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E essa edição começou, esquentou, esfriou, azedou, enjoou. Entediou, melhorou, animou, terminou.

Ao analisar o elenco inicial, quase todas as tribos presentes, como sempre.

A gostosa - Munik
O gostoso- Renan
A bombadona- Adélia
A descolada - Harumi
O filósofo - Alan
A planta - Tamiel
O zen - Daniel
A "amostrada" - Maria Cláudia
A fina - Juliana
O malandro - Matheus
O esquisito - Laércio
A vovó - Geralda
O polêmico - Ronan
A louca - Ana Paula
O ator - Laham

Lógico que isso é apenas uma brincadeira escolhendo apenas uma palavra para descrever a primeira impressão que tive de cada um deles.

E aí? Vocês se divertiram?

É fato que até a desclassificação de Ana Paula eu me diverti horrores. Tem que ter conflito, disputa, barraco, gritaria e confusão, rsrs. Depois da sua desclassificação houve uma certa monotonia. Nada que me fizesse deixar de assistir, mas já não era tão divertido. Continuaram os conflitos, claro, mas sem tanta graça.

A partir daí a direção muda as regras na tentativa de não deixar a audiência cair, e criar ainda mais conflito. Na reta final o direcionismo é forte.

Teve líder sem imunidade, muito quiz direcionado para beneficiar esse ou aquele, prêmios em dinheiro para líderes e anjos, cinema e almoço do anjo podendo escolher apenas um pra acompanhar.
A crise econômica deu o ar da graça. Quase sem shows ao vivo, nenhum presente para os brothers, com exceção do carro na prova final. Nenhuma prova do anjo externa. Pois é, não sei dizer se menos foi mais neste caso.

Bial como sempre não fazendo questão de esconder suas preferências e antipatias. Antipático isso. Né?

Agora sem dúvida nenhuma o que mais marcou esta edição foi a disputa aqui fora. Este foi o BBB das diferenças, desavenças, implicâncias, ofensas.

Como se a "Rainha Louca" realmente fosse uma nobre governante Maria, e seus fiéis e leais súditos vivessem com os únicos objetivos de livrá-la da guilhotina ou do ostracismo, e de atacar  os revolucionários.

Nunca antes tantas personagens dividiram as torcidas em ame-as ou odeie-as. E nunca as torcidas brigaram tanto. As torcidas do Twitter tentando impor sua vontade e as torcidas do sofá se indignando. Durante boa parte do programa, o sofá teve que engolir o twitter e vice versa, ao contrário da edição que originou as Clanessas, adolescentes obsessivos e ávidos por polêmicas e confrontos, cujas próprias vidas parecem hibernar em tempos de RS. Desta vez a turma do sofá reagiu com tanta força que o diretor resolveu intervir, preocupado com a audiência.

Também foi marcada pela surpresa. Máscaras caindo à torto e à direita. Favoritos e odiados sendo ao mesmo tempo um e outro, tanto por causa do tipo de jogo, personalidade e bom ou mau caráter, como por amizades ou inimizades, o que não deixa de ser curioso, uma vez que o jogo é individual e não em equipe.
E sem dúvida, marcada pelo inusitado. Favoritos foram eliminados nas primeiras semanas, mocinhos viraram vilões, vilões viraram mocinhos, paredão virou prêmio, premiação foi previsível.

Essa edição, definitivamente, foi diferente de todas.
Fiz uma análise com três semanas de jogo em que eu terminava perguntando se teríamos novamente um BBBBD - BBB Bom Demais. Faço agora a análise final e nem eu possuo resposta para esta pergunta. LOL.

Mas de uma coisa eu sei: já estou com saudades! Que venha logo 2017!

Aproveito para me despedir dos amigos que tenho aqui, dos comentaristas que vem complementar de forma brilhante o que foi dito, da torcida contrária, já que há espaço no mundo para pontos de vista diferentes, pois o que seria do mundo se todos pensassem igual? E até mesmo dos estressadinhos que me julgaram e condenaram sem que eu tivesse cometido nenhum crime, apenas por pensar diferente. Pois responder à vocês exercitou minha calma, um exercício da alma. Para estes deixo a paródia de um bordão de uma comentarista muito querida aqui no blog, Luci Amorim.
"VAI SER FELIZ, VAI PESSOA!!

Beijos pra quem é de beijo e Abração pra quem é de abraço!



sergiorodrigobernardo@hotmail.com
@sergiorbernardo


Sempre achei interessante o formato do Big Brother justamente por mostrar as pessoas no dia-dia, presos dentro de uma casa com outros perfis de pessoas que talvez não conviveriam aqui do lado de fora e como se comportariam nisso dentro de um jogo que vale muito dinheiro. Acompanhei todas as edições e de certa forma acostumei que na maioria das vezes as pessoas que eu mais me identificava o público não estendia a mão em sua maioria. Foram poucas as edições que realmente os meus favoritos chegaram na final... O motivo talvez seja pelo fato de eu não gostar de programa de "assistencialismo", que com certeza é algo bom para as pessoas, mas pouco divertimento trás para quem assiste; Prova disso foi que a temporadas do BBB com campeões mais "pobrinhos" foram justamente as edições mais chatas e com pouca repercussão. Acredito que o diferencial do BBB16 foi justamente esse. É errado brigar com alguém e dar de dedo na cara? É ruim ter dinheiro? É ruim fazer jogo para poder sobreviver num jogo como esse? Alguns anos atrás todas essas perguntas seriam respondidas como erradas para maioria do público que assiste, mas hoje vejo que no geral as pessoas pararam de levar tudo tão a sério e ver como puro entretenimento. Ponto positivo! O programa precisava mesmo se repaginar e foi o que aconteceu. Ana Paula não é um exemplo a ser seguido por ser impulsiva demais,talvez pelo fato de ter tido tudo muito na mão, mas é inegável que o jeito sincero dela de lidar com os atritos foi o ponto que chamou atenção da maioria do público e fez do BBB16 um programa de alta repercussão como não se via a muito tempo. Com isso, ao meu ver, os resultados do paredões foram quase 100% justos e tivemos uma campeã autêntica, que se posicionava no jogo, se defendeu quando precisou, falou o que pensava sem medo e viveu intensamente, ao contrário do ano passado, que tivemos um campeão que se isolou, não fez amigos e foi o típico campeão coitadinho que o público estendeu a mão por ser do interior, com jeito de bom moço e de família humilde. O prazer de ver o programa é justamente ver pessoas se entregando de corpo e alma, e não fazer média para depois seguir carreira na TV, ou mais sucesso como modelo. Dentre tudo que eu citei, posso colocar o BBB16 entre as melhores temporadas do programa, e vai deixar saudades...



