Atributos IV


Alguns quesitos como honestidade e carisma pertencem a grupos de quesitos diferentes, mas nada impede que sejam avaliados separadamente de seus grupos ou classes e que as respectivas classes sejam avaliadas também. O mecanismo que determina isso é variável.

Ás vezes é um quesito que pode ser avaliado para todos os elementos de um grupo ou é um quesito apresentado por apenas um ou dois deles. A Emilly desponta em alguns quesitos que somente ela tem, assim como o Marcos, sejam eles negativos ou positivos.

Como você está avaliando uma gama muito grande de quesitos, a pontuação muito negativa em um dos quesitos não pesa muito na avaliação geral. Por outro lado, a avaliação de quesitos em que todos apresentam uma graduação relativa, também não pesa muito para ninguém. Por isso o resultado geral se apresenta justo.


Por exemplo, a avaliação de honestidade pode não apresentar pontuação muito alta para ninguém, e alguém terá a maior pontuação, mas não significa que é alta em relação aos demais quesitos. O individualismo é um dos pontos negativos da Emilly e por isso ela perde para a irmã, mas não significa que perdeu para os demais, que apresentaram outras falhas que a Emilly não apresentou.

Além do mais é preciso qualificar honestidade. É honestidade fazer fofocas, fingir que está tudo bem, falar mal pelas costas, induzir votos e jogar pessoas contra as outras, entre outras coisas? E fazer isso sistematicamente? Responda isso e saberá porque A Emilly despontou em honestidade, apesar de ter sido muito pouco em relação aos outros.

Honestidade e desonestidade são quesitos distintos. Um é positivo e o outro é negativo. Apenas uma atitude desonesta não anula todas as atitudes honestas e você não pode avaliar a ambas em conjunto, pois em caso contrário estará sendo injusto. Suas más ações, mesmo não tendo justificativas para elas, não anulam as boas.

Carisma e inteligência estão no mesmo caso e também pertencem a classes distintas, mas em um RS é primordial avaliar tais quesitos separadamente, mesmo avaliando também as classes respectivas (que englobam outros quesitos) porque são quesitos que determinam diretamente o sucesso e o insucesso num Reality.

Lealdade e deslealdade estão no mesmo caso da honestidade e desonestidade e, mesmo que sejam baixas para todo o grupo, alguém terá que forçosamente despontar, porque as pontuações não são as mesmas para todos. Você pode dar zero a 15 para todos e 16 para alguém que desponta, num máximo de 100, ou o inverso, dar 84 a 100 e este último despontar.

O que seria altamente injusto seria dar zero ou 100 para um apenas e deixar os demais no outro extremo da pontuação.

É claro que isso é difícil ocorrer, mas é possível. E se você fizer isso estaria sendo, no mínimo, injusto e tendencioso, caso em que seria melhor nem avaliar ninguém nesse quesito ou em mais alguns deles ou não considerar tais quesitos.

Se você não avaliar um quesito apresentado por apenas um elemento de um grupo, você estará sendo injusto também e é muito diferente de não avaliar um atributo que ninguém apresenta. O bom senso é primordial nessa hora. Para fazer tal coisa você precisa estar absolutamente consciente de que não estará sendo injusto.

Mais importante do que avaliar atributos é saber comparar os atributos entre os indivíduos. Você não deve e não pode colocar todos no mesmo patamar ou tendenciosamente colocar uns no ápice e outros no fundo do ranking. Também não pode colocar dois ou mais elementos no mesmo ranking de um atributo ou quesito. Isso só pode acontecer na pontuação geral.

Explicarei como isso é feito nos próximos posts com mais detalhes e também como alguém pode ganhar ou perder pontos em avaliações independentes de cada atributo.

No post final mostrarei quadros que comparam o julgamento do público com as avaliações que fiz. Não mostro mais as minhas avaliações em pontos durante o transcorrer do programa por vários motivos e, um deles é para não sugestionar os leitores para bem ou para mal.




"Maria Quarteroli 19 de abril de 2017 19:52
Franker Killer mesmo discordando de seu gosto pela torcida da menina,jamais direi que não o lerei, és um mestre e tem o meu respeito, gosto de pessoas inteligentes , curto muito o que escreves, espero que no proximo nossos gostos batam,não digo que nao o lerei por pensar diferente, adoro tudo que falas,aprendo demais com voce,cada cabeça uma sentença,imagine se a gente nao concorda então não vai ler¹¹ deixar de aprender com esse grande mestre!!, Jamé....Ai do Azul se todos gostassem do amarelo,Beijos no coração divergemos sim,mas a nossa alegria a gente tem..."


Não tenho gostos, preferências ou rejeições pela torcida de ninguém, Maria. Minhas análises não levam em conta minhas preferências pessoais. Eventualmente rejeito quem pisa na bola quando não é razoável ou apresenta excessos de mau caratismo, mas é só isso e, com muito desencanto, tristeza e lamentação. Beijos.

"Ricardo Ferreira Paizan 20 de abril de 2017 18:55
Texto profundo! Necessita-se ir voltando e relendo para ir "digerindo"! De qualquer forma, parabéns!

Agora percebi que foi aberto espaço para o debate, necessita-se de texto para dimensionar os "efeitos colaterais" de participantes do BBB.

Ao clicar em "Meu passado me condena 5 ex-BBBs que se arrependeram do reality" (acesse:http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2017/01/18/meu-passado-me-condena-5-ex-bbbs-que-se-arrependeram-do-reality.htm?foto=1 ), o caso mais grave é de Elenita Gonçalves Rodrigues (na época, professora) e como consta no BOL:

Perdi credibilidade e dinheiro - Na décima temporada, uma participante destoava da maioria dos perfis já apresentados: Elenita Rodrigues, doutora em linguística e professora universitária. Ela caiu no esquecimento e falou: "Perdi credibilidade no círculo acadêmico e fui vetada em quase todas as bancas de que participava e que constituíam duas, três vezes o valor do salário que ganho agora".

