"Depois de dezoito temporadas concluídas (nem sempre) com sucesso, parece que o Boninho cansou do maior reality show de confinamento do Brasil e o programa se encontra em uma crise na qual parece que o barco está afundando e a produção se encontra tocando violino atrapalhando a passagem de quem está tentando se salvar, mas após quase quarenta episódios, será que teria como o programa ser salvo? Será que isso vai atrapalhar as futuras edições do programa? Será que finalmente esgotamos a formula dessa atração e agora vamos nos alimentar apenas das competições culinárias e musicais? Calma, nem tudo está perdido, só um pouco trabalhoso e eu explico a partir de agora.
Para quem não sabe, o reality show começou a ser exibido lá fora antes de chegar em nossas terras brasileiras, então quando o Boninho colocou as mãos no "Big Brother" ele já tinha ideias e dados sobre as coisas que funcionavam ou não na atração e acabou fazendo um misto de trabalho diferente (já que não estávamos acostumados a assistir programas deste tipo) com um pouco de reciclagem das temporadas lá de fora e é algo que ele costuma fazer até hoje, principalmente no quesito de provas, nessa atual temporada mesmo, teve algumas provas que se você assiste "Survivor" provavelmente reconheceu na mesma hora. Então, o que eu quero dizer é que... O bacana nas primeiras temporadas do "BBB" era ver as mudanças de jogo, de estratégias, como por exemplo, o anjo que surgiu lá na terceira semana e balançou a ordem natural das coisas, o dinheiro e a prova da comida, o big fone, o poder do veto que gerou o histórico "Eu veto sim, Bial" e muitas outras coisas que iriam surgindo pelo caminho e trazia o fator surpresa na tensão dos confinados.
Ao contrário do que a gente costumava ver nas primeiras temporadas, parece que a equipe criativa do programa estacionou em algum momento nas últimas temporadas, em algum momento eles devem ter sentado e pensado: "Tá aqui, essa é formula exata que queremos e não precisamos mexer mais em nada." e isso vem se estendendo até mesmo na seleção de elenco, você percebe claramente quando algum confinado se destaca que eles procuram imediatamente alguém para substituir aquele sucesso, que ao meu ver aconteceu com a Hana nessa edição, que veio para ser a "Ana Clara sem o pai" da temporada. E o que acontece quando você se acomoda? NADA! Tudo acaba virando uma rotina, sem surpresas, sem novidades, nada que estimule a tensão e a falta de segurança que um confinado deveria ter em uma situação como é a de um reality show.
A falta de inovação vem acontecendo até mesmo na edição, como por exemplo, ter um humorista comentando algumas cenas inéditas, o que quase sempre acaba sendo bem sem graça e acho que nunca passou pela cabeça deles que o problema não é o humorista que eles colocam e sim a narrativa do VT que não acrescenta em nada. Sem contar os VTs das famílias e do WPP que estreou na temporada passada e migrou para essa e ok, foram dois quadros de muito sucesso, mas vamos concordar que esse sucesso deveria servir de estimulo para criarem algo maior e melhor para o próximo ano? Até pelo fato de que cada caso é um caso, o VT das famílias este ano não rendeu e foi cancelado lá nas primeiras semanas...
E não é possível que a Globo toda poderosa e cheia de recursos não consiga reunir uma equipe criativa para inovar na atração, euzinha que não passo de uma simples escritora, criei uma versão fanfic do reality show em meu blog e em apenas algumas temporadas eu descobri que precisava inovar se quisesse manter os meus leitores, então fui criando novas dinâmicas de jogo: O jogo em grupo, pequenas e grandes desvantagens recebida através de uma prova especial, fazer temporadas temáticas com metade ex-participantes e metade novatos, edição com celebridades, um paredão plot twist no qual um confinado vai ao paredão contra um participante novo e o mais votado segue na competição... Olha... Uma equipe de cinco pessoas ou até menos, seria muito bem capaz de dar uma movimentada no reality, fazer ele ficar com uma cara nova e restaurar o medo da galerinha que aceitar o desafio.
