08 julho 2015

E o segundo episódio de "Scream" é tenso, mas faz rir

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em "Hello, Emma", episódio sequência ao da estreia de "Scream", a narrativa sinistra de Noah Foster (John Karna) é que apresenta o resumo do que aconteceu anteriormente. Contudo, o massacre virtual ou ciberbullying com Rachel (Sosie Bacon) e Audrey (Bex Taylor-Klaus) continua. Infelizmente, Rachel mostra ser mais frágil do que Audrey. Sim! A loira é adepta da modinha de se cortar com gilete, mas ela não tem a chance de tirar a própria vida.

Ok! Suspense no ar e, antes mesmo de estampar o título da série, o assassino serial faz a morte do episódio acontecer -quase que a jato, mas bem escabrosa. Contudo, alguns minutos depois, quando o corpo de Rachel é encontrado, o cenário muda, sem qualquer explicação. Estranho!

A verdade é que mesmo após 4 dias da morte de Nina (Bella Thorne), a jovem ainda é assunto, até mesmo para a imprensa. Também pudera, o adeus à patricinha teve direito a um mural de recados e "lembrancinhas". Noah e Audrey até destacam alguns recadinhos curiosos.

Em contrapartida, Noah vai à polícia depor e mostra o interesse que tem em assassinos seriais. Ainda na escola, Emma levanta a lebre de ter recebido um telefona estranho. Eis que a cena engraçada do episódio está apenas por vir. Sim! A tecnologia entre os personagens é tão latente que o próprio assassino, usando a máscara de fantasma, simplesmente tira e envia uma selfie com o corpo de Nina ao fundo. Pergunta: É para rir ou para chorar?



Simultaneamente, os alunos que estão perto do armário recebem a mesma mensagem macabra. Destaque para a cara (de bobo) padrão daqueles que conferem a imagem. Por outro lado, após fazer o público rir -a cena é muito nonsense-, fica evidente uma crítica a necessidade ridícula do ser humano moderno em postar na internet tudo o que faz. Até a fala de Noah reforça esta "cutucada".

Assim, Emma, a mocinha da história, remói o sentimento de culpa por Rachel "ter se matado". Sim! Todos pensam isto, considerando a forma que o corpo da vítima foi encontrado em casa. Neste episódio, o clima de suspense surge num simples toque no ombro de uma amiga, um jovem sozinho em um campo parcialmente escuro ou até quando a mocinha sai para colocar o lixo e a porta fecha, trancando-a por fora. Claro! Ela é a mocinha, então, o vilão dá um susto nela, faz uma pseudo perseguição e só.

Entretanto, o melhor momento de Emma acontece em casa. Assustada com o barulho seguido do disparo do alarme, o telefone toca. Enquanto ela conversa com o atendente da empresa que cuida da segurança da moradia, o papo toma um rumo bem diferente. Numa "brincadeira", a dúvida cruel é plantada: "Você me trancou dentro ou fora?".

Tal qual Tatá Werneck, em Trolalá MTV, o assassino serial mantém Emma na linha telefônica, até passa a fazer ameaças, proibindo-a de chamar a polícia. Assim, a filha da verdadeira Daisy -da lenda urbana que move o enredo desta trama- percebe que a situação é grave e que este é um jogo que esbarrará em mortes.

Embora use e abuse da cultura pop e da tecnologia, vide o ciberbullying ou menções a seriados como: "Game of Thrones", "Scandal", "Walking Dead","Scream" ainda está engatinhando. Logo, o "X" da questão tem chances de ser diferente do habitual. Talvez o assassino não seja o mais importante, mas quem é o próximo a morrer. Até porque, a cada fala incompleta (propositalmente), todos personagens parecem ter culpa no cartório.

Ressaltando que o desfecho deste episódio deixa um pouco a desejar, tudo indica que a partir do terceiro é que a trama vai engatilhar de vez. Afinal, quando o assassino questiona Emma -por meio do bom e velho telefone fixo e sem fio-, sobre quem ela é, na sequência, a voz macabra alerta que a conhece, assim como a horrível mãe dela. Logo, fica difícil estragar a continuidade deste suspensão. Enfim, nos vemos em breve!



Seriado: Scream
Episódio: 1x02 - Hello, Emma
Elenco: Willa Fitzgerald, Bex Taylor-Klaus, John Karna, Amadeus Serafini, Connor Weil, Carlson Young, Jason Wiles, Tracy Middendorf
País: EUA
Gênero: Horror, Suspense, Mistério
Duração: 42 minutos
Desenvolvido por: Jill Blotevogel, Dan Dworkin, Jay Beattie
Produtores: Matthew Signer, Keith Levine


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm 

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