24 setembro 2014

“A Fazenda 7”, a fábrica de mocinhas e vilões


Definitivamente, as provas de “A Fazenda” não privilegiam mulheres. Visivelmente planejada para Diego Cristo ganhar, porque chegou a ser aflitivo ver Heloísa Faissol, já cansada, carregar uma tábua pesada para o corpo de uma mulher, a prova exigia agilidade e força. Duas características que ele, comparado aos outros concorrentes – a própria Heloisa e o ex-“Menudo” Roy Rosselló, sai na vantagem. Primeiro porque é muito maior que Heloisa, que saiu cambaleante e pediu um copo d’água, com aquela voz anasalada dela, portanto mais forte. Diego é muito mais magro que Roy, por isso, teoricamente, mais ágil.
Diego disse que o cargo de fazendeiro era dele, e era mesmo. Ficou gritando as palavras forçadas de sempre, “Família” e outras que não dava para entender mas que eram neste sentido. Ou seja, uma prova milimetricamente feita para que ele ganhasse, sem que levantasse a lebre de que a prova foi manipulada já que, para todos os efeitos, envolvia agilidade e certa dose de lógica.
É obvio que para a direção do programa, e até para os telespectadores, era realmente melhor que Diego Cristo ficasse. Porque ele é um participante ávido por criar uma história em torno de si mesmo. É egocêntrico, por isso quer forçar uma trajetória bonita, mas do jeito que o comportamento dele se transforma, receio que, percebendo que meteu os pés pelas mãos, não se importe em ser o mocinho ou o vilão ao sabor dos ventos. Com o cargo de fazendeiro, vai querer reescrever sua história, vai pedir desculpas a um e outro e tentar ser um líder bacaninha até para os seus desafetos.
Mas ele se esquece que qualquer edição de qualquer reality show é uma história de traição e, para vencê-lo, é preciso passar por cima de muitas cabeças – e eu nem digo todas, mas da maioria. E, como participante, ele é previsível demais por ser capaz de tudo. Muito menos pelo prêmio do que por fazer uma participação marcante, já que ele visa uma carreira fora do confinamento.
Mas mostrou ser mimado quando recebeu os votos, esquecendo-se que, quem participa de um programa de confinamento em que um dos concorrentes é eliminado a cada semana, é para votar e ser votado. Mas o maior problema foi ser votado por Roy Rosselló. Talvez pensasse que dando uma bermuda velha para ele, conseguisse comprar o cantor da década de 80. Lembrou muito aqueles garotos no futebol que, donos da bola, acabam com o jogo assim que o time é derrotado.
Algumas pessoas, nesta trajetória, o desestabilizam. Heloisa Faissol, pela espontaneidade, é uma delas. Mas quem faz a leitura mais apropriada de quem Diego Cristo é, é mesmo DH, o vocalista da banda “Cine”, que o apavora. Robson Caetano comentou que, no primeiro dia, ainda no acampamento, Diego Cristo imitou um leão. De cara, percebeu, a partir daí, que ele precisava dominar tudo.
Acuado, após a votação, Cristo chamou DH de “drogadinho”. Lorena Bueri, a morena que vislumbra fazer par romântico com Diego, tomou as dores quando ele foi tirar satisfação com Roy Rosselló. Diego, quando está com raiva, mostra o que quer esconder de sua personalidade. É um cara violento, mimado e prepotente que se transforma quando não fazem o que ele quer. A ex-“panicat” Babi Rossi colocou Lorena Bueri no lugar, quando esta lhe cobrou uma posição. “Se mostra!”, disse a morena. “Ser mulher não é ficar gritando”, respondeu Babi. Lorena questionou o sotaque caipira, bastante utilizado pelas musas do programa que revelou Babi. “Nem do interior você é”, sentenciou Lorena.
Outro que surpreendeu bastante foi Marlos Cruz. Diz um ditado que se você quer conhecer um vilão, dê a ele poder. Foi exatamente o que ele fez com DH, falando que era fazendeiro e que o rapaz teria que fazer o que ele mandar.
Felipeh Campos, venenoso ao extremo, teve dois momentos marcantes neste dia. O primeiro foi a briga com Cristina Mortágua. Não importa se ela posou nua – nos anos 90 ela era, realmente, um colosso de mulher – mas dizer a ela que se masturbava com as fotos foi, no mínimo, grosseiro e desrespeitoso. Primeiro porque ela hoje é uma senhora. Segundo porque a postura dela até agora não induziu a nada que remetesse ao passado dela.
Depois, Felipeh disse que a boca de Mortágua – insinuando que ali existe alguma intervenção cirúrgica – tinha vida própria. Mortágua, por sinal, perdeu a chance de dar uma bela “retrucadinha”, já que não é difícil encontrar defeitos no jornalista. Depois, Felipeh, em uma rodinha com Bruna Tang, Lorena Bueri, Marlos Cruz e Diego Cristo, falou de Andréia Sorvetão. “Ela tem um corpo horroroso – como se o dele fosse lindo – e é ex-‘paquita’, esta é a última chance dela”, como se as chances de um ex-dublador de um programa chamado “Qual É a Música?” fossem muito mais promissoras.
Com o programa desta terça, a edição já escolheu os vilões, com muitas gargalhadas e sarcasmo. Está muito claro que a sétima edição falará sobre a luta entre o “bem” e o “mal”. Agora, a sorte está lançada. Para o jogo, esta configuração é a melhor. O personagem mais polêmico até o momento volta como fazendeiro, com plenos poderes.
Entre os roceiros, estão Heloisa, que vem se mostrando uma personagem interessante e até o momento é a mocinha da edição, e Roy Rosselló, um peso morto na casa. Se ambos voltarem, as consequências serão distintas. Heloisa voltará mais ou menos respeitada, porque vão desmerecer a popularidade do ex-“Menudo”. Agora, se Roy voltar... alguns, que pertencem à matilha de Diego Cristo repensarão suas estratégias e podem até mudar de grupo.
A Record, querendo prender atenção, mostrou o tempo da Faissol, que atingiu o limite máximo de realização da prova, oito minutos, e de Diego Cristo, mas não mostrou o tempo de Roy Rosselló. Realmente, esta emissora ainda tem muito a aprender.

6 comentários:

  1. Gostaria de fazer um lembrete: Apareceram os resultados das provas de HelÔ e de Diego na telinha, só não apareceu o de Roy. No entanto este foi muito mais rápidos que Diego, usando as duas mãos para tirar os parafusos. Diego chegou a perder tempo com dois enganos comentados por Brito. Foi fraudado o resultado. A Record quer se levrar de Roy. UMA VERGONHA!

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  2. Excelente seu comentário. Parabéns pelo texto super bem escrito.

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  3. Ahn, concordo q a Record fez bobagem em não mostrar os resultados do Roy na hora, mas cronometrei certinho, e o Diego terminou a prova em menos tempo. Ele correu mais rápido que o Roy na hora que precisava correr, e os dois foram rápidos na hora de retirar os parafusos. Mas como eu disse antes, essa atitude da Record realmente só serve para levantar desconfianças...

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