Texto recebido em 12/04/2018

Quando eu tinha 10 anos (há precisamente 59 anos atrás) ganhei de meu pai o Livro Poliana, da autora  Eleanor H Porter  (Clássico  da Literatura, publicado em 1913) mais um da coleção de livros que meu pai nos presenteava sempre. Ele nos incentivava à leitura. Fiquei encantada com a menina órfã de pai e mãe que foi morar com a Tia rica, solteirona, mulher intransigente, rigorosa, insensível. Ela era uma menina encantadora, sempre alegre e otimista, apaixonada pela vida e conquistava todos ao seu redor. Ela  fazia e ensinava a quem quisesse o Jogo do Contente, jogo esse que não existia perdedores, todos ganhavam e se transformavam.

E durante minha vida constatei que aquela personagem de um Livro lido na infância existia sim. Tive o prazer de conhecer conviver com pessoas como Poliana.

E agora, num BBB, existe um Kaisar. Depois de todo sofrimento na guerra e na sua trajetória de fuga para o Brasil, faz de sua vida  um “Jogo do Contente”.

Aquele que nos deu lições de vida, que faz do seu dia a dia uma condição de ser feliz, onde faz de tudo para que a tristeza não tome conta de seu coração.

Não tem inveja, não é falso, sempre a dar incentivo aos que precisaram, sem olhar a quem, apoiar quem ele tinha como amigos, a aconselhar. Não foi maldoso. Não traiu seus princípios. Não depreciou  ninguém ali em função do jogo, como outros fizeram. 

Exagerado? Mas quem pode julgar isso negativamente? Quem passou pelos horrores de uma guerra para dizer que ele exagera em sua alegria em sua felicidade, em suas conquistas no jogo?  Só quem vivenciou estar num País em guerra, numa cidade destruída, uma família desfeita pode saber o quão é estar feliz por ter conseguido escapar.

Se divertiu em todas as festas, incansável, sem precisar beber, sua alegria, sua euforia, sua diversão foram genuínas. 

Tanto foi dito que não se esforçava nas provas, e veio a que ele mostrou sua garra, sua perseverança, sua força, sua fé, ao vencer após quase 30 horas numa prova.

Seu grito, ao vencer, foi nada mais que sua demonstração de amor à mãe. Veio do fundo do coração, das  suas entranhas a explosão de saber vencedor, de poder dedicar à sua mãe seu prêmio, sua liderança. 

Totalmente Feliz? Não. Porque para essa felicidade estar completa quer seus pais e irmã junto a ele.

Misterioso? Fake? Porque não quer contar sobre sua vida? Imaginem se contasse tudo e com detalhes, iriam dizer: “Está se vitimizando, está querendo agregar fãs. Optou por não contar, evitou responder, porque para ele deve ser doloroso rememorar.

Preferiu mostrar seu lado Poliana de ser.

Senti raiva dele? Senti quando ficou com Patrícia, mas passou, pois como poderia eu querer que ele sentisse o mesmo que eu e a maioria do público sentia em relação aquele relacionamento. A Patrícia que vimos, ele e outros na casa não viam. Já teve participante que mesmo sendo avisado, "É Cilada", não enxergou. É exigirmos demais.

Foi crucificado porque votou em Gleice para apoiar quem ele tinha como amiga, como alguém que gostava muito dele. Traiu quem com esse voto? Foi falso em que? Simplesmente preferiu acompanhar o voto da amiga do que colocar no paredão um amigo.

Kaisar me emocionou, me divertiu como em BBBs antigos. O mais recente que me diverti bastante foi o BBB15, com Adrilles e Mariza.

Esse BBB está sendo o mais manipulado de todos BBBs. Escancarado. O Apresentador se tornou o Comandante do Jogo. Saudades de Pedro Bial que parabenizava o Líder quando seu indicado saía e dizia: “fez a coisa Certa” ou dizia, não fez a coisa certa, e não humilhar um Líder como o fez com Kaisar e direcionar a próxima votação de paredão.

Espero e muito que apesar de toda a PREFERÊNCIA da Produção Kaisar consiga sair Vencedor.

Se não conseguir ele é já um Vencedor, com seu Jogo do Contente conquistou um Público enorme, e quem sabe vai conseguir que muitos passem a jogar esse jogo em suas Vidas. Ser alegre e levar alegria às pessoas de seu convívio.

Laurita Bernardes Sousa - @LauritaBernarde

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