Chegou a parte que eu mais gosto de analisar, a edição em si. Pena que este texto sempre é o último, e assim que acabo de escreve-lo, já começo a morrer de saudades. 

Vou falar primeiro do apresentador mais fofo do mundo. #TiagoLeifert

Do ano passado pra cá houve uma mudança significativa na sua forma de conduzir o programa. 

Ele ficou mais seguro, mais descontraído, mais falante e mais abusado também, lol. 

A quarta parede parece que foi finalmente quebrada, e a comunicação entre apresentador e brothers foi diferente de tudo que a gente já tinha visto até então no BBB. 

Dizem que ele interferiu demais e foi responsável por mudanças de comportamento, baseadas em suas dicas.

Bom, eu acho o Titi tão simpático e carismático, que mesmo disposta a me aborrecer com ele, não consigo, ele é querido demais. 

E entre a moderação cansada e mau humorada de Bial e o frescor de Titi, com esse jeitão acessível e divertido, totalmente diferente da fleuma de pompa e circunstância do antecessor, fico com Leifert, sem dúvida nenhuma.  

Seus discursos de eliminação óbvios, em contraste com os enigmas de Bial, reforçam a distância em anos luz que separa o estilo de um, do outro. 

Sem dúvida nenhuma a condução leve de Leifert trouxe um novo olhar da audiência para o programa, e novos fãs. Eu me tornei fanzoca de carteirinha. Já estava farta da má vontade de Bial. 

Um programa que está na grade há 16 anos, tem que evoluir para manter o interesse, e Leifert é parte muito importante dessa evolução necessária.

E com seu carisma gigante, é o brother que vai deixar mais saudades. 


E agora, a melhor parteee, falar do grande espetáculo que foi o BBB18!

Para quem não sabe, o termo Big Brother vem do livro 1984, escrito pelo visionário George Orwell em 1949. 
Trata-se do que pode ocorrer com uma sociedade altamente vigiada por um governo totalitário, quando esta vigilância transforma-se em mecanismo para controlar as pessoas. 
O olho do Estado que tudo via, chamava-se Big Brother. 
Transferindo este conceito para o jogo, Big Brother seria então a audiência que controla o destino dos brothers, apesar de ser frequente e equivocadamente, relacionado com o diretor do programa.

E este BBB foi inegavelmente controlado pela audiência. O Grande Irmão onisciente e onipotente que tudo vê, tudo sabe e tudo controla. 

Não me lembro de outra edição em que as enquetes acertaram quase que os décimos das porcentagens, em todos os paredões com exceção de um: a escolha dos integrantes da Família Lima. Que era claramente uma aposta do diretor desde o início. Mas ele abandonou essa ideia quando a internet começou a pipocar com os questionamentos sobre a legitimidade de um concursante que valia por dois, e então deixou o jogo seguir seu curso natural, sem interferências diretas nos resultados dos paredões.

E esta edição foi, na opinião da grande maioria, a melhor dos últimos tempos. 

Mas este elenco muito eclético poderia ter nos rendido momentos ainda melhores, se o grande articulador Diego tivesse permanecido mais tempo. A audiência analisa e elimina, sem pensar no enredo do jogo. Livro em que o vilão morre nos primeiros capítulos, por acaso estimula a leitura até o final? Pois é. O mesmo acontece no game. Os conflitos são muito necessários, inclusive para definir favoritos, que são escolhidos de acordo com suas reações ao conflito em questão. 
Se não houver disputa, estratégias e alianças, torna-se mera Colônia de Férias. 

Mas nunca antes na história desse game houve tantos vilões numa mesma edição, e que foram caindo um a um numa queda livre e vertiginosa comandada pelos dubem.

E a história real de cada um, para destacar o coitadismo que as torcidas são obcecadas em fazer, virou contos de fadas.

