Não vou fazer um histórico completo das duas, porque acho dispensável. Uma designer de moda, 21 anos. A outra publicitária e empresária, 33 anos. Uma diferença de idade de 12 anos, logo uma mais amadurecida emocionalmente que a outra. Se bem que maturidade emocional não depende de idade, mas de experiência de vida.
A trajetória de Hari começa no encontro dela com Paula no primeiro dia de confinamento. Uma empatia jamais vista num programa de BBB ao primeiro encontro, ou melhor dizendo, uma empatia parecida com a da Gleici e Ana Clara. Só que com uma diferença, a saber, Gleici e Ana nunca se bicaram feio, pelo que me lembre. Hari, durante quase todo o programa, pareceu uma menina-mulher equilibrada, de voz atenuada e doce, mesmo com seu sotaque sertanejo. Nunca a vi falando mal de alguém ou até mesmo sorrindo quando algum adversário saia pela porta da morte no jogo. Ao contrário, vi Hari chorar quando Teresa, Dan, Elana e Rodrigo saíram. Vi a solidariedade de Hari a dor do outro, num sentimento de compaixão, muito diferente da sua amiga Paula. Enquanto Hari é a seriedade em pessoa, Paula é o puro deboche em pessoa. E nisso as amigas se diferenciavam. E, talvez, por isso se completavam.
Essa dobradinha Hari e Paula funcionou até o fim do último paredão. As duas conseguiram se livrar da eliminação de todos os paredões em que foram. Conquistaram um público X que teve empatia com o caráter das duas, formando torcidas fiéis, inclusive às suas ideias e posturas. Foram poucas as discussões entre as duas de forma tão agressivas, a não ser a da cozinha sobre como cozinhar arroz e a última que eliminou Hari do BBB. O que via é que Hari foi a coadjuvante de Paula, e esta, claro, a atriz principal dessa dobradinha no jogo. As duas foram corajosas e arriscaram o jogo só na dupla até acolherem Carol. Numa parte do jogo, ficaram cabreiras quando o grupo Gaiola conseguia liderança e eliminava quem indicava, sobretudo, quase todo o grupo Villamix de Carol. Foi um jogo arriscado, mas agradeçam elas ao Rodrigo que não queira pôr as duas juntas no paredão, por uma questão de valores próprios. Neste ponto o Gaiola pecou no jogo por romantismo, a meu ver.
Hari, na última festa, já como finalista, se suicidou no jogo. A festa que começou bem, com uma certa alegria e melancolia de quem estava no paredão, terminou em “tragédia”. A bebida, a falta de controle emocional, o jeito debochado e sarcástico de Paula, dentre outras coisas, levaram a um desfecho de agressão física de Hari com Paula. E as grandes tragédias começam com as coisas mais bobas, assim como o fim de uma amizade, muitas vezes, termina por coisas tolas. Hari empurrou Paula, quando esta foi abraçá-la para dizer “eu te amo”. Aí a produção do BBB não perdoa. É regra. E tinha que fazer mesmo, porque a impunidade gera atos violentos, sobretudo, em relação a futuros BBBs que possam fazer isso. Sabemos que foi o impulso do Id, ou seja, do ímpeto emocional. É quando o SuperEgo perde o controle sobre o Ego e este age por instinto de morte.
Foi o enterro de Hari no jogo, com a sorte de receber, pelo menos R$ 150 mil, ser o segundo lugar. Aí vem a Culpa massacrar a consciência, desencadeando o choro da alma, a angústia do coração. Deve ser horrível sair por uma porta pela qual não entrou, por um corredor esquisito que fica atrás dos espelhos, sem se despedir de ninguém. Uma humilhação humana, uma solidão indescritível. Que Hari faça deste drama uma lição de vida. Do limão, uma limonada.
