20 janeiro 2019

Opinião por Hanne Brandenburg - O que é o BBB?


Texto recebido em 20/01/2019

O que é o BBB?

A partir de Janeiro de 2002 a Rede Globo de Televisão iniciou a transmissão de um programa, cujos direitos autorais pertencem à uma empresa espanhola, na categoria de reality show, um jogo de convivência humana, que consiste em sua base principal colocar um determinado número de pessoas em uma mesma casa, confinados durante um certo período, com regras estabelecidas, que podem ser modificadas de acordo com o país contratante, mas que tem uma única finalidade: premiar aquele(a) participante ou jogador que conseguir chegar à final, como bem diz a letra da música/tema escrita pelo Paulo Ricardo, e abocanhar um premio em dinheiro que mudará por completo a vida da pessoa, que dependendo de como souber administrar essa possibilidade poderá sim viver de forma bem mais tranquila financeiramente falando, adquirir fama e visibilidade, ou sem essa estrutura, usufruir de um período de bonança e depois voltar ao anonimato e padrão de vida que tinha antes de sua participação no programa.

No nosso Big Brother Brasil, como em todos os outros países, o principal objetivo do jogo consiste em saber tolerar e conviver com pessoas diferentes de você, mas ao mesmo tempo, ter posturas que, de alguma maneira agradem o público telespectador, o responsável direto pelos votos que levarão esse(a) participante à vitória.

Com o advento das redes sociais, um avanço na tecnologia digital que favorece muito o convívio entre as pessoas, diminuindo espaços geográficos, especificamente nesse tipo de game, considero prejudicial para que o verdadeiro jogador, estrategista, possa ser vitorioso, se não já tiver levado em sua bagagem uma quantidade de seguidores que, independente de suas atitudes e comportamento dentro do confinamento, corretas ou não, já estará em vantagem sobre os demais, pois já conta com um grande número de votos a seu favor não permitindo sua eliminação.

Além do fato citado no parágrafo acima, também não considero o BBB uma oportunidade para que pessoas que se consideram parte das chamadas minorias (gays, negros, deficientes físicos, pobres, idosos, etc.) possam levantar suas bandeiras na esperança de sensibilizar o público, que se assim não proceder poderá ser taxado de homofóbico, racista ou até desumano por não privilegiar essas categorias, quando na realidade, a partir do momento que essas pessoas assinam o contrato para competir pelo premio no reality, sabem que terão entre seus adversários pessoas que são héteros, brancos, normais fisicamente, ricos, jovens, etc. e que a disputa deve ser encarada de forma igualitária entre todos, direitos iguais, independente dessas diversidades de categorias sociais.

A palavra preconceito nunca existiu em meu dicionário, sempre soube aceitar os direitos que todos temos de viver cada um da forma como melhor lhe convier, desde que não prejudique o outro, porém essas particularidades que venho observando ao acompanhar as edições do BBB chegam a me incomodar.

Gostaria muito de um dia poder dizer: nessa edição finalmente ganhou aquele que soube jogar bem, de forma limpa, sem querer prejudicar seu adversário e, principalmente sem a interferência do público usando os meios mais convenientes para levar seus preferidos à vitória, pois fazer uma pessoa se tornar milionária apenas porque já tem seu fã clube, por ser negro, pobre, gay, deficiente ou idosa, não acho justo.

Um abraço a todos!!!

Hanne Brandenburg - hannelorenb@gmail.com


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8 comentários:

  1. Hane, concordo plenamente. Para mim que sempre fui fã do BBB está ficando cada vez mais difícil. Também não tenho preconceito em relação a cor, raca, religião ou opção sexual, mas não consigo torcer por pessoas que desejam o mal do Brasil e desta vez a Globo caprichou. Só há feministas, ativistas, enfim esquerdistas. Dai elegem um deles para ser o campeão. Talvez nem seja esse o foco do seu comentário, mas para mim o programa está explorando esse tipo de coisa e a gente assiste sabendo que não importa sua opinião: um deles vai ganhar. Veja o exemplo da Fazenda, completa inversão de valores. Estou com saudades dos programas anteriores, onde havia realmente a expectativa do ganhador, muitos deles ótimos jogadores...hoje basta cair nas graças do público e o jogo está definido.

