Texto recebido de Luís Lima em 09/04/2020
MAR-CELA, O QUE DIZER SOBRE ELA?
BBB é um programa tão complexo e imprevisível como também simples e contraditório, porque o tácito e o óbvio se relacionam e se confrontam num par de imagens e linguagens. O que quero dizer com isso? A simplicidade e a complexidade do jogo e o não dito (tácito) e o dito (óbvio) se enroscam no conflito e no confronto dos participantes que embaralham nossas cabeças, nossos sentimentos e nossas emoções imediatistas. Quem nos agrada e quem nos dá ranço? Aquele ou aquela com quem nos identificamos ou não. Aquele e aquela que nos espelhamos ou não. E o espelho da vida não reflete tanto a verdade da realidade, porque é apenas a imagem distorcida dela – Que pena! Que pena!. Assim sendo, é o espelho do BBB que reflete imagens desconexas, tortas, distorcidas e aleijadas das pessoas, formando caricaturas dos personagens. Porque o espelho, na verdade, é um reflexo das nossas parcas e defeituosas impressões, eivadas de valores particulares e localizados (vista de vários pontos, locus), que enganam os que as leem, como também enganam a nossa própria racionalidade. Dito isto, vamos ao que nos interessa.
Quem é Marcela ou Mar–Cela?
Acho que esses três pontos definem um pouco sobre quem foi Marcela ou “Má-cela” no BBB-20. Mas o que mais me intrigou nesse jogo de loucos não foi nem o comportamento “maresia” de Marcela. O que me assustou nesse BBB foi o comportamento da misoginia social, do repúdio ao Ser Marcela. Como assim? Meu Deus, os comentários foram os mais frívolos, superficiais e ofensivos sobre Marcela, descaracterizando o seu lado bom, de mulher lutadora, vencedora, empoderada (a tônica do BBB era: empoderadas x neomachistas), de alguém que tem pensamento próprio, singular, com autoestima elevada. E confundiram autoestima e autoconfiança dela com soberba e ar de superioridade; confundiram incompatibilidade de gênios – dela e de Babu – com racismo. Muitos não dizem que o espírito não bate com o do outro? Como forma de explicar a não empatia entre pessoas? Com certeza Marcela não absorveu o ser sendo de Babu; nem conseguiu ponderar a agressividade dele, com aquele seu jeito, me desculpem as palavras, jeito meio mafioso de olhar as pessoas (não estou o chamando de mafioso, estou apenas comparando um olhar). Uma característica do ambiente hostil em que viveu: o olhar hostil.
Marcela, para mim, foi uma das jogadoras mais “equilibradas” no jogo. Sensata em quase 90%, pisando na bola com Telminha, a quem admiro e gosto. Mas como disse Leifert, no BBB não existe perfeição humana. Mas não tome esta frase para absolver ou relativizar as cretinices da Macholândia, a arrogância de Prior e as grosserias de Flay. Ser imperfeito não significa que você tenha que ser canalha, cafajeste, agressivo, mal-educado etc. Porque errar por engano é uma coisa, mas errar de propósito ou de forma manipulada é uma outra coisa. Por conseguinte, Marcela estava começando a se resgatar como jogadora, como Marcela, abandonando a Mar-Cela ou Má Cela, com a saída de Daniel, reconstruindo sua linguagem de militante e interpretando com mais claridade e elegância o jogo da casa. Pena que foi pouco tempo para poder reconquistar seu público, perdido em coisas tão irrelevantes como o fato dela namorar Daniel ou não ter uma empatia com o Babu. Porque, na verdade, há dois Babus. O Babu da favela e o Babu do Teatro. Uma dupla personalidade: uma que critica o machismo social, o racismo, mas outra que pratica a homofobia com falas pejorativas (viadinho) contra Pyong e Daniel. Talvez esteja Babu ainda na fase de transição do homem bárbaro para o homem civilizado.