Agora Carol peixinho foi algo extraordinário. Assumiu ser jogadora e fundou um grupo antagônico ao Gaiola junto com Diego e cia., mas a maioria foi eliminada, sobrando somente ela para sobreviver no jogo de forma solitária. Acolhida a posteriori por Hari e Paula, formando um trio “maravilha” das loiras.
A trajetória de Carol Peixinho foi de muita determinação nas provas de resistência, de ganhar uma liderança e conseguindo eliminar Hana, venceu a prova do anjo, voltou de um paredão que eliminou Rodrigo; no começo queria ir para a final com Isabella e Diego e agora na final, com Paula e Hari. Foi seis vezes ao paredão e no último não voltou.
Falar de Peixinho, que ao nadar e nadar morreu na praia, porque peixe se sai de dentro do mar, morre na praia, é uma responsabilidade ética tamanha. Primeiro, porque é uma mulher extraordinária que sempre respeitou o adversário, se mostrou como jogadora e disse o que quis na cara do adversário quando teve a chance. Tinha um problema de antagonismo com Danrley até o fim de sua saída. E o ponto em que esse atrito se deu, foi no jogo da discórdia o qual Danrley estava no paredão. Mas nada que comprometesse o seu caráter. Também tinha no começo uma treta velada com Alan em que um votava no outro, vetava o outro. Mas no final parecia que iria rolar um new love story que não vingou por medo de Alan queimar sua imagem perante o público ou respeito à Hana.
Carol Peixinho se aproximou das meninas Paula e Hari e formaram um trio, que mesmo tendo sentimentos afetivos fortes por Alan, para ela, ele seria opção de voto para salvar as novas amigas. Pena para ela, que o jogo BBB é um jogo que não é fruto do desejo, mas da sorte, sobretudo, em provas de liderança. E na última, em que estavam as três, convictas de uma vencer, pois eram as três contra um, o azar bateu na porta delas, causando o chororô e quebrando a união do trio. Era cada um por si e a torcida por cada uma.
Carol se foi, vencida pela preferida do público. Infelizmente a Bahia teve pouco poder de voto para deixar sua conterrânea e parece que a torcida Gaiola se dispersou, abandonou o BBB.
Hari e Carol foram personagens fundamentais neste BBB, sendo a primeira a fazer o primeiro barraco deste BBB, com a punição da expulsão. Poderia ter sido apenas um bate-boca, uma agressão verbal, mas o álcool foi mais forte do que o verbo e acionou a violência física, porque um empurrão é violência física. Poderia Paula ter sofrido uma lesão no corpo. Carol, é aquela balança equilibrada que mede os pesos corretamente, sem fraudar os quilos de sentimentos que podem desequilibrar a balança. Boa Sorte para as duas. Feliz Pós-BBB!
A trajetória de Hari começa no encontro dela com Paula no primeiro dia de confinamento. Uma empatia jamais vista num programa de BBB ao primeiro encontro, ou melhor dizendo, uma empatia parecida com a da Gleici e Ana Clara. Só que com uma diferença, a saber, Gleici e Ana nunca se bicaram feio, pelo que me lembre. Hari, durante quase todo o programa, pareceu uma menina-mulher equilibrada, de voz atenuada e doce, mesmo com seu sotaque sertanejo. Nunca a vi falando mal de alguém ou até mesmo sorrindo quando algum adversário saia pela porta da morte no jogo. Ao contrário, vi Hari chorar quando Teresa, Dan, Elana e Rodrigo saíram. Vi a solidariedade de Hari a dor do outro, num sentimento de compaixão, muito diferente da sua amiga Paula. Enquanto Hari é a seriedade em pessoa, Paula é o puro deboche em pessoa. E nisso as amigas se diferenciavam. E, talvez, por isso se completavam.
