Com design minimalista e mensagem poderosa, a peça assinada por Conner Ives se consolida como manifesto de representatividade e solidariedade.
Uma simples camiseta branca com a frase “Protect The Dolls” (“Protejam as Bonecas”) virou muito mais que uma tendência fashion. Criada pelo estilista Conner Ives, a peça se transformou em um símbolo de apoio à comunidade trans, ganhando força política e cultural ao ser adotada por celebridades e ativistas ao redor do mundo.
A expressão “dolls”, usada de forma carinhosa dentro da comunidade LGBTQIAP+, é especialmente comum entre mulheres trans. Ao estampá-la com um pedido de proteção, a camiseta traz à tona um chamado urgente por empatia e respeito — em um momento em que retrocessos em direitos básicos atingem pessoas trans em vários países.
A força da mensagem ganhou visibilidade quando a peça foi usada publicamente por nomes como Pedro Pascal, que a vestiu em eventos marcantes como a pré-estreia do filme Thunderbolts, em apoio à sua irmã trans, Lux Pascal. O cantor Troye Sivan também a levou ao palco do Coachella, ao lado de Charli XCX. Outros famosos como Addison Rae, Tate McRae, Haider Ackermann e Tilda Swinton também aderiram à camiseta como forma de posicionamento público.
Longe de ser apenas um item de moda, a peça virou uma bandeira em meio a um cenário de instabilidade para os direitos da população trans. Em algumas regiões, decisões políticas recentes têm restringido o acesso dessas pessoas a cuidados médicos, espaços públicos e proteção legal. Nesse contexto, vestir a frase é mais do que tendência: é um ato de resistência.
Vendida por 75 libras (cerca de R$ 570), a camiseta tem seus lucros revertidos integralmente à Trans Lifeline, organização que oferece apoio direto a pessoas trans em situação de vulnerabilidade. O sucesso foi tanto que o produto passou a ser fabricado sob encomenda, tamanha a procura.
“Protect The Dolls” se firma, assim, como uma das peças mais emblemáticas do ativismo fashion recente. Uma frase direta, um gesto coletivo e um recado claro: proteger vidas trans é urgente — e necessário.
Fonte: Capricho