Por fim, Marcela não fez feio no jogo, a meu ver; e a desproporção com que trataram Marcela no jogo, pelos espectadores, foi gritante, irracional. Eu poderia ter tido ranço de Marcela por causa de suas palavras estúpidas contra a Presidente (em 2013) no Tweet, quando Esta estava hospitalizada, em tom de ameaça como: “ah se ela estivesse no meu plantão?” No entanto, o seu arrependimento, o seu pedido de desculpas e a sua desconstrução de uma mulher politicamente tóxica, forjado pelo ódio político, e a sua reinvenção de uma mulher progressista e respeitosa, me fez reconsiderar o fato e lhe dar uma chance humanista no jogo, pois jamais uma médica deve desejar ou forjar a morte de alguém. Reconsiderar em que sentido? De que podemos nos desconstruir como sujeitos maldosos e nos reconstruir como seres civilizados e tolerantes até com quem não gostamos. Para mim, já que estamos na semana santa, Marcela ressurgiu das cinzas depois de 2013, no calor da antipolítica, da realidade cinzenta, ou seja, ela ressuscitou para uma nova vida, uma vida de amor ao próximo, de respeito humano, em que todos somos filhos de único pai, Deus, logo irmanados pela Bíblia (desculpem-me os ateus). A cultura do ódio, do ranço, da intolerância, aqui fora, e na participação do BBB, não nos eleva como seres humanos. Pelo contrário, nos rebaixa moralmente. Espero que o BBB não seja apenas um programa de entretenimento, mas um programa que passe mensagens, ideias “revolucionantes”, novos valores éticos, porque não estamos mais no século 19 ou 20. Estamos no século 21, do desenvolvimento científico e tecnológico, da luta de respeito ao meio ambiente e com novas formas de abordagens da realidade. Dito isso, desejo a todos uma Feliz Páscoa, um Novo Renascimento Humano pela Ressurreição do nosso modo de SER.
BBB é um programa tão complexo e imprevisível como também simples e contraditório, porque o tácito e o óbvio se relacionam e se confrontam num par de imagens e linguagens. O que quero dizer com isso? A simplicidade e a complexidade do jogo e o não dito (tácito) e o dito (óbvio) se enroscam no conflito e no confronto dos participantes que embaralham nossas cabeças, nossos sentimentos e nossas emoções imediatistas. Quem nos agrada e quem nos dá ranço? Aquele ou aquela com quem nos identificamos ou não. Aquele e aquela que nos espelhamos ou não. E o espelho da vida não reflete tanto a verdade da realidade, porque é apenas a imagem distorcida dela – Que pena! Que pena!. Assim sendo, é o espelho do BBB que reflete imagens desconexas, tortas, distorcidas e aleijadas das pessoas, formando caricaturas dos personagens. Porque o espelho, na verdade, é um reflexo das nossas parcas e defeituosas impressões, eivadas de valores particulares e localizados (vista de vários pontos, locus), que enganam os que as leem, como também enganam a nossa própria racionalidade. Dito isto, vamos ao que nos interessa.
Quem é Marcela ou Mar–Cela?
1. Aqui fora, uma médica, ginecologista, sexóloga, que cuida das mulheres e dos transgêneros, que faz palestras para os párias da sociedade machista-patriarcal. Talvez muita gente não entenda o que seja isso: machismo e patriarcalismo. Esses fenômenos sociais que delineiam o pensamento, o sentimento e o comportamento humano de forma tão automática, tão mecânica; aquilo que o sociólogo francês Durkheim denomina de solidariedade mecânica, a saber, uma solidariedade por semelhança: os iguais se solidarizam. Os diferentes, geralmente, se repudiam. A Marcela profissional, militante, engajada em causas como a feminista e LGBTQI+, é um agente ativo de mudanças na sociedade, uma ativista; e não um sujeito passivo que aceita tudo como normalidade já predefinida, não questionada pelo conservadorismo do status quo.
2. Lá dentro do BBB, Marcela é o que é aqui fora e também é o que ela se construiu no jogo. Uma junção das duas condições humanas, a mulher ativista e a jogadora maresia, sobressaindo-se mais aquela do jogo, que se conteve no decorrer da segunda semana quando Daniel entrou e ofuscou seu brilho, embaçou a jogadora. Esta é a minha visão, my point of view. Uma Marcela que encolheu ao se relacionar com um homem infantil, birrento, bobão com dificuldades de atenção às regras do programa. Tornou-se mãe incestuosa. Acho que se tornou mesmo, uma babá de Daniel. Não que ele seja uma pessoa má, maléfica, do mal. Mas porque ele atrapalhou bastante desenvolvimento dela no jogo, ao se preocupar, ela, com as suas trapalhadas, tentando defender o namorado indefensável.