Com o máximo respeito, por que esta professora "perdeu a credibilidade" depois que participou do BBB10? Será que me falta "malícia" para entender o porquê disso?"
Não falta malícia, Ricardo. Talvez você não está atentando para o fato do BBB ter muita penetração e alcance. Estas pessoas não foram as únicas prejudicadas, algumas por culpa própria e outras não.
Dezenas de outras pessoas foram prejudicadas em nome de audiências, perseguições descabidas, desmandos, injustiças e outras consequências da maldade humana ou das conveniências inerentes ao interesse.
Em cada edição você pode detectar pelo menos 5 ou 6 pessoas injustamente prejudicadas. Isso eleva-se a um total de cerca de 80 pessoas mais ou menos. É um percentual muito alto, de mais de 30% do total de concursantes, entre os que passaram pelo Reality.
O caso da Elenita, não é o mais grave em minha opinião, apesar de ser muito lamentável e muito triste. Outros não conseguem simplesmente arranjar emprego ou tiveram que mudar-se para outro país, ou disfarçarem-se na sociedade.
A ditadura que os realizadores exercem sobre os concursantes é muito evidente e sádica. Fazem isso em nome da impunidade em que se resguardam e pela falta de pulso das autoridades que deveriam salvaguardar os interesses do cidadão comum e indefeso, mas resguardam os interesses dos poderosos ou quando isso lhes reserva um pouquinho de visibilidade.
É notório que as autoridades somente são ligeiras e eficazes em casos de repercussão, enquanto o cidadão desvalido e pobre é relegado a segundo plano, desassistido e ridicularizado nos recantos escuros e longe das vistas ou dos holofotes.
Costumo receber emails de pessoas reclamando de desmandos, chacotas, descasos e descumprimento das obrigações de órgãos públicos, mas nada posso fazer, porque não sou responsável pelo que outros fazem e por não ter jurisdição ou influência em tais ações ou falta delas. Por outro lado, não trato disso aqui ou em qualquer outro lugar.
O máximo que posso fazer é ouvir (ler) os desabafos, compreender e encaminhá-los (os missivistas) o melhor possível para as sendas e canais corretos.
O que me deixa triste é que pessoas que percebem, talvez, minha honestidade, procuram-me como se eu fosse uma última salvação ou refúgio para chorarem suas desassistências, sinal de que estamos no fundo do poço no que diz respeito à ação social dos que têm essa obrigação e são pagos (com) ou recebem  os nossos impostos e enfiam nos respectivos bolsos.



O Brasil está se tornando uma nação de idosos e um pequeno lembrete se faz necessário:

20 anos é um belo divisor de águas na vida do pobre ser humano. Quantos se lembraram de seus 20 anos e apoiaram a Emilly? Quantos não perceberam que essa idade é de transição e vociferaram?

Nas várias edições do BBB ocorreram injustiças contra vários jovens, encarando pela primeira vez as hostilidades de pessoas mais velhas e, por isso mesmo, mais ladinas, espertas, experientes e sabedores conscientes do que devem fazer para suplantar a juventude e a inexperiência dos mais novos ou pouco maliciosos.

Felizmente nessa edição 17 surgiu um fato novo: jovens que apoiaram seus iguais na imaturidade e na inexperiência. Jovens que, no fundo, estão dando um basta na ditadura dos mais velhos só por serem mais velhos. Não é que ser idoso ou mais vivido seja ruim ou defeito. Muito pelo contrário, mas tal não pode ser tomado como garantia de bons princípios, reputação ilibada e exemplos de virtudes, em especial num RS ou na periferia dele. Isso é outra coisa! 

Virtudes e defeitos independem de idade. Aos mais velhos devemos respeito, proteção, apoio, consideração e reverência, mas não se pode encobrir seus defeitos ou falhas ou julgar que isso é perdoável com a idade, seja ela qual for. Se alguém mais velho demonstra desvios de caráter, com pouco méritos, com deméritos, principalmente num RS, evidentemente sem méritos ela é, e ponto.

Ieda provavelmente achou que seus defeitos e falhas seriam apagados por sua idade. Não foram! No mesmo caso estão Elis, Rômulo, Ilmar, Daniel, Marinalva, Marcos e outros em edições anteriores.

Se alguém mais idoso demonstra limpidez no caráter, com méritos ela está. Porém, ah porém e todavia, não seria isso mais do que sua obrigação? Significaria que aprendeu ao longo da vida o que é necessário e sua obrigação aprender. Seria exatamente mérito? Seria, mas apenas em comparação com seus iguais. Pense nisso!

Se alguém é imputável por erros e defeitos, essa imputabilidade cresce e decresce com a idade na razão direta, isto é, quanto mais idade mais imputável e quanto menos idade, menos imputável. Se você se julga sábio ou julga alguém sábio por ter mais idade, você está errado. Se você se julga ou julga alguém inocente por sua pouca idade e ser inimputável, você está certo, mas saiba que isso não dura.

Em algum momento de sua vida você passará a estar errado no que antes julgava estar certo ou inimputável e isso vale para qualquer idade. Detectar esse momento demanda sabedoria, a sabedoria que só os mais velhos que você (ou raramente os mais novos), não todos, podem ter e, que você eventualmente ainda não teria.

Sabedoria não tem idade nem época. Mentalidade conta mais do que idade. O mesmo ocorre com todos os demais atributos pessoais ou quase todos.