Falas preconceituosas geram onda de indignação
e pedidos de responsabilização
  

A influenciadora Antonia Fontenelle voltou a causar nas redes sociais após atacar publicamente a deputada federal Erika Hilton em um vídeo postado na sexta-feira (18). Ao comentar o voto da parlamentar contra o aumento de pena para crimes hediondos, Antonia disparou falas racistas e transfóbicas que geraram revolta imediata entre internautas, ativistas e lideranças políticas. O episódio reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão e os crimes de ódio no ambiente digital.

No vídeo, Fontenelle usou expressões como “nariz desse tamanho”, “cabelo de preta” e “cabelo duro”, além de acusar Erika de “querer ser branca e loira”. As falas foram amplamente consideradas racistas, por reforçarem estereótipos ofensivos e depreciativos sobre características físicas de pessoas negras. Em determinado momento, a influenciadora ainda afirma: “Você é preta do cabelo duro, e isso não é demérito, mas você não quer ser isso”.

Além do racismo, Antonia também atacou a identidade de gênero de Erika Hilton, que é uma mulher trans. Em tom ameaçador, disse que “não é o Nikolas Ferreira” e que, se for confrontada, “puxa a peruca” da deputada. A declaração foi vista como transfóbica e violenta, gerando pedidos para que a influenciadora responda criminalmente por seus discursos de ódio. Parlamentares e movimentos sociais exigem providências.

A deputada Erika Hilton ainda não se pronunciou oficialmente sobre o vídeo até o momento desta matéria, mas internautas iniciaram campanhas de apoio à parlamentar e de denúncia contra Antonia Fontenelle. A hashtag com o nome da influenciadora foi parar nos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter), com milhares de críticas à sua postura. Juristas avaliam que o conteúdo pode configurar racismo, transfobia e incitação ao ódio, crimes previstos na legislação brasileira.

A escalada de ataques protagonizada por Antonia Fontenelle tem se tornado recorrente nos últimos anos, levantando discussões sobre a impunidade de influenciadores que utilizam suas plataformas para espalhar discurso discriminatório. A expectativa é que o Ministério Público e entidades de defesa dos direitos humanos se manifestem nas próximas horas. O caso reacende a urgência de responsabilizar quem ultrapassa todos os limites do debate público para promover violência simbólica e moral.

 Fonteterra

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