3. Por último, quem é Mar–Cela? Um mar morto ou um mar revolto? Acho que nenhum dos dois. Um mar calmo, mas vivo. O mar na sua calmaria sem tempestade. Apenas com a brisa do vento soprando, levando o barquinho Marcela para além do horizonte prescrito da moral burguesa. E Cela? Porque o Daniel a encarcerou no seu romance tolo, sem sal sem pimenta. Um romance marcadamente “juveloide”, como se fosse o primeiro namoro de dois adolescentes, a primeira paixão. Marcela se enfiou numa cela com Daniel e lá ficou presa. A cela sem o selo do amor do homem e da mulher, mas com o selo do amor maternal, fraternal. A cela que lhe afastou do jogo mais arrojado, a ponto de se afastar de uma das suas melhores parceiras, a Telma. Fim de torcida frenética para ela.
Acho que esses três pontos definem um pouco sobre quem foi Marcela ou “Má-cela” no BBB-20. Mas o que mais me intrigou nesse jogo de loucos não foi nem o comportamento “maresia” de Marcela. O que me assustou nesse BBB foi o comportamento da misoginia social, do repúdio ao Ser Marcela. Como assim? Meu Deus, os comentários foram os mais frívolos, superficiais e ofensivos sobre Marcela, descaracterizando o seu lado bom, de mulher lutadora, vencedora, empoderada (a tônica do BBB era: empoderadas x neomachistas), de alguém que tem pensamento próprio, singular, com autoestima elevada. E confundiram autoestima e autoconfiança dela com soberba e ar de superioridade; confundiram incompatibilidade de gênios – dela e de Babu – com racismo. Muitos não dizem que o espírito não bate com o do outro? Como forma de explicar a não empatia entre pessoas? Com certeza Marcela não absorveu o ser sendo de Babu; nem conseguiu ponderar a agressividade dele, com aquele seu jeito, me desculpem as palavras, jeito meio mafioso de olhar as pessoas (não estou o chamando de mafioso, estou apenas comparando um olhar). Uma característica do ambiente hostil em que viveu: o olhar hostil.
Marcela, para mim, foi uma das jogadoras mais “equilibradas” no jogo. Sensata em quase 90%, pisando na bola com Telminha, a quem admiro e gosto. Mas como disse Leifert, no BBB não existe perfeição humana. Mas não tome esta frase para absolver ou relativizar as cretinices da Macholândia, a arrogância de Prior e as grosserias de Flay. Ser imperfeito não significa que você tenha que ser canalha, cafajeste, agressivo, mal-educado etc. Porque errar por engano é uma coisa, mas errar de propósito ou de forma manipulada é uma outra coisa. Por conseguinte, Marcela estava começando a se resgatar como jogadora, como Marcela, abandonando a Mar-Cela ou Má Cela, com a saída de Daniel, reconstruindo sua linguagem de militante e interpretando com mais claridade e elegância o jogo da casa. Pena que foi pouco tempo para poder reconquistar seu público, perdido em coisas tão irrelevantes como o fato dela namorar Daniel ou não ter uma empatia com o Babu. Porque, na verdade, há dois Babus. O Babu da favela e o Babu do Teatro. Uma dupla personalidade: uma que critica o machismo social, o racismo, mas outra que pratica a homofobia com falas pejorativas (viadinho) contra Pyong e Daniel. Talvez esteja Babu ainda na fase de transição do homem bárbaro para o homem civilizado.