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    1. Oi Ginacroce, obgda por seu comentário. Nem precisamos remontar às primeiras edições, o jogador Diego, da última edição é um exemplo clássico dessa inversão de valores.

      Não havia citado bandeiras político-partidárias em meu texto, porque esqueci, mas tb considero um ó dentro de um programa que deveria ser exclusivamente um jogo com entretenimento. Um abs.

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    2. Hane, o Diego foi um jogador inteligente e ousado, que conseguiu seu objetivo. Ele sabia que não possuía um perfil de ganhador e quis se estender o máximo no jogo. Sua estratégia só irritou o público porque se uniu a pessoas a quem ele manipulava e que eram bem debochadas. Mas foi um grande jogador, soube movimentar a casa e passar despercebido. Os melhores jogadores e vencedores na minha opinião foram o Alemão e o Dhomini que jogaram com as câmeras e o público. Mas o Max ninguém vai superar porque reuniu todas as qualidades necessárias de um bom estrategista, conquistou a casa e o público com honestidade ou seja se assumiu como jogador. Abs

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    3. Ginacroce, desde que passei a comentar sobre o BBB em blogs, que só foi a partir de 2016, qdo conheci o Votalhada, nunca encontrei alguém que pensasse o jogo com tanta identificação com a forma que tb vejo, como vc.

      O Dhomini foi o primeiro dos meus favoritos, lá em 2003, vibrei demais com sua doçura, principalmente enquanto se relacionou com a Sabrina, e ao mesmo tempo garra para enfrentar os ataques do Jean Massumi, Hery e sua trupe. Não esqueço da cena qdo ele enfrentou o paredão com ela e, ao vencer, bateu no peito chamando o próximo para enfrenta-lo. Se fosse hoje, seria escrachado por se achar demais.

      Passadas 04 outras edições, veio 2007 e um jovem bonito, rico, totalmente do bem, que se viu assediado por duas moças bonitas, de corpos maravilhosos, e que soube driblar a situação com maestria e total respeito pelas duas, sem deixar que isso atrapalhasse seu jogo.

      Gostei muito tb do Rafinha ter ganho o BBB8, aliás aquele é o que se pode chamar de predestinado, pois entrou na vaga do substituto do substituto do participante eliminado e ganhou muitos prêmios, durante as provas e o dinheiro como campeão, merecidamente, com carisma e honestidade.

      No ano seguinte veio o Max e sua personalidade forte, determinado, que se encantou pela Francine, mas que tb soube administrar bem seu foco nas estratégias do jogo. No dia da grande final, eu estava viajando de férias em Curitiba e só sai do hotel para me divertir, depois de assistir o BBB e vibrar muito com a vitória dele.

      Por último, mesmo sem a empolgação dos outros 04 citados, gostei muito tb da vitória do Fael em 2012, pela leveza de caráter dele.

      De lá pra cá e pelos fatos que citei no texto, não tive mais o prazer de vibrar com o vitorioso das outras edições, sendo que bati na trave, no ano passado, com o vice-campeonato do Kaysar.

      É isso, vamo que vamo com esse BBB19 sem muitas expectativas, apenas curtindo como toda BBB maníaca que se preze. Bjo.

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  2. Concordo plenamente com esse seu belo texto hanne. é chover no molhado!rsrs parabens!

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  3. Boa noite Hanne.Saudades.Concordo com voce plenamente.Nao fico animada quando ja tem um candidato de comunidade que as pessoas adoram fazer dele campeão.Gostaria de um big brother de pessoas do mesmo nível onde prevaleceria a atuação no jogo, caráter,dedicacao e tratamento com os demais participantes.Eu tambem não me importo com cor,gênero e religião.O que me leva a gostar de alguem pobre ou rico,homem, mulher,gay e transgenero e o carater,o seu interior,o tratamento ao proximo e aos animais(que amo demais)Vamo esperar e ver o vai acontecer.Beijos.Tereza

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    1. Boa noite, Tereza, que bom reve-la.
      Pois é, infelizmente um jogo que poderia ser somente entretenimento chega a ser totalmente prejudicado pelos critérios adotados pelo público com critérios para premiar alguém que, muitas vezes, sequer soube cumprir as regras básicas de convivência com os demais.

      Obgda por seu comentário. Bjos.

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