“Yo no creo en brujas... pero, que las hay las hay”. Ah… si las hay!!!

Só isso explica o que vem acontecendo no BBB nas últimas semanas: cobra rastejando na cozinha, Mahmoud preso no porta-malas do carro durante uma festa, Kaysar machucando o pezinho, Patrícia líder, Wagner arrebatando Gleici, Diego escapando de sucessivas eliminações, Patrícia-Diego-Kaysar aliados... Apenas forças sobrenaturais explicam. Ou alguém tem alguma outra explicação mais palpável???

Certeza que tem sapo enterrado naquele jardim!!!

Pode-se dizer o que quiserem do Diego, mas em um ponto temos que dar o braço a torcer: ele tem dado seguidas lições de estratégia. E o principal: com eficiência!!!  Além disso, a sorte ou o feitiço também tem estado ao lado dele. É i-na-cre-di-tá-vel!!! 

Na semana passada, indicado pelos líderes, Ayrton e Ana Clara, ele tinha 99% chance de ser eliminado. 99% minha gente!!! Mas, eis que, o 1% caiu no colo do Kaysar, que ao indicar o Lucas, atente-se que mais ninguém o indicaria, fez o jogo dar uma guinada de 180 graus e a gente se despedir da Ana Lúcia. Aproveite a fama conquistada Ana Lúcia. Boa sorte!!!

A partir daí, como o esperado, Jéssica rapidamente encontrou o seu lugar juntando-se ao Diego e Patrícia, que cooptaram o Kaysar, para jogarem lado a lado com o Wagner, Caruso e Viegas, na disputa nada inocente pela sobrevivência com o restante da casa. Pra tudo dar certo, só faltava a liderança, que habilmente a Patrícia não deixou escapar.

Aliás, a prova do líder tinha tudo pra ser uma prova banal. Um jogo da memória com a imagem de sapatos. Ora ora ora... desde o início era previsível que a liderança seria feminina. Lacinhos, recortes, enfeites, tamanhos de salto, são detalhes que só as mulheres conseguem enxergar. Os homens não conseguem diferenciar um sapato vermelho de um sapato fúcsia. Tanto é que o mano a mano ficou entre a Ana Clara e Patrícia, e esta estava focada e com sangue nozoios pra ganhar. Não à toa levou a melhor. A partir de então o destino da Paula estava selado. É nítido o recalque, desconforto e antipatia que a Patrícia sente por ela. Ah... a tal da inveja feminina... Só um banho de água benta e sal grosso dão conta... Aliás, a animosidade ali é recíproca. 

Embora tenha vencido o jogo da memória, o destaque não foi a Patrícia, mas o Caruso. O que foi aquele gigante apanhando a bola da imunidade?!?! Na hora paralisei ao vê-lo correr com a bola nas mãos, tentando entender o que havia acontecido. Confesso que ele me pegou!!! Quando foi dito que quem a agarrasse estaria imune e o preço seria a eliminação de seu grupo, pensei: “Que tontice. Quem será louco o bastante pra fazer isso e correr o risco de se indispor com todos da casa???”. Pois é... havia um louco atento, que soube agir e jogar no momento certo. Que timing!!! Saiu da mesmice do politicamente correto e conseguiu empolgar a galera e as redes sociais!!! Show de astúcia!!! A partir daí o jogo mudou de lado, porque a autoimunidade do Viegas pouca diferença fez na votação. Ninguém ali presta atenção nele, a prova do anjo confirmou isso, e assim, com pouco esforço e comendo quieto, ele vai ficando... ficando...

Hellooo Mahmoud, aprende com o Caruso!!!!

Uma das piores coisas que pode acontecer nesse jogo é a acomodação. E Mahmoud se acomodou, talvez por haver voltado de dois paredões. Não dá pra ficar nesse papinho de eu sou fiel a mim mesmo, não combinou voto, sou “du bem”, sou perseguido, achando que assim vão se manter ou não serem indicados, como ele e a Gleici apostam. Não estão lá pra fazer o social ou pra ganhar o prêmio da pessoa mais “legalzinha” do planeta. Estão ali para jogar. E jogar é - a cada semana - estar atento para preservar a si mesmo e ao seu grupo. 