Por fim, Marcela não fez feio no jogo, a meu ver; e a desproporção com que trataram Marcela no jogo, pelos espectadores, foi gritante, irracional. Eu poderia ter tido ranço de Marcela por causa de suas palavras estúpidas contra a Presidente (em 2013) no Tweet, quando Esta estava hospitalizada, em tom de ameaça como: “ah se ela estivesse no meu plantão?” No entanto, o seu arrependimento, o seu pedido de desculpas e a sua desconstrução de uma mulher politicamente tóxica, forjado pelo ódio político, e a sua reinvenção de uma mulher progressista e respeitosa, me fez reconsiderar o fato e lhe dar uma chance humanista no jogo, pois jamais uma médica deve desejar ou forjar a morte de alguém. Reconsiderar em que sentido? De que podemos nos desconstruir como sujeitos maldosos e nos reconstruir como seres civilizados e tolerantes até com quem não gostamos. Para mim, já que estamos na semana santa, Marcela ressurgiu das cinzas depois de 2013, no calor da antipolítica, da realidade cinzenta, ou seja, ela ressuscitou para uma nova vida, uma vida de amor ao próximo, de respeito humano, em que todos somos filhos de único pai, Deus, logo irmanados pela Bíblia (desculpem-me os ateus). A cultura do ódio, do ranço, da intolerância, aqui fora, e na participação do BBB, não nos eleva como seres humanos. Pelo contrário, nos rebaixa moralmente. Espero que o BBB não seja apenas um programa de entretenimento, mas um programa que passe mensagens, ideias “revolucionantes”, novos valores éticos, porque não estamos mais no século 19 ou 20. Estamos no século 21, do desenvolvimento científico e tecnológico, da luta de respeito ao meio ambiente e com novas formas de abordagens da realidade. Dito isso, desejo a todos uma Feliz Páscoa, um Novo Renascimento Humano pela Ressurreição do nosso modo de SER.
Luís Lima - Luiz_113@hotmail.com
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Comentários17
Espero que o babu nao ganhe a prova do lider. Seia ótimo que a Flay ganhasse e colocasse a Rafa e a furo olho da thelma fosse pela casa. Seria a gloria!!!😃😃😃😃😃😃😃
ResponderExcluirVc leu o texto?
ExcluirSan Remo 👍
ExcluirÉ verdade eu estou com San Remo porque comentar aquilo que não tem nada haver com o texto inserido não é correto, já foi até falado isso uma vez também o Luis(dono desse site), e além disso eu vou concordar com Luis Lima porque achei meio desconfortável de ler o comentário do Alessandro dizer que descorda muito a sua narrativa, eu estou a mais de um ano aqui na família Votalhada, eu nunca eu fiz uma discordância com os colunistas do site, eu sempre dou os parabéns em todos os textos e narrativas para justamente o espaços tendo sempre conteúdos para ter comentários inteligentes sempre.
ExcluirEu li atentamente a sua narrativa com muita atenção e eu entendi tudo e achei o excelente conteúdo seu e aproveitou bem o espaço para falar de assuntos importantes, eu vou torcer para mulher seja quem for para ganhar o BBB 20 e pode ficar tranquilo que aceitei numa boa a sua opinião e por isso o selo da Marcela que está no meu post não devo retirar.
Para mim não tem problema a critica, desde q não seja destrutiva e ofensiva. Adoro debater porque isso me aperfeiçoa intelectualmente.
ExcluirLuís, me permita discordar e muito de sua narrativa. Seu texto é poesia. Como ouvi certa vez de um amigo que definiu a filosofia como poesia política. Não deixa de lançar um olhar profundo sobre ser. Mas, objetivamente, o que vi de Marcela foi uma mulher que queria se exibir através da beleza, do comportamento “libertário”, “cult” ou “cool” ou vanguarda. Mulher forte, inteligente e independente. Fazer o esperado papel de quem se declara feminista. Mas enlouqueceu quando se deparou com o Lucas Gallina. Viu a oportunidade de formar par romântico meio jogo meio verdade, já que provavelmente ela nunca atrairia o interesse dele fora da casa. Recebeu rejeição dele o que a deixou frustrada, com um pouco do ego ferido. Além disso, embarcou numa psicose de recalque e inveja, se achando menos que as vip. Daí, foi jogada na chepa juntamente com as outras mulheres do grupo pipoca porque os homens do mesmo grupo foram acolhidos pelas mulheres do vip, uma vez que eram bons nas provas e as levariam para o lado vip da casa. E assim foi por algumas semanas. Porém, mesmo eles tendo sido aceitos pelas mulheres do vip, ainda persistiam no plano para eliminá-las. O Chumbo e o Petrix foram logo aceitos pelos homens inscritos. O Pyong e o Babu, não. O Pyong foi rejeitado pelos homens dos dois grupos. O Babu era cordial com ele. Foi aí que Marcela e Gizelly recorreram aos homens de seu grupo por ajuda. Sentiam-se perdidas e como disse a Gizelly, já tinham jogado a toalha. A verdade foi que elas queriam formar um grupo para eliminar os vip, e uma das estratégias era eles não votarem neles mesmos nunca. Quando o Hadson veio com o blefe de “queimar as mulheres” vip que tinham relacionamento fora, Marcela neste momento viu a oportunidade de se aproximar das mulheres do lado vip levando essa informação para elas. Jogou. Acertou, mas por pouco tempo. Traiu os homens de seu grupo. Conseguiu levar seu jogo adiante levantando a bandeira do feminismo, se aproveitando dessa situação. e definiu os homens como escrotos.