Ano que vem o reality completará vinte edições exibidas e o momento não poderia ser melhor para a produção trazer uma edição "all stars" e de maneira temática inclusive: Confinar 10 mocinhos e 10 vilões. Pegar os queridinhos do público e jogar numa disputa com twists novos, uma prova nova para substituir a batida prova do anjo, provas de resistência que não só o vencedor seja beneficiado, fazer uns quartos especiais com poderes que valha mais do que apenas vetar alguém, colocar produtos no mercado que realmente faça a cabeça da galera em querer comprar ao invés de comprar a comida coletiva, como por exemplo, um cambio de meda no qual 500 estalecas valessem 2 mil reais em dinheiro vivo... Aposto que tem gente que faria essa troca... Motivar a competitividade dando pequenas recompensas ou confortos...
Ao meu ver, não existe muito mais o que fazer sobre a atual temporada além de abraçar o fato de que o elenco desse ano saiu do cast de rejeitados do "Ursinhos Carinhosos", abraçar a ideia de que esse marasmo foi o planejado desde o inicio e celebrar, como o apresentador vem fazendo nos últimos dias, mas... Essa pá não precisa ser necessariamente a última no caixão do programa, soluções para ele respirar sem a ajuda de aparelhos nós temos, mas será que temos pessoas dispostas a arregaçar as mangas e ir pra luta na Rede Globo ou eles vão continuar escolhendo um grupo qualquer de pessoas e jogando elas na casa, esperando que eles façam alguma coisa por si mesmos, sob as mesmas regras e atividades que eles cresceram assistindo? Se a gente diz que os confinados precisam trabalhar por esse 1 milhão, vale lembrar que a produção também precisa trabalhar pela nossa atenção."
Para quem não sabe, o reality show começou a ser exibido lá fora antes de chegar em nossas terras brasileiras, então quando o Boninho colocou as mãos no "Big Brother" ele já tinha ideias e dados sobre as coisas que funcionavam ou não na atração e acabou fazendo um misto de trabalho diferente (já que não estávamos acostumados a assistir programas deste tipo) com um pouco de reciclagem das temporadas lá de fora e é algo que ele costuma fazer até hoje, principalmente no quesito de provas, nessa atual temporada mesmo, teve algumas provas que se você assiste "Survivor" provavelmente reconheceu na mesma hora. Então, o que eu quero dizer é que... O bacana nas primeiras temporadas do "BBB" era ver as mudanças de jogo, de estratégias, como por exemplo, o anjo que surgiu lá na terceira semana e balançou a ordem natural das coisas, o dinheiro e a prova da comida, o big fone, o poder do veto que gerou o histórico "Eu veto sim, Bial" e muitas outras coisas que iriam surgindo pelo caminho e trazia o fator surpresa na tensão dos confinados.
Ao contrário do que a gente costumava ver nas primeiras temporadas, parece que a equipe criativa do programa estacionou em algum momento nas últimas temporadas, em algum momento eles devem ter sentado e pensado: "Tá aqui, essa é formula exata que queremos e não precisamos mexer mais em nada." e isso vem se estendendo até mesmo na seleção de elenco, você percebe claramente quando algum confinado se destaca que eles procuram imediatamente alguém para substituir aquele sucesso, que ao meu ver aconteceu com a Hana nessa edição, que veio para ser a "Ana Clara sem o pai" da temporada. E o que acontece quando você se acomoda? NADA! Tudo acaba virando uma rotina, sem surpresas, sem novidades, nada que estimule a tensão e a falta de segurança que um confinado deveria ter em uma situação como é a de um reality show.
A falta de inovação vem acontecendo até mesmo na edição, como por exemplo, ter um humorista comentando algumas cenas inéditas, o que quase sempre acaba sendo bem sem graça e acho que nunca passou pela cabeça deles que o problema não é o humorista que eles colocam e sim a narrativa do VT que não acrescenta em nada. Sem contar os VTs das famílias e do WPP que estreou na temporada passada e migrou para essa e ok, foram dois quadros de muito sucesso, mas vamos concordar que esse sucesso deveria servir de estimulo para criarem algo maior e melhor para o próximo ano? Até pelo fato de que cada caso é um caso, o VT das famílias este ano não rendeu e foi cancelado lá nas primeiras semanas...