Não adianta culpar exclusivamente o Diego ou a Patrícia por esse paredão.

O jogo esteve nas mãos do Mahmoud, até mesmo porque ele foi um dos últimos a votar. A votação aberta permitia que eles quebrassem na hora qualquer possível combinação prévia. E ele desperdiçou a chance de ouro.  Acabou se colocando na berlinda com a Gleici e a Paula, suas aliadas. Não adianta chorar ou se vitimizar ou lamentar a inocência perdida. Todo erro no BBB tem seu preço. E ele errou por desatenção, por falta de flexibilidade em mudar o seu voto, por não ter a mesma garra que o Caruso teve ao se autoimunizar. Para ser um vencedor, é preciso arriscar, “se jogar”.

Mas “se jogar” não é suficiente... é preciso também saber com quem jogar. Como diz o verso da música tema: “se pudesse escolher, entre o bem e o mal, ser ou não ser?”.

Outro responsável por esse paredão foi o Kaysar. Ao votar na Gleici, ajudou a montá-lo, escolheu um lado e com quem jogar, ao tempo em que emparedava a aliada de seu melhor amigo, Mahmoud. O ídolo de barro, imaculado puro e inocente, se quebrou. Optou por fortalecer aqueles que combinam votos diante dele, desfazem dos adversários e, o pior, no voto aberto tentou ludibriar e eximir-se de qualquer responsabilidade atribuindo sua indicação à vontade da Patrícia. Que feio!!! E o livre-arbítrio fica aonde??? Deveria ter continuado jogando fora seu voto, teria sido mais sensato.

Esse paredão também foi formado em razão do Wagner, embora sua participação não tenha ficado tão evidente quanto da dos demais. Ele provou novamente que é mais parceiro do Caruso e Viegas do que da Gleici. Soube da articulação de votos nela e não fez nada para impedir ou alertá-la, dando-lhe a oportunidade de combinar votos com o seu grupo para proteger-se. De inocente o Wagner não tem nada!!! Ele é com folga o jogador mais perigoso da edição, por agir nas sombras, muito embora haja quem entenda que são o Diego e a Patrícia. Não são. Eles têm algo que o Wagner não tem: são fiéis entre si.

Pra finalizar, deixo aqui uma menção honrosa para o Breno por sua indignação com a indevida intervenção e comentários do Thiago Leifert no jogo da discórdia, o que provocou a retratação e um pedido de desculpas do apresentador. Foi corajoso o garoto!!! De fato não cabe ao apresentador questionar quem coloca a plaquinha de “banana” em quem. E convenhamos, no caso, ela coube com acerto ao Kaysar. Gosto do Leifert desde os tempos do Globo Esporte. Não é tarefa fácil substituir alguém que deixou sua marca no BBB. O que talvez parte do público não veja é que ultimamente o Pedro Bial dava sinais de cansaço, demonstrava pouca paciência e élan para continuar. Thiago trouxe novo frescor ao reality. Mas, ele peca por interferir excessivamente no jogo. Após reconhecer que errou com o Breno, voltou a errar, desta vez, com a postura da Paula na prova do anjo, o que rendeu nas redes sociais um sonoro “Fora Leifert”. Ele tem que entender que não está arbitrando um jogo com a função de distribuir cartões amarelos ou vermelhos, apitar faltas ou pênaltis. Está lá na qualidade de a-pre-sen-ta-dor, um mestre de cerimônias que conversa com os participantes como um animador, media debates e apresenta as regras, provas e desafios. Tudo o mais é excesso. O público perdeu a inocência faz tempo. Este não precisa ser conduzido, tem o poder de análise, capacidade para tirar suas próprias conclusões e de formar suas preferências. No mais, parabéns ao Breno por haver colocado isso em evidência!!! Foi pouco, mas já mostrou algo a mais, do que ser apenas um pegador.


Shadow / Mariasun Montañés
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