ResponderExcluirNa fase dois, ela cedeu aos apelos do Daniel porque este foi escolhido pelo público para entrar na casa, então o público deveria gostar dele, pensou ela. Ele trouxe a informação de fora de que ela estava certa e tinha ganhado muitos seguidores nas redes sociais virtuais. Pronto, Marcela virou a gigante temida da casa! Ainda mais que ela e todos viram seus planos dando certo toda semana. A produção gostou. A edição gostou, chamando-a de sereia. Mas tudo veio abaixo por ter ficado estagnada na prepotência do já ganhou. Do estou certa e as coisas são as mesmas do início ao fim. Enquanto isso, outros participantes foram se destacando e virando o jogo. Marcela e Daniel pensaram que com o aval inicial do público poderiam fazer o que quisessem para eles e para os outros. Erraram! “Game over!” Alessandro.
1. Primeiramente, obrigado por ter lido o texto. Mas vamos aos pontos que talvez possam esclarecer meu ponto de vista sobre a Marcela. Também discordo da sua interpretação em quase tudo.
ExcluirA filosofia é definida como conhecimento em busca da verdade, mas também pode ser poética. E a ontologia, um ramo da filosofia, estuda o Ser. Nunca vi Marcela se exibir como vc coloca. Vi Marcela como ela realmente é aqui fora. Num programa de BBB, exibir é um dever fundamental para se tornar visível ao público. Mas vc confunde exibir com exibicionismo. E me desculpe uma coisa que Marcela jamais foi nesse programa, foi ser exibida como Flay q bebia água da piscina. O lado feminista dela brotou quando ela percebeu aquela trama sórdida machista dos machos de quererem queimar a reputação das mulheres, sobretudo, de Bia e Mari, para seus namorados/maridos e público; e isso vc releva no seu comentário, oculta uma crítica, minimiza uma coisa que é, a meu ver, criminosa, digna de processo. O fato de Marcela ter na primeira semana ou dias se interessar por Lucas (que não vi) é algo normal. Ainda eles estavam se conhecendo. E vc coloca Lucas como se fosse o deus da beleza, o homem perfeito. Ele sim se achava um ban ban ban da beleza e disse que jamais se interessaria por mulher nenhuma ali na casa. Isso sim é que é ser soberbo, hedonista. Não vi essa frustração de Marcela por causa da tal rejeição do Lucas. Aliás, nunca vi Marcela ter interesse nele da forma como vc diz. Pode ter achado bonito à primeira vista. Aí vc fala de Marcela como se Lucas, não ter se interessado por ela, fosse para ela o fim do mundo. Não é bem assim, até porque ela no começo se definiu bissexual. Essa sua foram de dizer que ela ficou de recalque porque era menos VIP, é uma interpretação errada sua. Ela disse que seria difícil competir no jogo com VIPs que tinham milhões de seguidores votantes e por isso tentou criar um grupo pipoca dos não VIPs. Daí procurar Hadson para saber como se portar no jogo, até porque uma médica não teve tempo de assistir BBBs anteriores, porque a Medicina é um curso muito puxado. Mas a partir do momento que ela viu a proposta indecorosa do Hadson, caiu fora e disse na cara dele que não participaria daquela sujeira. Logo, vc cria uma narrativa própria que está distante da realidade do jogo. O fato delas quererem se proteger não significa jogar sujo como Hadson e Petrix queriam. E aí veio a revolta de Marcela e das mulheres contra esse tipo de comportamento machista da sedução barata para queimar Bia e Mari. Marcela não se aproximou das mulheres VIP por jogada, mas por consciência feminina. E vc distorce mais uma vez o comportamento de Marcela, editando sua narrativa imaginativa, fazendo uma hipostasia do jogo. Marcela traiu os homens do seu grupo? Que absurdo! Vc acha que os homens não fizeram nada demais com aquela tática diabólica, maquiavélica, de queimar as mulheres? Aliás, neste comentário, não vi uma crítica sua à macholândia, ao contrário, tenta vitimá-los como sendo traídos pelas mulheres.