@hanne15115

Sempre gostei muito do BBB e minha sensação com a proximidade do término de uma edição era de tristeza, de saudade antecipada. No BBB16 aconteceu diferente, em sua reta final, confesso que torcia para que chegasse logo o dia 05/04/2016. E ele chegou trazendo um alívio não só para mim, mas para a Globo que via sua audiência despencando dia após dia, os patrocinadores que precisavam divulgar seus produtos e principalmente para os telespectadores que gostam de um bom reality show, onde podemos vibrar por nossos jogadores favoritos sem a invasão de torcidas organizadas e seus seguidores fanáticos.

Posso estar enganada, mas já li em algum lugar que o formato original, criado pela Edemol, é alterado de acordo com a produção da emissora de cada país, como na Espanha que não acaba, vão alternando a saída dos participantes com a entrada de novos e já dura bastante tempo, não sei precisar quanto. Nos EEUU em que não existe a participação tão efetiva do público na eliminação do candidato, mas são os outros confinados que tomam essa decisão, e também a liderança compartilhada, copiada pela Globo, nessa 16ª edição. 

No caso específico do nosso país, e fazendo uma comparação com a política, onde somos enganados por aqueles que elegemos para nos representar e fazer valer nossos direitos de cidadãos, como poderíamos esperar que uma emissora de televisão, a mais rica e poderosa entre todas as outras, após faturar milhões com o programa, iria nos respeitar e nos mostrar um reality bem produzido, sem manipulações e/ou articulações em favor dos seus “candidatos”? Impossível, não é mesmo? 

Em todas as edições vão existir barracos, isso não condeno, pois é bastante compreensível diante da pressão de um confinamento onde pessoas com personalidades distintas serão submetidas ao desafio e se sentirão obrigadas a conviver de forma pacífica com alguém que discorde totalmente do seu modo de pensar, gostar e agir, sem entrar em algum conflito. Agora, uma coisa é você discordar, não aprovar as atitudes de um outro participante confinado, ou não sentir afinidade para uma aproximação mais saudável, e outra é chegar ao ponto de agredir  verbalmente seus colegas, que foram selecionados e se encontram no mesmo grau de direitos e deveres como participantes, se valendo do fato de ser rica, ter tido uma vida sem precisar trabalhar para se sustentar e achar que o mundo gira em torno de si, e que todos ao seu redor lhe devem reverência. Nem preciso dizer a quem estou me referindo, mas com certeza, este foi o fator que para alguns serviu como audiência e diferencial desta edição, para mim foi o que de pior aconteceu, principalmente pelo fato de, após sua saída, de forma vergonhosa, pois infringiu a principal regra contratual, ter inflamado sua torcida aqui fora para ajudá-la na vingança daqueles que lhe afrontaram e não aceitaram que ela era tão poderosa quanto imaginava, transformando de vez o que poderia ser um programa de entretenimento, em batalhas de torcidas fanáticas que exaltavam sua força como se donos e detentores dos direitos autorais do programa fossem. 

Outro detalhe que muito me chamou a atenção foi perceber, baseada em atitudes da jovem que foi a vitoriosa, principalmente na reta final, que o BBB já antecipa seu candidato preferido e a ele passa informações, articulações para deixar essa pessoa tranqüila e certa de sua vitória, dando a impressão que os outros estão ali como meros fantoches, bonecos que se sujeitaram a serem simples platéia para aplaudir o escolhido pela emissora e nós telespectadores, bestas por ainda alimentarmos alguma esperança que nosso participante preferido pudesse chegar à final, sem precisar contar com a ajuda da produção, mas pelo que mostrou ser dentro da casa. 

O Bial foi se firmando a cada edição como apresentador e até pouco tempo atrás achava impossível surgir alguém com seu carisma, cultura, astúcia e inteligência que o substituísse na condução do programa. É visível a carência afetiva que os participantes demonstram sentir por ele, todos querem receber dele uma palavra de carinho e se sentir fazendo parte de seu círculo de preferidos. Todas essas qualidades que sempre via no Bial, hoje vejo no Tiago Leifert, que possui tanto carisma quanto, e ainda por cima demonstrou no The Voice Kids que também tem o dom da escrita, até pediu licença ao Bial pela ousadia, mas foi muito emocionante o que ele escreveu sobre aquelas crianças.

Foi assim que vi o BBB16, que venha o BBB17 e, quem sabe, alguma coisa mude e se não ocorrer, pelo menos já estou mais consciente de como me portarei como telespectadora. Decepções e alegrias sempre farão parte de nossas vidas.