Esta edição foi marcada pela pegação e pelo troca troca. Atitudes que a audiência não espera, uma vez que é sabido e notório que o público não perdoa deslealdade. Mas desta vez, essa deslealdade toda não teve a menor importância.  

Breno beijou Ana Clara, Jacqueline e no final ficou com Paula. Kaysar caiu nas garras de Patrícia, depois de xavecar Ana Paula e antes de mirar em Jéssica, que por sua vez assediou Lucas com tanta determinação, que ele perdeu a noiva e a estadia na casa, e depois partiu para Kaysar. Paula, que deu em cima de Caruso e de Wagner, o qual ficou com Gleici, e finalmente ficou com Breno, que era o crush da amiga. Ufa! E tudo isso resultou em vários endredonings de DJs em festas Feat.

Houve concursantes para todos os gostos: a fadinha que encantou com pó de Pirlimpimpim, o pescador de ilusões que arrebatou corações, a Família que dividiu as opiniões, a atleta fria e focada, o grande pegador dos peixes que caíram na rede, os vilões de cuecas, divididos em general estrategista, ogro sensível, aquele namorado que foi sem nunca ter sido, e um rapper debochado. Além de uma bruxa sem vassoura, uma vilãzinha que caprichou na vilania, um noivo inspirado em Taubaté, uma princesa sem coroa, um sexólogo passional, uma gostosona que não disse a que veio, uma jornalista enfadonha e preocupada com a vida dos outros, e finalmente uma cientista política que defende bandido na política. 
Com um elenco destes, não tinha como dar errado, lol.

Esta edição também teve participações especiais impensadas. Uma noiva que não se inscreveu e teve uma torcida maior do que o noivo que estava lá dentro, e que depois virou ex noivo.
E uma mãe hilária, que fez aqui fora um jogo muito mais divertido do que o que seu filho fez lá dentro.

Mas houve tanta interferência das torcidas, que conseguiram até mesmo concretizar o inacreditável e inédito pedido de migração da torcida de um grande favorito para o outro, na final, deixando o seu próprio com meros 3% de aceitação! E tudo apenas para tirar a vitória de outro grande finalista. Surreal!
Bom, para essa torcida eu digo o seguinte, se algum dia por acaso eu entrar no BBB, por favor, não torçam por mim.  

Esse jogo paralelo entre as torcidas, que este ano foram especialmente cruéis e belicosas, até chegar ao cúmulo das brigas entre elas serem muito maiores do que as tretas entre os brothers foi péssimo e me arrisco a dizer que a tendência é piorar. A cada ano que passa a intolerância, em todos os setores da sociedade, cresce vertiginosamente. 

Teve gente que inclusive, para nossa tristeza, deixou de comentar aqui no blog, e não foram poucos, justamente por causa dessa torcida insana que não sabe debater saudavelmente, que parte para o ataque. 
E outros foram tão cegos e passionais defendendo seu favorito, que deixaram de comentar porque suas opiniões tão parciais eram sempre contestadas. 

Uma pena, porque o BBB dura só tres meses, e apenas se eles se destacarem aqui fora, serão lembrados daqui a algum tempo, mas nós, que amamos o BBB, estamos aqui todos os anos.  

O BBB18 foi simplesmente demais, mas o BBB19 promete ser ainda mais. E aposto que você não vai querer ficar de fora. Pensa nisso.

E para encerrar este período tão intenso de convivência lá dentro e aqui fora, deixo minha gratidão por trocarem suas impressões comigo, e um grande e apertado abraço carinhoso. 

Aos queridos amigos que infelizmente estão afastados, aos que estão presentes, que são tantos que nem me arrisco a listar sob pena de esquecer alguém, e aos maravilhosos comentaristas oficias do blog e soberano Boss, deixo também minha saudade anual, que já é enorme!

E coloco essa imagem que vale mais que mil palavras para ilustrar o tamanho da emoção que dominou nossos corações. 


Na torcida por mais uma edição sensacional! 

Até 2019, pessoal!