2. Não, Alessandro, essa sua análise tem viés machista mesmo e diria misógina, me desculpe. E como vc qualificaria homens que queriam desonrar duas mulheres? De machos nobres? Me poupe. São machos escrotos mesmo. O fato de Daniel ter trazido a informação da casa, pode ter sico precipitada. Poderia dar um tempo. Mas isso aliviou a culpa de Marcela e das Meninas que estavam sendo vistas como mentirosas ou equivocadas. Marcela virou gigante foi aqui fora por ter enfrentado esse machismo barato, covarde, desses homens que vc tenta ponderar. O erro de Marcela foi se acantonar com Daniel, ou seja, ficar de canto com ele, e esquecer como estava o jogo se movimentando. Até porque o jogo indicava a saída de todos os conspiradores das mulheres. Essa era a reposta dos paredões para elas. E a bandeira do feminismo só nasceu dentro da casa por causa da macholândia com sua trama sórdida de difamação das mulheres, de querer eliminar uma por uma. Marcela nunca mostrou a prepotência "do já ganhou". Isso foi coisa de Flay em relação à Marcela. Logo, isso fica por sua conta da percepção do jogo. Eu deixei bem claro a relação de Marcela com Babu e com Prior no neste texto. Marcela jamais abandonaria aquilo que ela acredita para agradar um público conservador, reacionário e machista. Aliás, ela saiu plena. Me desculpe a forma de exposição, mas é porque eu não podia me eximir de lhe contrapor com outra narrativa que a meu ver, é mais verossímil.
ExcluirLuís, a filosofia de forma geral é a busca da verdade através da validação do conhecimento produzido pelo homem. Só pode ser pelo homem. A ontologia ou o estudo de ser, e isso inclui também o ser, por conta do antropocentrismo moderno, não foge ao estudo do conhecimento na busca pela verdade. São temporalidades diversas. A visão heideggeriana ou de Sartre ou Mearleau Ponty e a validade do conhecimento verdadeiro na antiguidade grega não se antagonizam em raiz, até porque os sucessores também se baseiam nos antecessores para construírem suas filosofias. Acredito que meu amigo definiu a filosofia como poesia política numa tentativa de síntese do comportamento e relacionamento do homem moderno. Mas talvez como algo que se coloca um tanto quanto distante da realidade humana. Esse é um dos motivos do nascimento de ciências modernas, com as quais não concordo muito. Mas também esse distanciamento do homem em relação às coisas acredito já ter sido superada. Podemos ver as coisas através de seu valor de verdade como um todo, mas também não achar que o que passar por nossa percepção irá macular a verdade. A verdade é universal e individual ao mesmo tempo. Em um prisma mais contemporâneo a verdade é até mais individual, num afastamento com pensamentos universais dominantes. Na ontologia clássica nem subjecto, nem objecto se impõe um ao outro. Ou ser ou o ser. Ademais, a poesia não deixa de ser expressão de conhecimento ou busca pela verdade. A depender, pode ser considerada a própria verdade. O belo. A arte. Ou não também. Mas você termina sendo contraditório a partir do momento em que dá sua própria opinião sobre a Marcela e afirma em tom irônico que a verdade é refem de nossas percepções. Alessandro.