Essa dobradinha Hari e Paula funcionou até o fim do último paredão. As duas conseguiram se livrar da eliminação de todos os paredões em que foram. Conquistaram um público X que teve empatia com o caráter das duas, formando torcidas fiéis, inclusive às suas ideias e posturas. Foram poucas as discussões entre as duas de forma tão agressivas, a não ser a da cozinha sobre como cozinhar arroz e a última que eliminou Hari do BBB. O que via é que Hari foi a coadjuvante de Paula, e esta, claro, a atriz principal dessa dobradinha no jogo. As duas foram corajosas e arriscaram o jogo só na dupla até acolherem Carol. Numa parte do jogo, ficaram cabreiras quando o grupo Gaiola conseguia liderança e eliminava quem indicava, sobretudo, quase todo o grupo Villamix de Carol. Foi um jogo arriscado, mas agradeçam elas ao Rodrigo que não queira pôr as duas juntas no paredão, por uma questão de valores próprios. Neste ponto o Gaiola pecou no jogo por romantismo, a meu ver.
Hari, na última festa, já como finalista, se suicidou no jogo. A festa que começou bem, com uma certa alegria e melancolia de quem estava no paredão, terminou em “tragédia”. A bebida, a falta de controle emocional, o jeito debochado e sarcástico de Paula, dentre outras coisas, levaram a um desfecho de agressão física de Hari com Paula. E as grandes tragédias começam com as coisas mais bobas, assim como o fim de uma amizade, muitas vezes, termina por coisas tolas. Hari empurrou Paula, quando esta foi abraçá-la para dizer “eu te amo”. Aí a produção do BBB não perdoa. É regra. E tinha que fazer mesmo, porque a impunidade gera atos violentos, sobretudo, em relação a futuros BBBs que possam fazer isso. Sabemos que foi o impulso do Id, ou seja, do ímpeto emocional. É quando o SuperEgo perde o controle sobre o Ego e este age por instinto de morte.
Foi o enterro de Hari no jogo, com a sorte de receber, pelo menos R$ 150 mil, ser o segundo lugar. Aí vem a Culpa massacrar a consciência, desencadeando o choro da alma, a angústia do coração. Deve ser horrível sair por uma porta pela qual não entrou, por um corredor esquisito que fica atrás dos espelhos, sem se despedir de ninguém. Uma humilhação humana, uma solidão indescritível. Que Hari faça deste drama uma lição de vida. Do limão, uma limonada.
Agora Carol peixinho foi algo extraordinário. Assumiu ser jogadora e fundou um grupo antagônico ao Gaiola junto com Diego e cia., mas a maioria foi eliminada, sobrando somente ela para sobreviver no jogo de forma solitária. Acolhida a posteriori por Hari e Paula, formando um trio “maravilha” das loiras.
A trajetória de Carol Peixinho foi de muita determinação nas provas de resistência, de ganhar uma liderança e conseguindo eliminar Hana, venceu a prova do anjo, voltou de um paredão que eliminou Rodrigo; no começo queria ir para a final com Isabella e Diego e agora na final, com Paula e Hari. Foi seis vezes ao paredão e no último não voltou.
Falar de Peixinho, que ao nadar e nadar morreu na praia, porque peixe se sai de dentro do mar, morre na praia, é uma responsabilidade ética tamanha. Primeiro, porque é uma mulher extraordinária que sempre respeitou o adversário, se mostrou como jogadora e disse o que quis na cara do adversário quando teve a chance. Tinha um problema de antagonismo com Danrley até o fim de sua saída. E o ponto em que esse atrito se deu, foi no jogo da discórdia o qual Danrley estava no paredão. Mas nada que comprometesse o seu caráter. Também tinha no começo uma treta velada com Alan em que um votava no outro, vetava o outro. Mas no final parecia que iria rolar um new love story que não vingou por medo de Alan queimar sua imagem perante o público ou respeito à Hana.