E não é possível que a Globo toda poderosa e cheia de recursos não consiga reunir uma equipe criativa para inovar na atração, euzinha que não passo de uma simples escritora, criei uma versão fanfic do reality show em meu blog e em apenas algumas temporadas eu descobri que precisava inovar se quisesse manter os meus leitores, então fui criando novas dinâmicas de jogo: O jogo em grupo, pequenas e grandes desvantagens recebida através de uma prova especial, fazer temporadas temáticas com metade ex-participantes e metade novatos, edição com celebridades, um paredão plot twist no qual um confinado vai ao paredão contra um participante novo e o mais votado segue na competição... Olha... Uma equipe de cinco pessoas ou até menos, seria muito bem capaz de dar uma movimentada no reality, fazer ele ficar com uma cara nova e restaurar o medo da galerinha que aceitar o desafio.
Ano que vem o reality completará vinte edições exibidas e o momento não poderia ser melhor para a produção trazer uma edição "all stars" e de maneira temática inclusive: Confinar 10 mocinhos e 10 vilões. Pegar os queridinhos do público e jogar numa disputa com twists novos, uma prova nova para substituir a batida prova do anjo, provas de resistência que não só o vencedor seja beneficiado, fazer uns quartos especiais com poderes que valha mais do que apenas vetar alguém, colocar produtos no mercado que realmente faça a cabeça da galera em querer comprar ao invés de comprar a comida coletiva, como por exemplo, um cambio de meda no qual 500 estalecas valessem 2 mil reais em dinheiro vivo... Aposto que tem gente que faria essa troca... Motivar a competitividade dando pequenas recompensas ou confortos...
Notícias Relacionadas
Um reality não precisa necessariamente ter duas barraqueiras loucas se peitando, um bonitão querendo levar todas para o edredom, casais juvenis, bateção de panela ou coisas desse tipo para ser uma temporada que valha o nosso tempo na frente da televisão. O elenco dessa temporada inclusive em sua grande maioria traz debates interessantes, o que matou tudo desde o inicio foi a maneira que as coisas foram direcionadas. Não adianta... Você pode ter o elenco dos sonhos, mas sem o participante "fantasma" que é a direção do programa, que instiga a galera, que cria dinâmicas e confrontos, que passa uma pequena dica ou outra (estou falando com você Fernanda, BBB10) você acaba caindo na armadilha que está sendo essa temporada: Uma casa no qual está tudo bem com todo mundo, já que eles precisam manter a imagem de "puros" para conquistar o programa, que inclusive se colocam no paredão para não ter que se comprometer com outra pessoa e não é isso o que a gente quer ver, uma mansão cheia de mortos vivos, nós queremos ver pessoas que respeitam o jogo, jogando.Ao meu ver, não existe muito mais o que fazer sobre a atual temporada além de abraçar o fato de que o elenco desse ano saiu do cast de rejeitados do "Ursinhos Carinhosos", abraçar a ideia de que esse marasmo foi o planejado desde o inicio e celebrar, como o apresentador vem fazendo nos últimos dias, mas... Essa pá não precisa ser necessariamente a última no caixão do programa, soluções para ele respirar sem a ajuda de aparelhos nós temos, mas será que temos pessoas dispostas a arregaçar as mangas e ir pra luta na Rede Globo ou eles vão continuar escolhendo um grupo qualquer de pessoas e jogando elas na casa, esperando que eles façam alguma coisa por si mesmos, sob as mesmas regras e atividades que eles cresceram assistindo? Se a gente diz que os confinados precisam trabalhar por esse 1 milhão, vale lembrar que a produção também precisa trabalhar pela nossa atenção."
Bruna Jones - @odiariodebrunaj
|
As opiniões emitidas nesta coluna são de responsabilidade exclusiva
do autor das mesmas e não expressam necessariamente as da administração e colaboradores do Votalhada. |