhida pela Band para voltar aos bons índices de audiência. Ingredientes como rostos ainda reconhecidos pelo público por motivos de talento, simpatia ou ambos em um só pacote; o retorno do programa às terças-feiras, os embates culinários entre ex-participantes das seis temporadas para amadores e a promessa de provas cada vez mais difíceis garantem, ao menos, uma edição memorável, com uma fórmula capaz de render sequências.

Menos extensa, a temporada dá um alívio para um público que já vinha sobrecarregado de duas longas edições por ano com duração aproximada de cinco meses cada.

As primeiras notícias provocaram euforia popular e os palpites acerca de quem seriam os cozinheiros a enfrentar a disputa tão logo pipocaram. Outro acerto da Band: optar por uma competição de alto nível em vez de diversão barata e descompromissada. Prova disso é a ausência de grandes figuras que mais eram atrapalhadas que ótimos cozinheiros porém muito queridos pelo público, como o desajeitado Mohamad Hindi, o sempre plácido Paulo Quintella e a graciosa Imaculada. De qualquer forma, a seleção para a nova empreitada foi justa e saudosista.

Matamos as saudades (ou não) de Haila, Juliana Nicoli e Helton, da recente sexta temporada; Aristeu, Katleen e o Major Thiago, da quinta; do querido Vitor Bourguignon, Valter, Mirian e Ana Luiza, da quarta; Vanessa, Fábio (do frango perfeito), do desastrado Fernando Cavinato e da excelente Raquel, da terceira; da cômica Iranete, Fernando Kawasaki e Sabrina, da segunda, e da grande Cecilia, Estefano e Bianca, da primeira. Pra quem se lembra das piadas, o Thales também está participando, só não contou pra ninguém. 

Foram vinte os escolhidos, mas apenas dez lutarão por um novo troféu, um curso na Le Cordon Bleu do Rio de Janeiro e um prêmio no valor de R$ 250.000,00. Para refinar o elenco, o episódio de estreia promoveu a dinâmica de duelos. Um concorrente sorteado por Ana Paula Padrão escolhia um dos colegas para enfrentá-lo na cozinha e ao escolhido era concedida a oportunidade de optar pelo tipo de receita a ser trabalhada - exótica, regional, reprodução e outras mais – dentro do tempo limite de 45 minutos. Assim, duas duplas por vez cozinhavam, eram avaliadas pelos jurados e os vencedores entravam para o time da temporada especial. 

Ana Luiza foi o primeiro nome sorteado. A moça embolou as memórias e chamou Vanessa para a briga, quando, na verdade, pretendia convocar Iranete, que não trabalha com restaurante, o contrário de Vanessa. Ana pagou o preço e foi eliminada. Katleen tomou coragem para enfrentar Cecilia e venceu o duelo. Iranete fora novamente subestimada, agora por Sabrina que, apesar de alérgica a camarão, fez o melhor prato. Haila, ainda tropeçando nas próprias pernas, enfrentou um extremamente carismático e generoso Fernando Cavinato e não resistiu. 

Fábio venceu Mirian, o prodígio Helton conseguiu a façanha de derrotar a maior aposta do mezanino, Raquel. Bourguignon mandou Aristeu para casa, Fernando Kawasaki superou Bianca e, por fim, as duas últimas vagas foram preenchidas sob muita pressão. Estefano fez a alegria de muita gente ao eliminar Juliana Nicoli da competição; eu lamento muito. A forte dupla Thiago x Valter precisou arriscar tudo na temível confeitaria. E Valter arriscou mesmo, ousou utilizar o ultra para congelar uma base de gelatina em poucos minutos. Surpreendentemente, funcionou. Mas, não por muito tempo. O calor derreteu parte da gelatina, que cedeu de parte da borda da receita de cheesecake e garantiu a vitória para o Major.

Então, temos Vanessa, Katleen, Sabrina, os Fernandos Cavinato e Kawasaki, Fábio, Helton, Vitor (Bourguignon), Estefano e Thiago. Seguiremos acompanhando o retorno e batalhas gastronômicos desses dez grandes competidores até meados de dezembro.

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