ExcluirNão destoei da sua definição de filosofia como poética tbm. Apenas Acrescentei a definição clássica . Óbvio que há verdades universais irrefutáveis e os filósofos de todos os tempos buscaram aprimorar a epistemologia filosófica, a saber, a relação entre sujeito e objeto no processo de conhecimento, conhecimento e ser. Marx tem uma epistemologia bastante interessante, a saber, o ser, a sua materialidade, seu desenvolvimento e contradição se revela para nós de forma sui generis, e apreender suas particularidades é que é o segredo do conhecer, ou seja, Marx dá primazia ao ser sobre o conhecer. Deixa o ser se mostrar primeiramente. Não que o sujeito seja passivo ao objeto, mas a ontologia marxiana privilegia o ser em relação ao conhecer abstrato. Não fui contraditório, ao contrário, quando fiz opinião não fiz a Verdade, porque opinião não é a Verdade absoluta. Qdo falei q minha narrativa é mais verossímil, é porque este termo supõe uma verdade possível, aceitável. Mas vc não se contrapôs agora à minha narrativa sobre a Marcela. O que vc apresentou agora foi uma discussão epistemológica, sobre a forma de conhecer de revelar o objeto. Há vários tipos de ontologia, da clássica à moderna. Prefiro a ontologia de Lukacs em que o Ser tem primazia sobre o Conhecer. Valeu a discussão.
ExcluirEm outras palavras, o processo de conhecimento humano sobre algo ou alguém esbarra nos limites do nosso conhecimento acumulado. E o objeto, o ser ou alguém, nunca se revela 100% para nós. Apenas apreendemos mostras da sua aparência, porque a essência se protege da invasão do outro. Aí não vou entrar numa discussão mais fenomenológica de Husserl, até porque destoa do propósito do Votalhada e limitações das pessoas de entender a linguagem filosófica.
ExcluirO seu texto até que foi bem elaborado, Luis Lima.
ResponderExcluirEu já comentei todo o respeito de toda a trajetória da Marcela onde já falei mais cedo na coluna da Hanne e agora há pouco lá no Trevisan.
Eu li atentamente o comentário do Alessandro e achei perfeito falando os detalhes mais precisos da trajetória do jogo dela que com certeza eu concordo.
O que deu para entender que o romance como se diz: contaminou a evolução de jogo da médica e resultou a eliminação.
Para finalizar, eu concordo aí, Luis dizer que a Marcela não jogou tão mal assim, ficou no top 10, ficando em 9°lugar que até um bom resultado dela na participação por causa disso eu não vou retirar o meu selo que está no meu post, vai ficar até o início do próximo BBB.
Pra você também, Luis tenha uma Feliz Páscoa.
Talvez vc vá me entender ao responder ponto por ponto Alessandro. Esse texto que fiz, há assertivas profundas que se vc ler com mais atenção, vai ter desdobramentos reflexivos ricos.
Excluir👏👏👏👏👏
ExcluirTexto verdade, texto poesia. Uma pena que os telespectadores do BBB não enxerguem nada disso. Na sua grande maioria são rasteiros, comezinhos... Desculpem a crueza, mas é isso. Enfatizo que a Marcela perdeu o protagonismo mas é um absurdo ela sair antes de pessoas como a Flay. Venceram os comezinhos...
ResponderExcluir😘 A verdade é refém de nossas percepções , narrativas.
ExcluirO primeiro parágrafo deste texto, pessoal, é um preambulo de como os participantes do BBB se nos apresentam e como nós os representamos e os ressignificamos linguisticamente nos comentários, para nós mesmos e para os outros, escolhendo o preferido e fazendo propaganda dele, como também escolhemos o nosso desafeto, mas fazendo a contra-propaganda dele. Aí tento mostrar a nossa fragilidade perceptiva e representativa do jogo, melhor, nossas inclinações sentimentais, porque todos nós somos imbuídos de ideias, valores, sentimentos, emoções que podem se identificar e se relacionar ou não com cada um deles, conceituando-os ou reconceituando-os de acordo com esse arcabouço intelectual próprio que temos na caixola. Assim sendo, somos o Espelho que os reflete de forma pessoal, de acordo com nossas paixões e desejos ocultos. De tal forma que projetamos neles nossas expectativas e os reprojetamos para a plateia. Filosofando!
ResponderExcluirATENÇÃO:
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