20 maio 2019

MasterChef | Renan Corrêa é eliminado, por Lédson Guimarães


Texto recebido em 20/05/2019

O caubói do Centro-Oeste Renan Corrêa caiu do cavalo na cozinha do MasterChef, segundo ele, derrubado por uma gripe. A aposta de alívio cômico da edição teve uma trajetória beirando o mediano, sempre às portas da eliminação (entregando pratos ruins, prato sujo, repertório repetitivo) e salvo por provas em equipe.

Esta década que também está prestes a nos dar ‘adeus’ revolucionou a maneira como interagimos com o mundo, o meio virtual influenciou o social e vice-versa. A inclusão de câmeras nos aparelhos móveis foi o gatilho dessa revolução que chegou para ficar. As selfies dominaram as redes e quase toda atividade humana é digna de um post, entre eles o clique da próxima refeição (nem que isso deixe esfriar o alimento e as reclamações recaiam injustamente sobre os donos do restaurante em questão, como lembrou Paola Carosella).

Pensando nisso, a primeira prova do nono episódio do MasterChef buscava revelar a melhor imagem de um empratamento com o auxílio de um celular novo da Samsung. Primeira e individualmente, os cozinheiros enfrentaram o desafio de compor uma comida bem feita e bem apresentada em um recipiente nada convencional. Quem distribuiria os recipientes? Apenas a persona non grata na cozinha e nas redes sociais. Ela mesma, Juliana Nicoli.

Juliana fez o melhor prato da última Prova de Eliminação e ganhou a vantagem de distribuir para os seus colegas objetos como uma telha colonial, pedras, bambu, tronco, folha de bananeira, latas de sardinha, azulejo e uma tela de pintura em branco. A administradora hospitalar foi generosa com todos aqueles que não representam ameaça e deu trabalho para a turma do ‘malmequer’. Justo. Aposto que a recíproca ocorreria. Helton, o arquirrival da moça recebeu as “latas” de sardinha (um revide pela lata de leite condensado que deu a ela na prova da Caixa Misteriosa) e o grande amigo dele, Eduardo Richard, os tocos de bambu.

Não posso deixar de mencionar Haila. Estabanada fora de provas em equipes, levou carão de Paola quando, no ato de receber seu recipiente e questionada por Ana Paula se gostou da escolha, disse estar sempre feliz e tomou uma bronca da chef no fim da prova. Carosella pediu que Haila deixe de se comportar como uma garota de 14 anos para que assuma quem realmente é e possa crescer como cozinheira. Nós agradecemos!

Os destaques (bem) negativos da prova foram André, Renan e Eduardo Richard – Helton defendeu o amigo argumentando que Juliana tentou desestabilizá-los pois são “os melhores cozinheiros”. Ora, se os são estariam entre os destaques positivos, a prova exigia maior criatividade visual antes do paladar. Eduardo insistiu e errou três vezes a mão na maionese que sempre fez em casa e entregou apenas batata-frita com aspargos dentro dos bambus. Paola nem degustou por já conhecer o sabor dos aspargos. Eu também conheço e não desperdiçaria a oportunidade. Nem as batatas!

Renan (empratou no telhado colonial) e André (folha de bananeira) tiveram críticas semelhantes. Não valorizaram o recipiente, fizeram preparo ruins e não fugiram de seus repertórios no programa. Faltou a eles, literalmente, “conversar “ com o objeto. Isso mesmo! Lorena conversou com o tronco recebido e entendeu como poderia servi-lo aos jurados. Não deu outra, venceu como destaque positivo, concorrendo com Rodrigo com Ecatharine (até que enfim).

Ainda havia um critério de vitória, melhor foto. E Ecatharine surpreendeu visualmente os jurados com o empratamento mais difícil na tela de pintura. Como vantagem ela concedeu a Weverton mais cinco minutos de preparo na Prova da Eliminação. 

Um leilão, sempre muito bem conduzido por Ana Paula Padrão, abriu a última prova do dia. Os nove cozinheiros desta etapa interpretaram clássicos da gastronomia mundial. Falei da moqueca semana passada e eis que ela surge como primeiro lote. Um dia da caça, outro do caçador, Helton agora via Juliana no mezanino e precisou mostrar novamente seus talentos, foi à luta e arrematou a moqueca. André arregou de medo enquanto Haila dava lances desesperados por todos os pratos.  Fernando arriscou tudo tendo apenas 27 minutos para fazer um bacalhau e Renan levou o último lote (charutos de folha de uva) com a penalidade de preparar a receita em 45 minutos. 

Fernando deu o melhor de si e fez o melhor prato da prova, teve elogios dos três chefs. Renan, Haila e Weverton erraram feio em suas receitas e foram os piores. O prato sem sabor do caubói goiano, que não pode sentir o sabor por conta de um resfriado, superou o prato salgado de Haila em pontos negativos e causou sua eliminação. E pelo visto nem sinal de repescagem. 

Fora Haila, a competição parece ter alcançado um patamar melhor desde o episódio anterior, os cozinheiros têm apresentado melhora nas apresentações e técnicas, lidando melhor inclusive com as releituras de clássicos. Os principais erros recorrentes estão nos temperos e tamanho de cortes inadequado para o prato. 



7 comentários:

  1. Só vi a segunda parte do programa.
    Adorei o sacode q a Paola deu na Haila sobre ela não ter 14 anos.
    Pra mim qm não sabe fazer uma macarronada com almôndegas nem merece estar no MasteChef, mas ela continua lá. No final outra pérola do Helton q disse q ganhou pq tem talento. #ranço.

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    1. Pelo jeito, a Haila só seria eliminada deixando de entregar o prato. Não é possível! O Helton até que manda bem mesmo, mas se acha demais. Gostei do troco que recebeu da Juliana. O povo na internet quer amar alguém que "lacra" e odiar o rival dela. O Helton ganhou um pedestal nas redes. Sobrou o inferno pra Juliana.

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    2. Ainda bem q Masterchef não tem voto popular senão já saberíamos qm venceria. Helton nem é chef e ja é arrogante desse jeito, imagina qd for

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  2. Acho que já foi tarde.
    Na verdade nem deveria ter entrado.
    Deve ter usado alguma cota desconhecida...
    Aquele churrasqueiro lá também podia ter ficado de fora.
    Bom texto Lédson.
    Bj

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    1. Pode ser a cota de figurinhas atrativas como: a senhorinha fofinha, o cara gente boa atrapalhado, a mocinha fofa também destrambelhada. Infelizmente é o que parece.

      Muito obrigado, Ester. Bj!

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    2. Já começa q nem deveria ser permitido participante cozinhar usando chapéu, boné, ou com cabelo solto, barba grande, unhas pintadas. Em nenhum curso de culinária isso é permitido.

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    3. Concordo, é para encenação. Só pode.

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