Carol Peixinho se aproximou das meninas Paula e Hari e formaram um trio, que mesmo tendo sentimentos afetivos fortes por Alan, para ela, ele seria opção de voto para salvar as novas amigas. Pena para ela, que o jogo BBB é um jogo que não é fruto do desejo, mas da sorte, sobretudo, em provas de liderança. E na última, em que estavam as três, convictas de uma vencer, pois eram as três contra um, o azar bateu na porta delas, causando o chororô e quebrando a união do trio. Era cada um por si e a torcida por cada uma.
Carol se foi, vencida pela preferida do público. Infelizmente a Bahia teve pouco poder de voto para deixar sua conterrânea e parece que a torcida Gaiola se dispersou, abandonou o BBB.
Hari e Carol foram personagens fundamentais neste BBB, sendo a primeira a fazer o primeiro barraco deste BBB, com a punição da expulsão. Poderia ter sido apenas um bate-boca, uma agressão verbal, mas o álcool foi mais forte do que o verbo e acionou a violência física, porque um empurrão é violência física. Poderia Paula ter sofrido uma lesão no corpo. Carol, é aquela balança equilibrada que mede os pesos corretamente, sem fraudar os quilos de sentimentos que podem desequilibrar a balança. Boa Sorte para as duas. Feliz Pós-BBB!
Comentários8
Texto excelente e preciso. Assino embaixo. Parabens!!!
ResponderExcluirValeu Foco, amanhã farei dos finalistas, prometendo analisar friamente para não ser tão parcial.
ExcluirAdorei o texto e perfeito desse quadro do Votalhada, eu fiquei muito triste com a expulsão da Hariany Natália por causa daquele empurrão que deu na Paula, se não fosse isso, a Hariany seria a vice - campeã com certeza. Enquanto a Carol Peixinho ela tinha segurança para as indicações, mas ela ficou em terceiro, se tivesse a Hariany presente, a Carol tiraria em quarto lugar, morreria na praia qualquer de Salvador. Mas de qualquer jeito boa sorte e muito sucesso para Hariany e Carol. A Paula também e foi merecida a consagração de vencedora do BBB 19
ResponderExcluirLuiz Lima, algumas vezes não concordamos em algumas coisas mas é inegável a qualidade de teus textos e a capacidade que tens de ser imparcial mesmo não sendo.
ResponderExcluirIsso é ser um comentarista de verdade.
Quanto a esse texto de hoje, concordo em tudo.
Quando acusam a Globo de oferecer bebida e com isso municiar os participantes para que tenha briga, não concordo. Aqui fora, nos bares e boates da vida, alem da bebida, rola solta uma droguinha também. Lá é um reality e é assim que a vida se apresenta para as pessoas.
Espero encontrá-lo aqui ainda por muito tempo.
Esperando o Votalhada falar do Masterchef e do Topchef que estão no ar. Contando os dias para Powercouple.
Ah, vou sentir falta do FOCO e Trevisan também.
Obrigada Votalhada!
Descansa esse fim de semana e volta na segunda.
Bjs
Obgdo Ester. Bjs
ExcluirObrigado e Ester pelo comentário. Sou mais parcial em discussões em comentários do que nos meus posts. Mas a neutralidade não existe na fala de quem quer que seja. Nem a Ciência é 100% neutra. Bjus.
ExcluirLuís..quero agradecer o carinho do Votalhada. Estou feliz com a Vitória da Paula e mereceu a Vitória achei que ela foi autêntica. Respeito a opinião de todos e vamos em frente!Amei seu texto..Abraço Até o proximo BBB 20.
ResponderExcluirValeu Lena, um abraço.
ExcluirATENÇÃO:
O Votalhada é um blog para AMIGOS. Pode criticar, pode não concordar mas educação é fundamental. Não perca seu tempo.
#SemPolítica #SemOfensas #SemMAIÚSCULAS #SemBabacas
Pessoal, qualquer comentário com conotação política, que cite nome de qualquer candidato ou termos que lembrem candidatos, governo atual ou passados, NÃO SERÃO MAIS LIBERADOS. E Militância de qualquer espécie também.
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